Dermatologista clínico, com ampla experiência no diagnóstico e no tratamento das principais doenças da pele e cabelo. El...
iJornalista especializado na cobertura de temas relacionados à saúde, bem-estar, estilo de vida saudável e à pratica esportiva desde 2008.
iMédica formada pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, onde também fez residência em Dermatologia. Hoje e...
iFormada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), tem residência médica em dermatologia no Hospit...
iO que é Psoríase?
A psoríase é uma doença inflamatória da pele, autoimune, não contagiosa e sem cura. É bastante comum e se caracteriza por lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas no couro cabeludo, cotovelos, joelhos, pés, mãos, unhas, região genital ou por todo corpo.
A extensão da psoríase varia de pequenas lesões localizadas até o comprometimento de toda a pele.
Por ser uma doença autoimune, a psoríase faz com que o organismo ataque a ele mesmo - e esse ataque pode ser recorrente.
Ela tem gravidade variável, podendo apresentar desde formas leves e facilmente tratáveis até casos muito extensos, que levam à incapacidade física, acometendo também as articulações.
Causas
Não se sabe a causa exata da psoríase. O que se acredita até agora é que uma célula conhecida como T, responsável por percorrer todo o corpo humano em busca de elementos estranhos, como vírus e bactérias, passe a ter um comportamento estranho, atacando células saudáveis da pele para cicatrizar uma ferida ou tratar uma infecção que não existe.
Isso costuma trazer várias consequências, como a dilatação de vasos sanguíneos e o aumento no número de glóbulos brancos, que avançam para camadas mais externas da pele de forma muito rápida, provocando lesões avermelhadas. Trata-se de um ciclo ininterrupto, que só tem fim com o tratamento adequado.
Saiba mais: 1 em cada 3 pessoas com Psoríase pode apresentar Artrite Psoriásica
Acredita-se que a genética tenha um papel determinante em boa parte dos casos de psoríase, mas que fatores ambientais também estejam envolvidos.
Uma em cada três pessoas com psoríase relata ter um parente com a doença e se acredita que até 10% da população geral possa herdar um ou mais genes que predisponham o desenvolvimento da psoríase. No entanto, somente 2% desenvolvem de fato a doença.
Alguns fatores que podem desencadear em psoríase, são:
- Infecções de garganta e de pele
- Lesões na pele, como feridas, machucados, queimaduras de sol ou outras de natureza física, química, elétrica, cirúrgica ou inflamatória
- Estresse
- Variações climáticas
- Tabagismo
- Consumo excessivo de álcool
- Medicamentos, como alguns prescritos para transtorno bipolar, pressão alta e malária
- Alterações bioquímicas, ou seja, do metabolismo de algumas substâncias na pele.
Tipos
São vários os tipos de psoríase, que se apresentam e também são tratados de formas diferentes. Entre eles estão:
Psoríase Vulgar ou em placas
É a forma mais comum da doença, caracterizada por lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos.
Algumas vezes elas podem coçar, causar dor e atingir todas as partes do corpo, inclusive genitais e dentro da boca do paciente. Nos casos considerados mais graves, a pele ao redor das articulações pode rachar e sangrar.
Psoríase Invertida
Psoríase invertida é caracterizada por manchas inflamadas e vermelhas que atingem, principalmente, as áreas mais úmidas do corpo, onde normalmente se formam dobras, como nas axilas, virilhas, embaixo dos seios e ao redor dos órgãos genitais.
No caso de pessoas com obesidade, esse tipo de psoríase pode ser agravado; da mesma forma quando há sudorese excessiva e atrito na região.
Psoríase Gutata
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, este tipo da doença é mais comum entre crianças e jovens com menos de 30 anos.
A psoríase gutata geralmente é desencadeada por infecções bacterianas, como as de garganta, por exemplo.
São formadas pequenas feridas, em forma de gota, que são cobertas por uma fina “escama”. Normalmente aparecem no tronco, pernas, braços e couro cabeludo.
Psoríase Ungueal
É o tipo de psoríase que afeta os dedos e unhas das mãos e dos pés. Ela faz com que a unha cresça de forma anormal, engrosse e escame, perca a cor, surgindo depressões puntiformes ou manchas amareladas. Em alguns casos a unha acaba por se descolar da carne ou esfarelar.
