Médica especialista em Dermatologia e Nutrologia. Pós-graduada em Dermatologia e Medicina Estética.
Quando você percebe rápido que entrou nesse ciclo perigoso, é fácil dar um basta e voltar ao peso normal. O problema é quando você se liga que engordou bastante e perde a coragem toda vez que ouve as palavras nutricionista, regime, academia e cia. Mas a obesidade não vem apenas do sedentarismo e/ou excessos na alimentação. Quer saber mais?
Peso adequado
O jeito mais simples (e recomendado inclusive pela Organização Mundial da Saúde) para avaliação do peso corporal em adultos é o Índice de Massa Corporal (IMC).
Esse índice é calculado dividindo-se o peso do paciente em quilos pela sua altura em metros elevada ao quadrado. O valor que você obtiver é um diagnóstico simples, ok?
Só mesmo um médico pode analisar seu caso com 100% de certeza. Em todo caso, você já tem uma ideia vendo as médias de resultados abaixo:
18 a 24,9 - Peso saudável
25 a 29,9 - Sobrepeso (Pré-obesidade)
30 a 34,9 - Obesidade grau 1
35 a 39,9 - Obesidade grau 2
40 ou mais - Obesidade grau 3 (Mórbida)
O que é obesidade?
Ela se caracteriza pelo resultado de diversas interações de fatores genéticos, ambientais e comportamentais. Assim, filhos com ambos os pais obesos apresentam alto risco de obesidade, bem como determinadas mudanças sociais estimulam o aumento de peso em todo um grupo de pessoas.
De uma forma geral, o ganho de peso está sempre associado a um aumento da ingestão alimentar e a uma redução do gasto energético.
A questão-chave é que o gasto energético pode estar relacionado com características genéticas ou ser dependente de uma série de fatores clínicos e endócrinos, incluindo doenças nas quais a obesidade é decorrente de distúrbios hormonais. Por isso, fazer dieta por conta própria na maioria dos casos não adianta nada.
O excesso de peso e suas consequências
Limitações de movimento, contaminar-se com fungos e outras infecções de pele nas dobras de gordura, sobrecarregar a coluna e os membros inferiores, apresentando degenerações das articulações de coluna, quadril, joelhos e tornozelos são os principais problemas que quem tem obesidade apresenta. Por isso, tem que correr atrás do prejuízo o quanto antes.
O problema da 'barriguinha'
Excesso de peso não é o único risco para a sua saúde. A localização da gordura em seu corpo também é.
Se você carrega gordura principalmente na região abdominal ao redor da cintura, está mais propenso a desenvolver problemas de saúde do que se a maior parte da gordura estivesse nas coxas e/ou quadris.
E o principal: isso vale mesmo se o seu índice de massa corporal estiver na faixa considerada normal. Mulheres com uma medida da cintura de mais de 88cm e homens com de mais de 100cm podem ter maior risco de sofrer enfermidades (principalmente problemas cardíacos, diabetes e pressão alta) do que aqueles com a cintura mais enxuta.
O tratamento
Os principais pontos para combater a obesidade envolvem necessariamente a reeducação alimentar, o aumento da atividade física e, eventualmente, o uso de algumas medicações auxiliares.
Dependendo da situação de cada paciente, também vale a pena fazer o tratamento comportamental com um psiquiatra. Já para eliminar a barriguinha de quem não é obeso, vale a pena reeducar a alimentação também e fazer bastante exercício aeróbico (natação, corrida, caminhada, etc.). Tudo recomendado pelos profissionais certos, é claro.
Para evitar o excesso de peso
A obesidade começa em casa e desde cedo. Por isso, uma dieta saudável deve começar já na infância, com o incentivo ao consumo de frutas, sucos naturais, saladas, carnes magras e assadas. Nada de compensar ou premiar seu filho com guloseimas, ok?
Além disso, o lazer precisa estar associado ao movimento, como esportes, danças ou até passeios com o cachorro mesmo. Não vale ficar o tempo todo na frente do computador ou da TV.
Para pacientes obesos e que tiveram sucesso na perda de peso, o tratamento de manutenção deve incluir a permanência da atividade física e de uma alimentação saudável sempre. Uma rotina saudável é garantia de menos doenças.
Pense com saúde, que tal a partir de hoje?
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