Formada em Psicologia há 23 anos pela Unifil, pós graduada em Obesidade e Transtornos Alimentares pela PUC-PR.Hipnoterap...
iIniciamos um relacionamento e criamos uma idealização de como transcorrerá a vida a dois, que acontece em cima de expectativas pessoais. Porém, já estamos contaminados por um conjunto de crenças e experiências pessoais de vida que, de alguma forma, poderão determinar o relacionamento do casal.
Os aspectos culturais, situação socioeconômica e as crenças de cada um, associados às dificuldades externas, podem levar o casal a estressarem-se mutuamente. Muitas vezes ocorre um desgaste no relacionamento, podendo levar o casal a tomar decisões imprevisíveis e precipitadas, como o divórcio.
Um exemplo bem comum nos dias de hoje é o crescimento da mulher no campo de trabalho, e consequentemente, o aumento do desgaste físico e mental a que ela está exposta. Com a saída da mulher de casa para desempenhar outras funções, se somou mais uma identidade entre os diversos papéis desempenhados por elas diariamente.
Essa série de exigências advinda da evolução do universo feminino acaba por demandar da mulher uma elasticidade absurda, pois com a abertura de novas frentes de trabalho, ela vem se qualificando, estudando, sem deixar de ser a responsável pelo bom andamento e funcionamento da rotina familiar.
É muito frequente mulheres se queixarem da falta de iniciativa dos parceiros em casa, pois elas acabam tendo uma jornada tripla de trabalho, já que tem o jantar para preparar, a casa para arrumar, os filhos para dar banho. Em contrapartida, muitos homens foram criados para desempenharem somente o trabalho externo, deixando para a mulher os cuidados com os filhos e a casa. Como foram criados desta forma, não se dão conta da necessidade da mudança e adaptação à nova realidade que o mundo atual exige dos parceiros. Essas diferenças geram grandes conflitos, levando o casal a ter atitudes contraproducentes. Com isso, instalam-se situações de estresse entre o casal, levando a um desgaste do relacionamento.
No exemplo acima, os parceiros devem estabelecer novas regras de convivência, com conversas frequentes que abordam as necessidades que cada um tem, além de oferecer sugestões realistas de como resolver conflitos e minimizar os efeitos de atitudes destrutivas produzidas pelo parceiro em momentos de estresse.
Com clareza e respeito, o parceiro oportunizará o bom relacionamento e comunicação do casal, eliminando fontes estressoras que poderiam levar à falência do casamento.
O trabalho de confrontação de crenças tem a função de desmistificar pensamentos e comportamentos já enraizados e de auxiliar o casal a desenvolver uma comunicação assertiva, mostrando a cada um suas necessidades e eliminando os comportamentos geradores de estresse.
Desta forma, o casamento se fortalecerá e o casal poderá encontrar formas confortáveis de resolver conflitos e compartilhar funções, aliviando e minimizando os efeitos da correria do dia-a-dia.
Faz-se necessário uma reavaliação do contexto de vida a dois, para que se encontre um equilíbrio entre o trabalho e as atividades que lhes proporcionam prazer. Desta forma, o casal poderá usufruir de momentos de alegria, com trocas afetivas com família e amigos, deixando o estresse longe de suas vidas.
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