Psoríase Pustulosa
Esta é uma forma rara de psoríase, em que podem aparecer manchas em todas as partes do corpo ou se concentrar em áreas menores, como pés e mãos. Elas se desenvolvem rapidamente, formando bolhas cheias de pus poucas horas depois da pele se tornar vermelha.
Essas bolhas normalmente secam dentro de um ou dois dias, mas podem reaparecer durante vários dias ou semanas, ocasionando febre, calafrios, fadiga e coceira intensa.
Psoríase Eritrodérmica
É o tipo menos comum das psoríases, com lesões generalizadas em 75% do corpo ou mais, com manchas vermelhas que podem coçar ou arder de forma intensa, levando a manifestações sistêmicas.
São vários os fatores que podem desencadear este tipo de psoríase, entre eles tratamentos intempestivos com o uso ou retirada abrupta de corticosteroides, infecções, queimaduras graves ou outro tipo de psoríase que foi mal controlada.
Psoríase Artropática ou Artrite Psoriásica
Este tipo da doença pode estar relacionada a qualquer forma clínica da psoríase e, além de apresentar inflamação na pele e descamação, a psoríase artropática ou artrite psoriásica também é caracterizada por fortes dores nas articulações e pode causar rigidez progressiva.
Psoríase Palmo-plantar
As lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e nas solas dos pés.
Sintomas
Os sintomas da psoríase variam de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem os seguintes:
- Lesões avermelhadas na pele, cobertas com uma camada brancoprateada e descamativa
- Pequenas manchas vermelhas
- Pele ressecada, com facilidade para sangramentos
- Unhas espessas, esfareladas, amareladas, descoladas e com furinhos na superfície
- Inchaço nas articulações
- Articulações rígidas e doloridas
- Placas e descamações no couro cabeludo, cotovelos e joelhos.
Diagnóstico
O diagnóstico da psoríase é clínico. Ou seja: ele depende de que o médico (de preferência, dermatologista) faça um exame físico, analisando os aspectos da pele, unhas e couro cabeludo, verificando se os sintomas realmente representam psoríase.
O profissional também deverá levar em conta o histórico familiar do paciente para psoríase, uma vez que já ter algum parente com a doença aumenta as chances de desenvolvê-la. O especialista também pode pedir para o paciente fazer uma biópsia da pele afetada para confirmar o diagnóstico.
Fatores de risco
Histórico familiar
Talvez este seja o fator de risco mais significativo para psoríase. Quanto mais parentes diagnosticados com a doença o paciente tiver, mais chances de desenvolver a doença.
Infecção bacteriana ou viral
Pessoas com quadros constantes de infecção têm igualmente mais chances de serem diagnosticadas com a doença.
AIDS
Pessoas com AIDS ou portadoras do vírus HIV, que têm deficiência no sistema imunológico, também são mais propensas a desenvolver a psoríase.
Estresse
O estresse também pode impactar no sistema imunológico, favorecendo o surgimento de reações na pele e de doenças crônicas.
Obesidade
O excesso de peso facilita o desenvolvimento da doença e deixa a imunidade mais baixa.
Fumo
O uso do cigarro não só é um fator de risco para psoríase como também pode determinar o quão grave será a doença.
Tratamento
Existem diversos tipos de tratamento para psoríase, mas todos têm pelo menos um dos seguintes objetivos:
- Reduzir a inflamação e a formação de placas, fazendo com que as células da pele parem de crescer tão rapidamente
- Regular e normalizar a aparência da pele.
Para isso, existem três opções gerais de tratamento: tópico (cremes e pomadas), sistêmico e por fototerapia. A escolha dependerá do tipo de psoríase desenvolvida e do histórico do paciente. Apenas o médico poderá indicar o melhor tratamento.
Pomada resolve psoríase?
Normalmente é possível tratar pacientes que apresentam uma forma leve de psoríase, com medicações tópicas, além de orientações sobre os benefícios dos hidratantes e da exposição solar (leve e protegida) na psoríase.
Entre os medicamentos tópicos que podem ser receitados estão as pomadas com corticoides e outras substâncias que sejam mais adequadas, caso a caso, para aliviar os sintomas.
Níveis leves da doença costumam ser aqueles com pequenas e poucas lesões cutâneas, sem comprometimento das articulações.
