Formada em Psicologia há 23 anos pela Unifil, pós graduada em Obesidade e Transtornos Alimentares pela PUC-PR.Hipnoterap...
iEstamos longe da condição de perfeição que a sociedade nos cobra e, por isso, muitas vezes acabamos presos a conceitos irreais que nos desviam do caminho correto. Tal desvio nos leva ao cultivo de hábitos pouco saudáveis e a um nível de qualidade de vida baixíssimo, no qual somente o que é passageiro tem importância.
Quando digo que são situações passageiras, coloco em questão assuntos ligados à moda, ao corpo e à posição social, que estão vulneráveis ao tempo, abrindo espaço para o vazio. Quem, na verdade, não se ilude com as promoções, o novo modelo de celular ou mesmo a televisão de plasma?
Enchemo-nos de comidas, roupas, sapatos, viagens, festas e deixamos de lado a alegria, o respeito e o compartilhamento com o outro. As relações estão mais frias. O contato virtual nos impede de desenvolver por completo o afeto e a troca real.
Atualmente, temos vários estudos sobre a importância do sorriso, do bom humor, do calor do abraço e da necessidade de se comer com qualidade, mas acabamos engolindo a ditadura da vez, que é buscar os objetivos próprios, não sobrando tempo para o outro.
O resgate da autoestima e o desenvolvimento pessoal possibilitam olhar sobre novas perspectivas para que seja possível uma abertura ao novo. O processo de se questionar e identificar o que para você significa a moda, o culto ao corpo e o estresse favorece o encontro consigo mesmo e com o que se deseja para a vida.
A proposta é viver com mais intensidade, olhar os detalhes do que está ao seu redor, ouvir realmente o que o outro quer dizer, sorrir de forma mais genuína, respeitar as diferenças, saber parar e não extrapolar os limites tanto seus como do outro.
Poder chegar à conclusão de que se é uma pessoa realmente feliz, que conseguiu semear ao seu redor a harmonia e o equilíbrio, são os sinais reais de quem sabe realmente o que quer. Quando estamos voltados somente para fora e não para dentro de nós, caímos em um poço fundo de insatisfação e esse processo vai gerando sintomas de depressão, de menos valia, gerando um ciclo vicioso de baixa autoestima e impotência.
A depressão é uma doença insidiosa, pois vai minando nossa energia, tirando a vontade de viver e de lutar por nossos objetivos. Quando estamos tomados por esses sintomas depressivos, tudo a nossa volta parece sem sentido. Nem mesmo um dia lindo de sol é capaz de nos tirar dessa tristeza.
O consumismo acaba ocupando esse lugar como forma de amenizar a dor, mesmo quando nos focamos em determinadas situações, como a compra, o malhar em excesso, a comida, formas de agir e não refletir.
Por que, então, não parar e avaliar essas situações de forma mais carinhosa? O que, na verdade, vem te consumindo a ponto de viver de forma superficial e sem felicidade real? Convido você, leitor, a refletir sobre esses pontos de sua vida e verificar os gaps que precisam ser melhorados a fim de alcançar metas e, assim, a satisfação pessoal. Não permita que a dor e a indiferença tomem conta de sua vida, minando seus desejos internos.
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