Redator focado em saúde e bem-estar, com destaque para comportamento e saúde mental.
Atividades como ir a praia com seus filhos podem ser extremamente prazerosas. Momentos de divertimento em família ficam gravados na memória, tanto para os pais, quanto para os pequenos. Porém, segundo as pediatras Fátima Avelino, da Sociedade Brasileira de Pediatria, e Carolina Siniscalchi, neonatologista da maternidade Pro Matre Paulista, é importante atentar-se a alguns detalhes antes de levar os pequenos para a praia. Para ajudar nessa tarefa, as especialistas citam dicas importantes para se seguir na hora de aproveitar o verão em família, sem deixar ninguém de fora:
1. Atente-se à idade
Segundo Fátima, não é recomendado que os bebês menores de seis meses possam ir à praia. "Antes dessa idade, eles ainda têm a pele muito sensível à água salgada do mar, o que pode ocasionar em coceiras, irritações, e até alergias", explica a especialista.
2. O melhor horário para levar os bebês
Para Carolina Siniscalchi, a primeira ida à praia pode acontecer a partir dos 6 meses de vida. No entanto, é preciso cuidados com a pele, alimentação e higiene da criança, já que a principal ocorrência são as queimaduras de pele. Por isso, não levá-los à praia em horários de pico solar (entre as 10h e 16h) é o recomendado. "Mesmo fora desses horários, é importante que o bebê permaneça na sombra", reitera a neonatologista. Também pode ser usada uma tendinha que contenha proteção contra raios UV.
3. Vestimentas recomendadas para o bebê
É aconselhável que o bebê esteja usando roupas leves de algodão ou com proteção UV ao ir à praia. Bonés também são grandes aliados na hora de proteger o bebê contra queimaduras. "Mesmo que a mãe só vá ficar um pouquinho na praia, é essencial levar fraldas extras, porque, se o bebê fizer xixi ou cocô e não for trocado logo, as chances de assadura no calor são maiores. E se for entrar no mar, existem fraldas especiais que não desmancham na água como as outras", explica Carolina.
4. Como aplicar o protetor solar nos pequenos
Os bebês devem usar um protetor que contenha filtro com fator de proteção superior à 15 FPS. Também é necessário atentar-se a embalagem, que deve especificar que o produto é destinado para o uso infantil. Vale reiterar que o protetor solar só deve usado no bebê após os seis meses.
Saiba mais: Brotoeja: o que é, sintomas e tratamentos
5. A areia que o bebê fica faz diferença
Na hora de brincar, a criança deve ficar embaixo do guarda sol e mais próxima da parte úmida da areia, pois na areia seca há maior concentração de fezes de animais, que podem conter ovos e larvas contaminantes.
6. Faça a higienização do bebê após ir à praia
Após o bebê brincar na praia, o excesso de areia deve ser retirado dele para evitar problemas na pele. Ao ficar muito tempo com shorts de banho, maiô ou fraldas sujas após ter entrado no mar ou brincado na areia, a pele fica irritada. Faça a higienização com água doce, e após isto, vista o bebê com roupas secas para evitar problemas.
7. Evite a desidratação do bebê
Segundo Fátima, muitas mães têm dúvidas em relação a hidratação dos bebês ao irem à praia. Para crianças de seis meses, apenas o leite materno já garante que não ocorra a desidratação advinda do sol. Porém, após essa idade, é importante que o bebê tome bastante água, junto ao leite materno, para potencializar a proteção contra a desidratação.
Um ponto a ser levado em consideração, é a água comercializada na praia. A qualidade dessa água não tem como ser garantida, podendo estar contaminada, o que pode prejudicar a saúde do bebê. Por isso, o ideal é levar de casa. Para crianças que tomam mamadeira, é indicado que o leite seja preparado no local.
8. Alimentação adequada
A alimentação da criança deve ser a mais natural possível, e preferencialmente de origem caseira, pois existe um alto risco de intoxicação quando o alimento vem de fontes desconhecidas. As mães devem investir em alimentos leves, bastante frutas, água de coco e sucos naturais. Caso leve lanches prontos, eles devem ser conservados em sacolas térmicas.
9. Aplique repelente caso necessário
"Dependendo de onde a praia está localizada, o repelente pode ser fundamental para conter o "ataque" de insetos ao bebê. A única precaução é não aplicá-lo em crianças com menos de 6 meses, porque algumas substâncias químicas da fórmula podem provocar reações alérgicas na pele do bebê", diz Carolina.