Já os pacientes que apresentam formas de psoríase mais graves frequentemente necessitam de medicamentos sistêmicos, que são os de uso via oral, subcutâneo, intramuscular ou intravenoso para o controle da doença.
Eles também são indicados nos casos em que apenas com o tratamento tópico não se obteve o resultado esperado. Entre as classes de medicamentos sistêmicos para o tratamento da psoríase podem ser citados:
- Imunossupressores: esse tipo de medicamento atua no sistema imunológico diminuindo a capacidade do organismo atacar ele mesmo
- Medicamentos biológicos: são moléculas de natureza proteica, produzidas com o auxílio da engenharia genética, usadas para tratar doenças autoimunes. Eles são indicados, especialmente, nos casos resistentes aos tratamentos convencionais ou que já apresentem restrição a eles pelo desenvolvimento de efeitos colaterais.
Também pode ser usada a fototerapia, que é um procedimento no qual a pele é cuidadosamente exposta à luz ultravioleta, ou a PUVAterapia, que consiste na utilização de medicamentos psoralênicos mais fototerapia com ultravioleta A.
Medicamentos
Remédios para psoríase gratuitos
Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pacientes com psoríase têm acesso a tais medicamentos de forma gratuita:
- Ciclosporina
- Metotrexato
- Acitretina
- Calcipotriol
- Clobetasol
- Dexametasona
- Adalimumabe
- Secuquinumabe
- Ustequinumabe
- Etanercepte
Além disso, pela rede pública é fornecida a fototerapia, que consiste no uso de luzes especiais para combate de manchas na pele.
Saiba mais: Ácido salicílico + dipropionato de betametasona (pomada): para que serve
Tem cura?
Não há cura para psoríase. Entretanto, essa é uma doença crônica que pode ser controlada com tratamento - o que é muito importante, porque não é possível prever quando as crises irão se manifestar.
Hidratar a pele ajuda a aliviar os sintomas, mas a abordagem terapêutica precisa ser direcionada para cada tipo e intensidade do quadro de psoríase.
Os efeitos do tratamento também são diferentes de pessoa para pessoa. Algumas podem obter resultados com a primeira opção terapêutica, enquanto outras demoram mais para encontrar um tratamento eficaz.
A pele também pode ficar mais resistente com o passar do tempo, fazendo com que a mudança de doses ou abordagem seja inevitável.
Além disso, a maioria dos tratamentos pode apresentar efeitos colaterais significativos, então é importante conversar com o seu médico se surgirem novos sintomas ou caso aconteça mudanças na pele.
Prevenção
Não há uma maneira conhecida de prevenir a psoríase, mas você pode agir para evitar que as crises da doença ocorram. Confira algumas medidas:
Hidrate sua pele
Pessoas com psoríase devem usar hidratantes corporais, indicados pelo médico, várias vezes ao dia, principalmente nas áreas onde costumam aparecer as lesões.
Prefira aqueles que não tenham muito perfume e cor, pois são menos propensos a desencadear uma alergia. Aproveite o pós-banho para fazer a hidratação principal.
Não esfolie a pele
A esfoliação é contraindicada para pacientes que sofrem de psoríase. Além disso, o procedimento pode causar rompimento da pele, desencadeando uma nova crise.
Este é o chamado fenômeno de Koebner, em que um trauma em alguma região saudável da pele leva ao surgimento de lesões que existiam em outras partes do corpo. O mesmo acontece em portadores do vitiligo.
Tome sol
Tomar sol não só é permitido como é recomendado para pacientes com psoríase. Mas, é claro, com alguns cuidados. O primeiro deles é em relação ao horário de exposição, que deve ser até as 10h ou após as 16h.
Outro cuidado é a duração da exposição. Cerca de 10 minutos já são suficientes para aproveitar o efeito anti-inflamatório do sol. Converse com o seu médico sobre o uso de filtros solares.
Cuidado com a depilação!
Homens podem fazer a barba com lâmina normalmente, tomando cuidado apenas com traumas que possam provocar lesões. A depilação, por sua vez, requer ainda mais atenção.
O paciente deve optar pelo método que traumatizar menos a pele. Se ele tem alergia à lâmina, por exemplo, deve evitar o uso. Se tem alergia à cera, por outro lado, recomenda-se tentar a lâmina.
