Redatora entusiasta de beleza e nutrição, autora de reportagens sobre alimentação, receitas saudáveis e cuidados pessoais.
iOs primeiros passos do bebê são esperados com ansiedade pelos pais. Quando este momento chega, no entanto, muitas dúvidas aparecem e nem sempre é fácil lidar com elas sem temer algum tipo de prejuízo ao desenvolvimento da criança.
"Nessa fase, o bebê começa a sentir mais confiante e independente dos pais. Normalmente, a partir dos oito meses, a criança começa a ficar de pé sozinha, se apoiando na parede ou em móveis da casa. Com 10 meses, a maioria começa a andar sem auxílio", afirma o pediatra José Gabel, do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
Segundo o especialista, algumas crianças demoram mais a para conseguir andar. Nenhum motivo para preocupação: os primeiros passos podem ser esperados até os 18 meses de vida. Depois dessa idade, caso os movimentos não aconteçam, é aconselhável procurar um pediatra para uma avaliação mais cuidadosa.
Na fase em que a criança está deixando de engatinhar, no entanto, os pais podem ajudar com medidas que aumentam a confiança e a coordenação durante os primeiros passos. Veja o que recomendam os especialistas e tome nota das dicas para não se apressar demais.
Além disso, as rodinhas facilitam demais o deslocamento, impedindo que a criança ande de maneira correta. Os bebês que ficam no andador tendem a usar apenas as pontas dos pés para se locomover, prejudicando todo o desenvolvimento da coordenação, explica a pediatra Margarida de Fátima Carvalho, presidente do Departamento Científico de Reumatologia, da SBP.
Outra questão é que os pais tendem a confiar muito nos andadores, e prestam menos atenção no bebê. "Há risco de o andador virar em degraus ou obstáculos no chão, podendo machucar o bebê", alerta Margarida.
Ao contrário do andador, brinquedos como carrinhos de empurrar, chamados de tutores, deixam a criança mais segura sem prejudicar a mobilidade ou a mecânica da caminhada. Mas o pediatra José Gabel alerta para o risco de tombos usando esse tipo de brinquedo.
Ensine o seu filho a se levantar
A partir dos 7, 8 meses a maioria dos bebês já consegue ficar na posição de gato e começa a tentar se levantar, apoiando-se em móveis, mesas e cadeiras. Porém, a musculatura e o sistema nervoso ainda precisam ser estimulados para que estimulados para que os passos sejam dados sem a necessidade de apoio.
"Brincando, os pais podem mostrar para os filhos como agachar e levantar. A criança tende a imitá-los, fortalecendo os músculos e a coordenação motora nas pernas", diz o pediatra José Gabel, do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da SBP.
Segundo Érica, os pais podem estimular o bebê a pegar algo em cima do sofá ou segurar um objeto que chame sua atenção para que o bebê sinta-se instigado a se levantar. A medida que a criança vai se soltando é possível aumentar a distância.
Deixe a criança descalça
O bebê precisa de estímulos táteis nos pés para desenvolver a percepção do próprio corpo nos ambientes onde pisa. Quando estão descalços, os pés recebem mais estímulos do que no uso de um tênis, por exemplo. Além disso, o uso de calçados pode ser bastante incômodo para a criança, já que até o segundo ano de vida, é comum que o bebê ainda não tenha formado a curvatura natural da planta dos pés.
A fisioterapeuta Letícia lembra que quando se trata de desenvolvimento infantil todas as etapas exigem paciência de quem está ao redor. Ela lembra que já viu pais que ao ver que a criança está estranhando a areia da praia, dão o colo imediatamente. De acordo com ela, é preciso de dedicação para que a criança desenvolva sua experiência sensorial.
Brinque com o bebê desde cedo
O reforço dos pais deve começar desde cedo para o bebê andar. "As brincadeiras devem incentivar o bebê a se movimentar o máximo possível", afirma o pediatra José Gabel. Rolar no chão, engatinhar, apoiar as mãos na parede e brincar de jogar bolinhas são exemplos de ações que estimulam o sistema nervoso e sensorial dos bebês, já que eles tentaram imitar os pais em cada uma dessas brincadeiras.
"Por falta de estimulação motora dos bebês percebo que existem muitos com o desenvolvimento motor atrasado", alerta Érica.
Não tente evitar as quedas
Quando o bebê começa a ficar de pé, as quedas se tornam bastante frequentes, o que, muitas vezes, acaba assustando os pais. "É claro que os pais precisam ficar atentos, mas não é necessário tentar segurar o bebê toda a vez que ele for cair. As quedas são normais nessa época da vida do bebê e fazem parte do aprendizado", diz a pediatra Margarida de Fátima Carvalho. Além disso, tentar segurar o bebê de mau jeito pode machucar a criança mais do que a própria queda.
Deixe o bebê ir até você
Uma das maneiras mais fáceis de estimular o bebê a andar é fazê-lo se movimentar até chegar aos pais. "Ele pode começar engatinhando. Mas, aos poucos, os movimentos vão se misturando a pequenos passos. Manter brinquedos nas mãos ajuda a atraí-lo. Essa brincadeira, se feita com frequência, faz o bebê tentar chegar cada vez mais rápido aos pais, incentivando ele a deixar de engatinhar.