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A hepatite B é uma infecção nas células do fígado causada por um vírus. Ela é transmitida através do contato com sangue ou fluidos corporais de alguém infectado. O vírus da hepatite é bastante resistente, podendo sobreviver sete dias em ambiente externo. A doença é misteriosa: é possível ter hepatite B e não saber. Se você não apresentar nenhum sintoma, vai achar que está apenas gripado. Enquanto isso, o vírus vai inflamando seu fígado e você pode ser um transmissor da doença sem saber.
A partir de agosto de 2011, a rede SUS (Sistema Único de Saúde) passará a oferecer testes rápidos para detectar as hepatites B e C. Os resultados devem ficar prontos em meia hora e, em caso positivo, os pacientes devem ser encaminhados para acompanhamento médico.
A princípio, os testes serão oferecidos nos CTAs (Centros de Testagem e Aconselhamento) - centros especializados em diagnosticar e prevenir DSTs, onde é possível fazer testes para sífilis, HIV e, agora, hepatites B e C - de algumas capitais do país.
Contágio
A transmissão do vírus, que sobrevive até sete dias em ambiente externo, pode ocorrer pelo sangue, sêmen ou fluidos vaginais (inclusive pelo sangue da menstruação). Assim, os meios de transmissão podem ser as transfusões de sangue, agulhas contaminadas, instrumentos cirúrgicos e odontológicos, relação sexual ou ser transmitido para o bebê, após o parto (a amamentação não apresenta riscos).
Sintomas
Os sintomas desta infecção geralmente aparecem entre dois e três meses após a pessoa ter sido contaminada pelo vírus. Em alguns casos, porém, os sinais da doença podem demorar até seis meses para aparecer. Sensação de muito cansaço, febre branda, dor de cabeça, falta de apetite, enjoo ou ânsia de vômito, dor de estômago, diarreia, dor muscular e nas juntas, urticária, pele, olhos e mucosas amareladas (este sintoma só aparece depois que os demais começam a ir embora).
Na infecção por hepatite B de longo prazo, a chamada hepatite crônica, o paciente fica com o vírus por pelo menos seis meses em alguns casos, pode ficar com ele pelo resto da vida. Os sintomas, nesse caso, não aparecem com tanta frequência. Quanto mais nova a pessoa é infectada pelo vírus, maiores serão as chances de desenvolver a hepatite crônica.
Cuidados na gravidez
A recomendação é que as mulheres se imunizem contra a hepatite B e também contra a A, por meio da vacina, caso elas ainda não tenham adquiridos os anticorpos. Contra a hepatite C, no entanto, não há como se proteger. Caso a grávida já seja portadora do vírus das hepatites B ou C, deve conversar com seu médico, que irá indicar uma alimentação adequada para diminuir os riscos ao fígado. Quando a mãe é portadora do vírus da hepatite B, a criança é vacinada ao nascer, podendo depois ser alimentada com o leite materno.
Tratamento
Medicamentos não são necessários, pois, na maioria dos casos, a infecção vai embora sozinha. Comer bem e beber muita água ajudam o corpo a se recuperar mais rapidamente. Para amenizar os sintomas, o médico pode receitar também remédios contra dores, febre e enjoo.
Quando procurar o médico?
É preciso buscar ajuda médica rapidamente se a pessoa que está infectada com o vírus da hepatite A ficar seriamente desidratada, com vômito constante. Os seguintes sinais também podem indicar que o paciente está com o fígado muito infeccionado e comprometido: irritação extrema, raciocínio confuso, muita sonolência, perda de consciência, inchaços pelo corpo, especialmente nas mãos, rosto, pés, tornozelos, pernas, braços e abdômen e sangramento no nariz, boca e reto (fezes com sangue).