Entretanto, se a área estiver muito inflamada, o ideal é tratar a pele antes de realizar qualquer procedimento para evitar o agravamento do quadro.
Tome banhos rápidos
O banho do paciente com psoríase deve ser rápido, morno e sem o uso de buchas. Quanto ao sabonete, prefira as versões neutras. Por fim, seque a pele com uma toalha macia, sem esfregar e tome cuidado especial com as regiões lesionadas.
Tome cuidado com os cosméticos
Antes de realizar qualquer procedimento estético, consulte seu dermatologista. A maior parte dos produtos pode ser usada em regiões livres de lesões.
Nas áreas com traumas, entretanto, é preciso tomar cuidado para que substâncias presentes nas composições não agravem o quadro.
Roupas
Opte sempre pelo conforto. Roupas muito justas ou que não são de algodão podem impedir que a pele transpire normalmente, favorecendo a proliferação de fungos. Assim, prefira peças que permitam ventilação e não limitem seus movimentos.
Muita atenção com tatuagem e piercing!
Como a psoríase é uma doença caracterizada pelo fenômeno de Koebner, o paciente deve estar ciente de que os traumas causados para fazer uma tatuagem ou colocar um piercing podem desencadear o aparecimento de lesões.
Se for arriscar, vale saber que está correndo o risco de surgir uma lesão crônica no local. Procedimentos para eliminar tatuagens também favorecem lesões.
Convivendo (Prognóstico)
A psoríase é uma doença crônica que pode ser controlada com tratamento, mas ela também pode desaparecer por algum tempo e depois voltar sem uma causa aparente.
Além disso, são diversos os fatores que podem desencadear os sintomas, desde estresse até infecções, dependendo do grau do problema e do próprio organismo do paciente.
Os sintomas também podem ser bastante incômodos e, por vezes, acabar afetando a autoestima da pessoa com psoríase. Por isso, as seguintes dicas podem ser bastante úteis:
Tenha uma dieta saudável
Além de poder prevenir novas crises da doença, uma alimentação saudável faz toda a diferença no bom funcionamento do organismo, previne o sobrepeso e a obesidade - fatores estes que colaboram com o desenvolvimento de um tipo grave de psoríase.
Para saber se você está se alimentando de forma correta e saudável é interessante manter um diário nutricional, em que poderá analisar melhor a qualidade de suas refeições.
Algumas dicas são ingerir mais frutas, vegetais, cereais integrais, laticínios com baixo teor de gordura, carnes magras e peixes.
Também diminuir a quantidade de carne vermelha, laticínios com alto teor de gordura, álcool, alimentos refinados e processados.
O importante é conversar com o seu médico antes de fazer qualquer mudança na dieta, uma vez que de acordo com certas restrições alimentares ele irá personalizar o que você pode comer para obter todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do seu corpo.
Evite o estresse
O estresse é um ativador comum da psoríase, até porque a própria doença pode ser considerada um fator estressante. Embora nem sempre seja possível evitar o estresse, ter consciência dele pode ajudar.
Para isso, você precisa identificar a causa do seu estresse, que pode até ter desencadeado reações anteriores, para evitá-la ou lidar com ela de maneira mais construtiva no futuro.
Ter um tempo para relaxar, fazer meditação ou ioga, assim como exercícios de respiração profunda podem ajudar a reduzir o estresse.
Também é importante conversar, desabafar sobre como a psoríase faz você se sentir e afeta a sua vida. Reprimir esses sentimentos pode aumentar o estresse e piorar os sintomas do problema.
Na hora de se vestir
Com psoríase, algumas pessoas podem ter dificuldade em escolher roupas que as deixem confortáveis e se sintam bem.
Se você se enquadra neste quesito, pode achar interessante escolher roupas com tecidos macios como o algodão para não causar atrito na pele. Tecidos mais ásperos, como os de lã ou sintéticos, podem causar irritação nas placas.
É importante manter a respiração da pele, uma vez que a própria transpiração também pode irritar o local ocasionalmente. Neste quesito, tecidos macios e "respiráveis", que absorvam a umidade, são uma boa pedida.
Cuidado com outros medicamentos e produtos
Alguns medicamentos ou produtos para a pele podem interferir diretamente nos sintomas da psoríase. Então, é importante sempre consultar e informar ao médico os remédios e cosméticos que faz uso.
