Humberto Veiga, autor dos livros "O que as mulheres querem saber sobre finanças pessoais" e "Tranquilidade Financeira -...
iUma barreira psicológica se forma na cabeça de algumas pessoas na hora de fazer um orçamento. O primeiro grande medo é saber se será possível suportar a dor de ver que a pessoa custa mais do que o seu dinheiro pode pagar.
O outro medo é pensar que as compras tão prazerosas de futilidades chegarão ao fim.Começando pelo medo de enfrentar a realidade, sim, trata-se de uma questão psicológica que um "frio e calculista" engenheiro com especialização em economia deveria ficar bem longe.
Mas eu me atrevo. De fato, o que insisto é procurar buscar com minhas palavras, fazer com que estas pessoas entendam a importância de tomar ciência da realidade.
Isso precisa, a meu ver, ser feito, nem que seja aos poucos.A minha sugestão é que se comece com uma pequena lista dos gastos básicos da casa e, depois, semanalmente ou a cada dois dias, ir recheando a lista com as "cerejinhas", isto é, com aqueles desejos que as pessoas acham tão bons.
Aproveitando a oportunidade, como se fala muito em terapia de grupo, uma boa sugestão é partir para um trabalho familiar e convocar todos que co-habitam o lar para a tarefa.
Será realmente muito educativo, independentemente da faixa etária. Nessa oportunidade poderá ser discutido o que está em demasia e o que está faltando, e os filhos poderão perceber, se o núcleo familiar for completo, que mãe só tem uma e pai também só existe um.
Não há como fazer o que todos querem sem que seja necessário um batalhão de trabalhadores geradores de renda.Acabada a sessão de desbravamento é possível que se comece a achar espaço para aquilo que está de fora do orçamento, mas que as pessoas estão loucas para colocar para dentro.
Isso pode acontecer desde que seja possível exorcizar custos desnecessários ou substituir uns "quero mais ou menos" por uns "quero mesmo!"
Nesse momento, começa a ser possível inserir itens novos no lugar dos velhos e atingir a satisfação geral da nação.No próximo artigo, vamos discutir um pouco como arranjar (com planejamento) um espaço no orçamento.
Saiba mais: Psicoterapia estratégica