Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
Jovens que jogam videogame ou usam celulares durante um período muito longo podem ter dor nos pulsos e nos dedos, diz um estudo feito por cientistas da New York University. Os especialistas explicam que o uso repetitivo das articulações das mãos e dos dedos pode ser a causa dessas dores.
Foram observados os efeitos de jogar computador, videogames e gameboys na saúde de 257 estudantes entre nove e 15 anos, da cidade de Saint Louis, nos Estados Unidos. Durante o estudo, os pesquisadores também analisaram as implicações do uso de telefones celulares, tanto para fazer ligações como para mandar mensagens.
Todos os participantes preencheram um questionário com perguntas sobre os consoles que mais usavam, as horas gastas por dia jogando e mandando mensagens pelo celular e se eles sentiam algum tipo de dor no final do dia.
Segundo os autores do estudo, para cada quatro horas jogando computador ou videogame, as dores duplicavam entre os jovens. No caso dos telefones celulares, as meninas mostraram ter duas vezes mais dor do que os garotos para cada 50 mensagens enviadas.
Mesmo que o estudo tenha sido feito com um grupo pequeno, os cientistas alertam que os pais precisam controlar o número de horas que os filhos jogam com esses aparelhos eletrônicos e não presentear as crianças com esses dispositivos muito precocemente.
Computador
Além dos prejuízos físicos, o computador pode trazer problemas de aprendizado às crianças. Segundo um novo estudo realizado por pesquisadores da Sanford Duke University's School of Public Policy, nos Estados Unidos, ter um computador em casa faz com que as crianças tenham rendimento menor na escola, em especial os de famílias menos favorecidas.
Os professores Jacob Vigdor e Helen Ladd analisaram relatos de 150 mil estudantes por cinco anos. Estes falaram sobre a frequência com que usam um computador em casa para estudar, ver televisão ou ler por hobby.
Os pesquisadores concluíram que os computadores domésticos eram melhor utilizados em famílias nas quais o acompanhamento dos pais é mais efetivo. Nas famílias mais ausentes, os pais monitoram menos o uso de computador e não orientam corretamente seu uso para fins educacionais.
A psicóloga e psicanalista Claudia Finamore explica que a rapidez da comunicação e a facilidade de acesso a tanto conteúdo da Internet chama a atenção da garotada. "É tudo instantâneo, bem adequado a impaciência dos jovens", afirma. Porém, abusar no uso da internet pode isolar a criança e estimular a timidez, além de deixar de lado a oportunidade de passar tempo com outras crianças e adolescentes da mesma idade. De acordo com a especialista, o quadro se torna preocupante quando outras atividades são prejudicadas.
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