A maternidade é para a maioria das mulheres um sonho que se transformará em realidade em algum momento da vida. No entan...
iO cigarro contém mais de mil diferentes componentes e a maioria faz mal à saúde. Grande parte das consequências relacionadas ao fumo está relacionada a problemas cardiovasculares e respiratórios. Além disso, vários estudos apontam que ele está relacionado à queda da fertilidade, tanto nos homens como nas mulheres.
Antigamente, fumar era considerado "glamour", elegância. Viam-se jovens nas telas de cinema tragando seus cigarros com piteiras ao fazer caras e bocas, professores e alunos fumavam nas salas das universidades e até médicos poderiam estar fumando durante as consultas livremente. Eles não sabiam o que estavam fazendo.
Atualmente, a informação existe e devemos utilizá-la ao nosso favor. O comportamento das pessoas em relação ao cigarro está mudado e já existem leis que proíbem tabagismo em lugares fechados. No entanto, ainda há muita falta de respeito ao próximo e, principalmente, de informação.
Em relação ao impacto na fertilidade feminina, o tabagismo pode causar:
1- Atraso na primeira menstruação
2- Antecipação da menopausa
3- Aumento de irregularidades menstruais
4- Piora da qualidade dos folículos
5- Alteração da função fisiológica das trompas
6- Alterações hormonais
7- Interferência na formação dos óvulos e fertilização
8- Dificuldade de implantação do óvulo
Quanto à fertilidade masculina:
1- Afertar a formação dos espermatozóides
2- Diminuir a concentração, o formato e motilidade (capacidade de nadar rápido e linear)
3- Piora o potencial de fertilização
4- Aumenta o estresse oxidativo (radicais livres)
A exposição intra-uterina ao tabagismo materno pode diminuir a fertilidade do feto em formação. Além disso, o fumo pode acarretar na destruição dos ovócitos primários (futuros óvulos) e no atraso na concepção. Já no sexo masculino, é possível que haja a redução no volume de sêmen e na concentração de espermatozóides.
Observamos na nossa clínica, que realiza tratamentos de fertilização in vitro, que mulheres que fumam têm menor taxa de sucesso e precisam do dobro de tentativas, em média, em relação às não tabagistas, para conseguir uma gestação. Nestas pacientes, também notamos menor qualidade dos óvulos e dos embriões formados e menor número de embriões por ciclo, havendo a necessidade de maiores doses de medicamentos.
Pacientes que fumavam e pararam de fumar durante o tratamento se beneficiaram com aumento da chance de sucesso nos tratamentos de reprodução humana assistida.
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