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Um estudo publicado no American Journal of Cardiology revelou que pessoas que sofrem de psoríase devem ficar mais atentas a problemas cardiovasculares, pois estão mais propensas a terem suas artérias bloqueadas. A análise foi liderada por pesquisadores da University of California, nos Estados Unidos.
A pesquisa analisou dados de 9.500 pacientes que fizeram um exame chamado angiografia coronária. Em seguida, eles foram divididos em dois grupos: um de quem tinha psoríase e outro de quem não tinha.
Os exames apontaram que 84% dos pacientes com psoríase tiveram doenças arteriais coronarianas, comparado com 75% dos pacientes sem psoríase. Além disso, descobriu-se também que o risco de ter problemas de coração era maior para os que sofriam de psoríase há mais tempo.
Segundo os pesquisadores, o estudo não determinou uma ligação direta entre a doença e problemas de coração, mas, sim, que portadores da psoríase devem estar mais atentos a hábitos que favorecem esses problemas, como fumar, não praticar exercícios e ter colesterol alto.
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Psoríase é uma doença de pele autoimune que aparece como manchas vermelhas recobertas por escamas esbranquiçadas em lugares específicos, como nos cotovelos, ou espalhadas pelo corpo.
Quem sofre de psoríase também têm um risco maior de ter AVE
Outro estudo, publicado no European Heart Journal, revelou que pessoas diagnosticadas com psoríase têm quase três vezes mais chances de sofrer um acidente vascular encefálico (AVE) e de apresentar ritmos cardíacos anormais do que quem não tem a doença. A análise foi liderada por cientistas da Dinamarca.
A pesquisa analisou registros de 4,5 milhões de pessoas diagnosticadas com psoríase, sendo que 36.765 tinham a doença em condições leves e 2.793 em condições graves.
Os resultados apontaram que pacientes com menos de 50 anos diagnosticados com psoríase leve tinham 50% mais chances de sofrer de arritmia cardíaca e 97% mais chances de ter um AVE. Já os com psoríase grave, tinham uma probabilidade 198% maior de ter arritmias cardíacas e 180% maior de ter um derrame. Os riscos em pessoas acima de 50 anos eram bem menos significativos.
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Segundo os cientistas, uma possível causa para os números alarmantes seria o fato de as inflamações de pele e dos vasos sanguíneos terem fontes de origem similares.
As células da pele são substituídas a cada três ou quatro semanas, mas, em pessoas com psoríase, o processo se dá de forma muito mais acelerada. A substituição em portadores da doença acontece entre dois e seis dias, o que torna a pele avermelhada, manchada e cheia de cascas.