Médica ginecologista especialista em Endoscopia Ginecológica titulada pela FEBRASGO, também professora de Yoga...
iEstreptococo do grupo B é uma bactéria que pode causar infecções graves em mulheres grávidas e recém-nascidos. Ele é um dos muitos tipos de bactérias estreptococos, algumas vezes chamado de "strepto".
Hoje escreverei sobre ele, explicando seus efeitos em mulheres grávidas e lactentes e as formas de prevenir possíveis complicações dessa infecção.
O que é a infecção pelo strepto do grupo B?
Essa bactéria é comumente encontrada no sistema digestivo e na vagina. Em adultos saudáveis não é prejudicial e não causa problemas, mas em mulheres grávidas e recém-nascidos pode causar doença grave.
Mulheres grávidas infectadas estão em maior risco de parto prematuro, infecção do líquido amniótico (bolsa de água) e infecção do útero após o parto.
Recém-nascidos infectados podem desenvolver pneumonia (infecção pulmonar), septicemia (infecção do sangue generalizada) ou meningite (infecção do revestimento do cérebro e medula espinhal).
Estas complicações podem ser evitadas por meio de antibióticos durante o trabalho de parto a qualquer mulher que está em risco de infecção pelo strepto. Você está em risco de infecção por GBS se:
- Você tem uma cultura de urina durante a gravidez mostrando essa bactéria;
- Você teve um bebê infectado por ela no passado;
- Você tem uma cultura vaginal mostrando o strepto do grupo B.
Algumas mulheres grávidas são "transportadoras" da bactéria, o que significa que carregam a bactéria, mas não têm quaisquer sinais de infecção. Você não precisa ser tratada durante a gravidez se for um portador. Não há tratamento que a impeça de carregar a bactéria.
Como prevenir o Estreptococo do grupo B
A maioria dos médicos obstetras recomenda uma cultura de urina no início da gravidez para ter certeza de que você não tem uma infecção da bexiga e esse exame será repetido pelo menos mais uma vez durante o pré-natal. Se a cultura de urina mostra essa ou outras bactérias terá início um tratamento com antibióticos.
Recomenda-se hoje que todas as mulheres grávidas façam uma cultura para strepto entre 35 a 37 semanas de gravidez. A cultura é feita com uma espécie de cotonete, colhendo material da vagina e da região do ânus. Quando a cultura é positiva, a prevenção é feita no início do trabalho de parto.
Sendo tratadas com um antibiótico durante o trabalho de parto há redução significativa da chance do recém-nascido desenvolver complicações relacionadas ao strepto do grupo B. O risco é maior para bebês que nascem prematuros.
O mais importante é sempre ter um acompanhamento pré-natal e esclarecer todas as suas dúvidas com sua obstetra.
Saiba mais: 11 mitos que chateiam a gravidez