Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iNegligenciar a saúde física e o equilíbrio emocional aumenta a propensão para doenças. No entanto, muitas vezes outro fator pode ter o mesmo potencial destrutivo que a desarmonia do corpo e mente: uma crise nas finanças pessoais. O problema é sério e pode desencadear depressão, ansiedade, aumento ou perda de apetite e, principalmente, um abalo na autoestima, segundo o psicólogo e terapeuta holístico André Lima. "Ter muitas dívidas ou viver sempre em dificuldades financeiras é como ter uma doença e isso precisa ser tratado", diz o profissional.
De acordo com o psicólogo, equilibrar as finanças pessoais depende da autoestima e das crenças que as pessoas têm sobre dinheiro e bens materiais.
"Desconsiderando os fatores externos que não temos como mudar, como os rumos da economia do país, o motor que acelera a prosperidade é interno e se ele estiver bem regulado, certamente o controle sobre gastos será equilibrado", explica. A baixa autoestima pode trazer consequências financeiras negativas.
Os gatilhos para cair nas armadilhas que provocam o saldo bancário negativo são muitos: medo de arriscar, não se sentir competente no trabalho, não assumir responsabilidades sobre a vida e agir por impulso são alguns deles. Estas questões interferem no trabalho e nos negócios.
Os sentimentos conturbados podem fazer com que pessoas não sejam promovidas, por exemplo. A falta de dinheiro abala o estado emocional e geralmente ela o agrava ainda mais em situações difíceis. É neste momento decisivo que a vida exige o máximo de discernimento e controle para resolver um problema. Porém, a demanda é feita justamente quando estado psicológico está debilitado.
Causas do abalo financeiro
O ser humano costuma se sabotar em várias situações. Medo e insegurança são os motivadores de ruínas nas finanças. "Emoções negativas podem nos prender ao que traz pouco retorno financeiro e podem estimular gastos", explica André. O mal atinge até mesmo quem tem bons salários. Ter uma vida financeira difícil, em muitos casos, é creditado a fatores como o distorcimento do papel do dinheiro na vida.
Segundo o especialista, as pessoas tendem a acreditar que sucesso financeiro está relacionado com sorte, azar, em crenças de que o dinheiro é um mal. Diante de argumentos fracos, analisa André, elas se sentem impotentes e repetem o ciclo vicioso que as colocaram no endividamento. "Se associamos o dinheiro a algo negativo, teremos dentro de nós um lado que o desejará bem longe. É um processo incosciente da mente", avalia.
Prosperidade e planejamento
Enfrentar uma crise financeira pessoal não chega a ser muito diferente do planejamento que empresas e governos fazem para equilibrar o orçamento. O primeiro passo recomendado pelo especialista é não agir impulsivamente.
As compras compulsivas, uma espécie de válvula de escape, devem ser encaradas com seriedade. Se necessário, quebre cartões de crédito, renegocie taxas de juros, encontre uma fonte de renda extra e diminua os supérfluos. Lembre-se que encarar o atoleiro pessoal é tão importante quanto fazer alguns sacrifícios para superar a má fase do orçamento. "Se a iniciativa de querer resolver as dívidas demorar, as chances de sucesso do plano de ação serão menores", sentencia Lima.
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