Psicóloga Clinica sistêmica pós- graduada em Milão na Itália, com experiência no atendimento de questões de relacionamen...
iO ato de se relacionar afetivamente é muito importante e saudável para a vida das pessoas. No entanto, conviver com os outros e compartilhar a sua vida com alguém de forma harmônica tende a ser um desafio para muitos.
Além das divergências de opinião e daquelas "manias" que outro insiste em manter e que nos irritam, há também as intercorrências e probleminhas cotidianos que acabam promovendo os momentos de discórdia e de crise no relacionamento.
Geralmente nesses momentos de crise o casal acaba se distanciando mais e o diálogo que é fundamental para um bom relacionamento, acaba se tornando algo tenso e difícil de ser conduzido.
Os momentos de crise não necessariamente sinalizam o fim do amor, da admiração ou o término do relacionamento. Eles têm a função de avisar ao casal que algo está precisando ser reformulado e "ajeitado" para que o relacionamento continue dando certo.
Se diante de uma crise uma das partes fica com medo das conseqüências futuras e procura fazer as pazes com o outro sem tocar no motivo da discórdia, ou sem chegar a um entendimento sobre o ocorrido, o problema não é resolvido, ele apenas é deixado de lado. O hábito de deixar os problemas de lado é prejudicial ao casal, porque quando houver um novo desentendimento, as questões antigas serão trazidas a tona e a situação piorará cada vez mais.
A cada novo desentendimento as mágoas surgirão e aumentarão como uma bola de neve, até o momento em que as brigas se tornarão constantes, as mágoas se instalarão em ambos e o diálogo se tornará algo impraticável.
Se nas primeiras crises ou desentendimentos o casal procurar alguém para auxiliá-los, os problemas de convivência ou o fim do relacionamento poderão ser evitados. Outra queixa comum nos relacionamentos, é a diferença de ritmo e de apetite sexual.
A função do terapeuta de casal não é dar palpites ou conselhos na vida das pessoas, mas sim identificar qual é o tipo de comunicação que prevalece no relaciomento, o que une o casal e principalmente como é a forma que ambos utilizam para expressar o afeto.
A terapia de casal tem como objetivos melhorar a comunicação, desenvolver habilidades para solucionar problemas, mudar padrões de comportamento destrutivos, aliviar as dificuldades na cama e, principalmente, reavaliar as crenças sobre o relacionamento.
Infelizmente, apesar da divulgação e da comprovada eficácia da técnica, muitos casais mostram-se resistentes na hora de procurar esse tipo de tratamento. O primeiro motivo de resistência, é ter que admitir que algo está errado, depois há a dificuldade de aceitar a interferência de uma terceira pessoa na relação, o receio do que os colegas e familiares irão falar, a resistência dos homens em falar sobre a sua intimidade e a insegurança com relação ao destino do relacionamento após o processo.
Se o seu parceiro é muito resistente e jamais irá aceitar a terapia como forma de reformular o relacionamento, o fato de somente uma das partes do casal procurar um profissional é capaz de surtir efeitos positivos no relacionamento.
Portanto, converse com o seu parceiro sobre a terapia e procure o auxílio de um profissional para evitar que as questões cotidianas, o acúmulo de mágoas, a falta de diálogo e o excesso de rotina levem a um desgaste irreversível do relacionamento.
Milena Lhano é terapeuta floral, grafóloga e iridóloga. Para mais informações, entre em contato: (11) 2910-4897 / lhano@uol.com.br / http://lhano.blog.uol.com.br