Consultora médica do Centro de Alergia e Imunologia do Fleury; Consultora médica da Pediatria Fleury Kids; Formada na Fa...
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Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
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Você pode até caprichar na limpeza da casa, mas tem um lugar que costuma passar despercebido – e que pode estar afetando a saúde do seu filho sem que você perceba. Ácaros, mofo e bactérias adoram se esconder nesse cantinho e podem desencadear alergias, problemas respiratórios e até infecções.
Quer saber qual é esse local e como mantê-lo sempre limpo para proteger a saúde da sua família? Confira as dicas da Fernanda Picchi Garcia, alergista e imunologista do Fleury Medicina e Saúde.
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Qual é o local da casa que mais acumula sujeira e pode afetar a saúde da criança?
Segundo a imunologista Fernanda Garcia, a cama é um dos maiores acumuladores de poeira doméstica em um quarto – e é exatamente essa sujeira invisível que pode desencadear problemas respiratórios em crianças.
A especialista explica que essa poeira é composta por uma mistura de aeroalérgenos, como ácaros, fungos, baratas, pelos de animais e até pólens. Além disso, há também agentes irritantes e poluentes vindos de dentro e de fora de casa, como fumaça de cigarro e poluição do ar. “Esses elementos podem causar alergias respiratórias, como rinite e asma, além de alergias oculares e até piorar quadros de dermatite atópica”, alerta a médica.
Se seu filho vive espirrando, coçando os olhos ou acorda com o nariz congestionado, talvez seja hora de prestar mais atenção nesse ambiente.
O que fazer para manter esse ambiente sempre limpo?
Manter esses espaços limpos e bem ventilados é o primeiro passo para evitar crises alérgicas. O ideal é trocar e lavar a roupa de cama regularmente, evitar tapetes felpudos, aspirar colchões e travesseiros com frequência e controlar a umidade do ambiente para impedir a proliferação de ácaros e fungos. “Uma boa higiene ambiental, aliada ao controle da umidade e ventilação, faz toda a diferença para a saúde respiratória das crianças”, reforça a imunologista.
Também importante combater a umidade, já que ela favorece a proliferação de fungos e ácaros. “O ideal é manter a umidade do quarto abaixo de 50% e verificar regularmente locais propensos ao mofo, como paredes, cantos e móveis próximos à janela”, orienta a especialista. Para eliminar o mofo, uma solução de água sanitária diluída pode ser aplicada nos locais afetados, sempre garantindo ventilação adequada.
Na hora da faxina, vassouras e espanadores não são boas opções, pois espalham a poeira pelo ambiente. “O mais indicado é passar pano úmido diariamente ou utilizar aspiradores de pó com filtros especiais pelo menos duas vezes por semana”, explica Fernanda. Durante a limpeza, o ideal é que crianças alérgicas fiquem fora do cômodo para evitar crises respiratórias.
A escolha dos materiais do quarto também faz toda a diferença. Prefira travesseiros e colchões de espuma, fibra ou látex, sempre protegidos com capas impermeáveis aos ácaros. “Evitar travesseiros de pena e colchões de paina pode reduzir bastante o acúmulo de ácaros”, destaca a imunologista. Além disso, roupas de cama devem ser lavadas semanalmente com água quente (acima de 55°C) e secas ao sol sempre que possível.
Outro ponto importante é evitar o excesso de tecidos no ambiente. Tapetes, carpetes e cortinas pesadas acumulam muita poeira e são difíceis de higienizar. “O ideal é optar por pisos laváveis, como cerâmica e madeira, e por cortinas do tipo persiana ou de materiais que possam ser limpos com pano úmido”, recomenda Fernanda. Se for impossível eliminar tapetes e carpetes, aspire-os ao menos duas vezes por semana, sempre deixando-os ventilar antes.
Com essas medidas simples, o quarto do seu filho pode se tornar um espaço muito mais seguro para a saúde do pequeno.
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