Os nevos melancíticos, conhecidas mais popularmente como pintas, são formações normais no corpo humano. Eles podem ser planos ou elevados, grandes ou pequenos, congênitos (quando presentes ao nascimento) ou adquiridos, podem ter pelos e sua coloração pode variar da cor da pele ao negro.
Quanto mais clara a pele da pessoa e quanto mais tempo ela tomar sol, maior o número de pintas ela deve ter em seu corpo. O número de pintas varia muito, pode ser única, mas maioria dos adultos brancos possui entre 10 a 40 pintas na pele, mas existem casos mais raros de pessoas que têm mais de 100!
Este artigo pretende ensinar a identificar lesões que contenham algumas características de cânceres de pele, visto que são patologias muito comuns em nosso meio.
Em geral, toda pinta apresenta a possibilidade de transformação em câncer da pele. Felizmente, tal transformação ocorre apenas numa minoria dos casos, o que não significa que não devemos estar atentos para esta possibilidade. Na realidade, uma vez que estas lesões estão visíveis e em local de fácil acesso, sua retirada pode evitar problemas maiores para a saúde.
O conceito de que pintas de nascença são benignas nem sempre é verdadeiro. Sinais de nascença são tão ou mais perigosos que aqueles que surgem na juventude e podem ser retirados sempre que o resultado estético for vantajoso.
É exatamente por estes motivos que algumas pintas ou sinais precisam ser retirados, mas não são todos. Devem ser removidas apenas as lesões que justifiquem a remoção, evitando cirurgias desnecessárias que causem cicatrizes. Sempre costumo dizer os meus pacientes que a pinta sempre é trocada por uma cicatriz, por menor que ela seja.
O autoexame é método para você examinar regiões do corpo de difícil visualização, e é recomendado que ele seja feito a cada três meses. Com a ajuda de um espelho de mão e um espelho de parede você pode examinar o corpo todo, ajudando o dermatologista a encontrar pintas que podem se tornar perigosas.
De uma maneira prática, devem ser retiradas:
- Todas as pintas que sofram modificações no tamanho, forma ou cor em um curto período de tempo (semanas ou meses);
- Sinais que coçam, ardem ou doem;
- Pintas escuras nas plantas dos pés, palmas das mãos, couro cabeludo, dentro da boca ou nas mucosas dos genitais;
- Sinais que sangram;
- Pintas que tenham várias cores como preto, azul, cinza, esverdeado, vários tons de marrom;
- Manchas que as bordas estão ficando irregulares;
Cirurgia para retirada das lesões
A cirurgia para retirada de sinais de pele depende de uma série de fatores como: estar localizado em uma zona da pele que deixe a pessoa constrangida ou incomodada, como o rosto ou quando o dermatologista faz uma análise de possíveis sinais de malignidade e quer fazer o diagnóstico correto da lesão.
As lesões que forem suspeitas devem ser removidas através de uma pequena cirurgia chamada exérese excisional. Caso a pinta seja grande demais é preciso fazer uma biopsia, onde se retira somente parte da lesão, que aponte tratamentos alternativos à cirurgia.
Em casos de cirurgia, é feita uma incisão retirando toda a pele ao redor da lesão O cirurgião dermatológico saberá qual é a margem de segurança, uma vez que cada lesão em especial possui a sua. Em seguida a lesão é dissecada e removida. Após a retirada o sangramento deve ser contido da melhor maneira para que se evite cicatrizes.
Por mínimo que seja o procedimento nunca devemos deixar de considerá-lo como um procedimento cirúrgico. O curativo deve ser retirado pelo dermatologista que realizou a cirurgia, para evitar a formação de cicatrizes mais evidentes.Quanto mais cedo for reconhecida uma lesão, maiores serão as chances de cura através de procedimentos simples.
Portanto, se você possui alguma pinta ou sinal de pele com algumas destas características procure um dermatologista. É muito importante a avaliação de um profissional médico para lhe auxiliar e lhe orientar como proceder
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