Assim, será possível que ele verifique qual opção pode ser usada para tratar os problemas sem que os efeitos de ambos sejam prejudicados ou causem algum problema ao paciente.
Complicações possíveis
- Artrite psoriásica: complicação da psoríase que pode causar danos às articulações
- Problemas oculares: algumas condições oculares, como conjuntivite, blefarite e uveíte são mais comuns em pessoas com psoríase
- Obesidade: pessoas com psoríase, principalmente aquelas com as formas mais severas da doença, são mais propensas a desenvolver obesidade. Ainda não se sabe exatamente como elas estão ligadas, mas acredita-se que seja por praticarem menos atividades físicas por conta da própria condição de saúde. Além disso, pessoas com obesidade que desenvolvam psoríase têm maior chance de contrair formas mais graves da doença
- Diabetes tipo 2: o risco do paciente com psoríase desenvolver diabetes tipo 2 é aumentado quanto mais severo for o tipo de psoríase
- Doenças cardiovasculares: o risco de infarto, taquicardia e outras condições cardiovasculares são maiores em pessoas com psoríase em comparação com quem não tem a doença. Isso pode ser devido a um excesso de inflamações, ao efeito colateral de alguns tratamentos ou a um aumento do risco de desenvolver obesidade e outros fatores que contribuem para o aparecimento de doenças cardiovasculares
- Outras doenças metabólicas: como a doença celíaca, esclerose, doença de Crohn, entre outras
- Síndrome metabólica
- Hipertensão arterial
- Doença de Parkinson
- Doenças dos rins.
A psoríase pode ainda causar problemas na qualidade de vida do paciente, levando-o a sintomas de depressão, baixa autoestima, isolamento social, problemas no trabalho e em outros círculos sociais.
Perguntas frequentes
A psoríase é contagiosa?
Não, a psoríase é uma doença do sistema imunológico, ou seja, não é algo que você possa contrair de alguém.
A psoríase é mais comum em homens ou mulheres?
A incidência da psoríase é igual em homens e mulheres.
A psoríase tem graus ou intensidades?
Sim, ela pode ser leve, moderada ou grave. A Fundação Nacional Americana de Psoríase considera que a psoríase leve é aquela que afeta menos de 3% do corpo, de 3-10% é considerada moderada e mais de 10% é considerada grave.
O que pode ativar ou piorar os sintomas da psoríase?
Os ativadores da psoríase variam de pessoa para pessoa e podem incluir estresse, lesão na pele, alguns tipos de infecções e determinados medicamentos.
Quais são as partes do corpo mais afetadas?
Apesar de poder se manifestar em qualquer local do corpo, a psoríase é mais comum no couro cabeludo, nos joelhos, nos cotovelos e no tronco.
Psoríase é apenas um problema da pele?
Não. A psoríase é uma doença imunológica crônica que se manifesta principalmente na pele. Contudo, até 30% dos pacientes com psoríase desenvolvem artrite psoriásica, que afeta as articulações e a pele.
A inflamação da psoríase pode também estar associada a outras condições e doenças sistêmicas, como obesidade, hipertensão arterial, dislipidemia (aumento de triglicérides e colesterol) e diabetes.
Os sintomas da psoríase podem piorar no inverno?
Sim. Fatores comuns do inverno, como o ar seco, a exposição reduzida à luz solar e às temperaturas mais baixas podem contribuir para exacerbações da psoríase nesta época.
Em qual idade a maioria das pessoas desenvolve psoríase?
A psoríase pode se desenvolver em qualquer idade, mas, na maioria das pessoas, os sintomas se manifestam pela primeira vez até os 35 anos de idade.
A psoríase é hereditária?
Uma em cada três pessoas com psoríase relata ter um parente com a doença. Converse com seu médico sobre seu histórico genético.
Referências
Igor Brum Cursi, médico dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia - CRM: 52.79016-8.
Natalia Cymrot, médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia - CRM: 84332/SP.
Carla Albuquerque, médica dermatologista membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia - CRM 95007/SP.
Clínica Mayo – organização sem fins lucrativos dos Estados Unidos que reúne conteúdos sobre doenças, sintomas, exames médicos, medicamentos, entre outros.
Associação Nacional dos Portadores de Psoríase - entidade sem fins lucrativos cujo como objetivo é buscar e divulgar informações sobre psoríase.