Cirurgião Vascular com ampla expertise em nutrologia. Especializou-se em Terapias Antioxidantes pelo The Robert W. Bradf...
i Um dos alimentos mais populares e mais consumidos no mundo tem um gosto indigesto para algumas pessoas. Rico em glúten, o pão feito com farinha de trigo causa um processo degenerativo em pessoas que sensíveis a essa proteína, ou seja, em indivíduos que foram diagnosticados com doença celíaca. Alguns estudos mostram que esse quadro pode aumentar até quatro vezes o risco de morte prematura, causar depressão, facilitar o aparecimento do mal de Alzheimer, déficit de atenção e hiperatividade. Há evidências também que a sensibilidade ao glúten possa ser a causa de muitas condições neurológicas e psiquiátricas.
A maioria dos médicos defende que durante a formação do feto, cérebro e intestinos têm origem nos mesmos tecidos, que formam o sistema nervoso central e o sistema entérico. Daí se dizer que os intestinos são nosso segundo cérebro. Esses órgãos trabalham em sintonia e um afeta o outro: se o sistema gástrico não é saudável, sofremos com ansiedade, depressão, mau humor e ainda abrimos portas a doenças sérias como esquizofrenia. Não surpreende: é nos intestinos que a maioria da serotonina é produzida. Esse neurotransmissor tem diversas funções em nosso organismo, e a sua falta está diretamente ligada à incidência de depressão, ansiedade e distúrbios alimentares.
Consumo de farinha refinada
Mesmo pessoas que não tenham doença celíaca precisam tomar cuidado com o consumo de alimentos que utilizam farinha de trigo refinada em sua composição. Os maiores responsáveis pelos efeitos negativos do trigo são a aglutinina e a lectina, proteínas que se associam rapidamente a carboidratos e não fazem bem ao corpo.
Antes de achar que diminuir o consumo de trigo é fácil, considere o quanto consumimos de alimento processado com farinha de trigo. Ele está no pão, em bolos, biscoitos, tortas e em vários outros alimentos. Colocar outros grãos na dieta para substituir o trigo, principalmente na forma de farinha refinada, é uma boa maneira de evitar esses efeitos. Milho, linhaça, grão de bico e quinua, são alguns exemplos de alimentos que não contém glúten e são ricos em nutrientes importantes, como minerais e vitaminas.
Todos os grãos contribuem para aumentar a resistência à insulina e à leptina, que estão na origem da maioria das doenças crônicas. Portanto, mesmo com as versões citadas a cima, modere o consumo de grãos. Não vacile: os processos inflamatórios, quase sempre silenciosos, destroem a saúde aos poucos, às vezes de forma irreversível.
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