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Um novo estudo realizado pela Universidade de Otago, na Nova Zelândia, e pela Universidade de Boston, nos Estados Unidos, mostra que o risco de trombose venosa é maior em mulheres que tomam anticoncepcionais contendo o hormônio drospirenona em comparação àquelas que tomam contraceptivos mais antigos, à base de levonorgestrel.
A pesquisa analisou o histórico médico de mais de 800 mil mulheres norte-americanas entre 2001 e 2007, que utilizavam diferentes contraceptivos. Em média, aquelas que tomavam drospirenona tinham uma chance 75% maior de sofrer trombose do que as que tomavam anticoncepcionais mais antigos.
Existem, porém, resultados divergentes. Outros dois estudos publicados em 2007 para os mesmo fins não encontraram diferença no risco de trombose entre os dois grupos.
De acordo com os pesquisadores, os resultados precisam de comprovação científica para ser definido se a trombose venosa é um efeito desses anticoncepcionais ou se é igual a todos os outros. É importante ressaltar que mulheres com histórico familiar de trombose, trombofilia, obesidade, sedentarismo e tabagismo têm risco aumentado para a doença.
Anticoncepcional não dificulta gravidez
Com certeza, você tem uma amiga ou conhece uma mulher que atribui ao uso da pílula anticoncepcional a dificuldade para engravidar. Outro estudo, publicado na revista científica Fertility and Sterility, esclarece o "mito": os contraceptivos orais não influenciam a fertilidade feminina.
A crença de que a pílula interfere na fertilidade vem do fato de que, ao tentar engravidar, depois de interromper o uso dos contraceptivos, muitas mulheres não conseguem e colocam a culpa nos anos de tratamento com o medicamento. Mas isso não é verdade.
Muitas mulheres realmente têm problemas de infertilidade e só vão descobrir o fato quando param de tomar a pílula. Estes problemas não têm nada a ver com a pílula.
Depois de parar com a pílula, o corpo da mulher demora alguns meses para ser acostumar com a nova situação. Se o problema da infertilidade for investigado e descartado, a mulher pode ter, inicialmente uma certa dificuldade para engravidar. O que é normal e revertido em pouco tempo, após a interrupção do uso do remédio.
Depois de parar com a pílula, o corpo da mulher demora alguns meses para ser acostumar com a nova situação. O ovário precisa voltar a funcionar, o que pode levar de 1 a 3 meses, em média, quando há uma reorganização do ciclo menstrual da mulher.
E se a gravidez não vier?
Com a interrupção do uso da pílula anticoncepcional, a gravidez deve vir naturalmente em até um ano. Se após doze meses tentando engravidar naturalmente, o casal não obtiver sucesso, é necessário realizar uma avaliação médica conjunta. Um urologista e um ginecologista deverão ser procurados, ao mesmo tempo, para a realização de exames físicos no homem e na mulher.
Se após a realização dos exames de praxe nenhum sinal de infertilidade for diagnosticado, o casal é orientado a praticar o sexo programado. Diante do arsenal terapêutico oferecido pela reprodução assistida, o coito programado é a técnica menos arrojada, menos tecnológica, mas é exatamente a partir deste ponto que devemos começar a investigar e a tratar a infertilidade.
O tratamento consiste em acompanhar o ciclo menstrual da mulher, monitorando a ovulação por meio de exames de ultra-som seriados e dosagens dos níveis de hormônios no sangue e na urina. Em alguns casos, o ginecologista pode estimular os ovários com medicamentos. O objetivo é aumentar a precisão do dia fértil.
Para aumentar as chances de gravidez, o casal deve manter relações sexuais em dias alternados, a partir do primeiro dia da ovulação. Se ela for induzida, o medicamento leva entre 36 e 48 horas para agir. Isso significa que, quando aplicado pela manhã, o ideal é que o encontro sexual aconteça à tarde e na noite do dia seguinte.
Não existe, portanto, uma hora exata para engravidar e, sim, o dia exato. Basta que, à medida do possível, o médico ajuste o coito programado ao cotidiano do casal.
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