Redatora entusiasta de beleza e nutrição, autora de reportagens sobre alimentação, receitas saudáveis e cuidados pessoais.
iSegundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares causam 17,5 milhões de mortes por ano no mundo. Existem alguns fatores de risco e eles são divididos em duas categorias: principais e contribuintes. Os fatores de risco principais são aqueles cujo efeito de aumentar danos cardiovasculares já foi amplamente comprovado: hipertensão arterial, colesterol elevado, diabetes, obesidade, tabagismo, sedentarismo, idade, predisposição genética e sexo (gênero).
No geral, homens têm mais chances que as mulheres de sofrerem um ataque no coração. Porém, de acordo com informações do Instituto do Coração do Texas, a diferença é reduzida quando as mulheres entram na menopausa, porque o estrogênio ajuda a protegê-las contra doenças coronárias.
Os fatores contribuintes são aqueles que podem dar lugar a um risco cardiovascular maior, mas cujo papel exato na propensão às doenças cardíacas não foi definido ainda: estresse, hormônios sexuais, contraceptivos orais, café e álcool. A seguir, veja quais são os fatores de risco mais comuns no nosso dia a dia e como eles agem contra a saúde do coração.
Cigarro
Pesquisas mostram que o tabagismo aumenta a frequência cardíaca, contrai as artérias e pode causar graves irregularidades nos batimentos cardíacos, aumentando a carga de trabalho do coração. Fumar também aumenta a pressão sanguínea, o que eleva o risco de acidente vascular cerebral em pessoas com hipertensão. "Em linhas gerais, o cigarro agride as paredes vasculares, aumentando as chances de aterosclerose (doença que leva a formação de placas na parede das artérias), entre outros malefícios" explica a nutricionista e pesquisadora do Instituto do Coração (Incor), Fernanda Reis de Azevedo.
"O cigarro tem substâncias que sabidamente só causam danos à saúde. Além de carcinogênica, a nicotina aumenta a pressão arterial e reduz o bom colesterol. Também pode aumentar a trombogenicidade, perturbando o processo de coagulação do sangue", reforça o cardiologista do Incor, Bruno Caramelli. Apesar de a nicotina ser o principal agente ativo do cigarro, outros produtos químicos, como o alcatrão e o monóxido de carbono, também são prejudiciais para o coração. Eles contribuem para o acúmulo de placas de gordura nas artérias, danificando as paredes dos vasos sanguíneos. Também afetam o colesterol e os níveis de fibrinogênio (responsável pela coagulação do sangue), aumentando assim o risco de um coágulo que pode levar ao ataque cardíaco.
Colesterol
O colesterol elevado no sangue é um dos principais fatores de risco cardiovascular. Estudos demonstram que, ao reduzir o nível de colesterol no sangue, se reduz consideravelmente o risco de se ter doenças no coração. O LDL se denomina mau colesterol porque acredita-se que níveis elevados desta substância contribuem para doença cardiovascular. O excesso de LDL no sangue dá lugar a uma acumulação de gordura capaz de formar placas nas paredes das artérias. Assim, se inicia o processo de arteriosclerose. Já as partículas de HDL transportam o colesterol das células novamente ao fígado, onde pode ser eliminado pelo organismo. Este colesterol é conhecido como bom, porque acredita-se que níveis elevados desta substância reduzem o risco cardiovascular.
Álcool
Segundo a American Heart Association (Associação norte-americana do coração), beber muito álcool pode aumentar os níveis de algumas gorduras no sangue (triglicérides). O hábito também pode causar hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e um aumento da ingestão de calorias, o que pode levar à obesidade e aumento do risco de diabetes.
O consumo excessivo de álcool também pode ser um gatilho para acidente vascular cerebral, além de causar outros problemas, como cardiomiopatia (doença do músculo cardíaco), arritmia e morte súbita cardíaca.
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