Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
Mulheres que apresentam obesidade, diabetes ou pressão alta durante a gravidez podem ser mais propensas a ter filhos com autismo, sugere um novo estudo desenvolvido na Universidade da Califórnia (EUA). A pesquisa incluiu 1.004 crianças com idades entre dois e cinco anos e suas respectivas mães.
Os autores da análise analisaram os dados clínicos das mulheres durante a gravidez e quantas delas haviam apresentado alguma das complicações citadas. Ao final do estudo, 517 crianças foram diagnosticadas com autismo e 172 tiveram outros distúrbios de desenvolvimento.
As mães que tinham obesidade, diabetes ou hipertensão durante a gestação tinham 60% mais chances de ter uma criança com autismo e duas vezes mais chances de ter um filho com outro tipo de atraso no desenvolvimento. Segundo os pesquisadores, esse estudo traz evidências de que a saúde materna e fatores pré-natais podem desempenhar um papel fundamental no risco para o autismo.
Afaste seis inimigos da sua saúde na gravidez
Durante a gravidez, o sistema imunológico da mulher é responsável por manter sua saúde e ainda garantir que o bebê tenha o desenvolvimento adequado. Por isso, ao longo dos nove meses, os cuidados precisam ser redobrados e seguidos à risca para evitar uma série de inconvenientes. Para passar longe dos perigos, veja as dicas a coordenadora do setor de Ultrassonografia Viviane Lopes, do Laboratório Femme, recomenda e não deixe de fazer o acompanhamento pré-natal com o ginecologista.
1. Diabetes gestacional
Cultivar uma alimentação balanceada, rica em vitaminas e minerais, é uma das formas mais eficazes de combater o diabetes. Os perigos da doença incluem pressão alta, acúmulo excessivo de líquido amniótico (que pode distender demais a barriga da gestante), mortalidade fetal e malformações. A especialista aconselha ainda que sejam evitadas refeições com muitos condimentos, que pioram os enjoos e agravam a hipertensão. Alimentos crus são outra ameaça, porque podem transmitir toxoplasmose e verminoses.
2. Falta de hidratação
Durante a gravidez, as mudanças no corpo vão muito além daquelas que são percebidas externamente. Entre elas, está o aumento do volume sanguíneo, que depende da boa hidratação para acontecer. "Água e suco de frutas são as melhores fontes para a hidratação saudável", recomenda a especialista.
3. Indisposição e crises de mau humor
"A falta de descanso pode prejudicar a formação do bebê, fazer a pressão sanguínea da mãe aumentar e até aumentar as chances de rompimento da bolsa e de um nascimento prematuro", afirma a ginecologista. Ela recomenda dormir, pelo menos, oito horas durante a noite e fazer breves cochilos durante o dia ou sempre que a gestante se sentir cansada.
4. Infecções urinárias e dificuldades sexuais
As gestantes podem levar uma vida sexual ativa normal, a não ser quando algum problema durante o pré-natal leva o médico a pedir restrições. "Fazer exames de urina rotineiramente é um cuidado importante para evitar infecções", afirma a ginecologista. É comum também que, nesta fase, a mulher prefira evitar relações sexuais, principalmente nos primeiros meses de gestação. "Quando se sentir disposta, entretanto, a mulher não pode abrir mão da camisinha para prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)".
5. Excesso de peso
A gestante deve praticar exercícios, pois eles ajudam a controlar o peso e o colesterol, além de prevenir contra a obesidade e o diabetes gestacional. "Prefira atividades de baixo impacto, como caminhadas e hidroginástica, e use roupas leves e confortáveis. Também cuide da hidratação antes, durante e após o treino", explica Bárbara.
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6. Hipertensão
A doença ameaça qualquer mãe que não repousa o suficiente ou está submetida a altos níveis de estresse, que ingere menos proteínas do que necessita, consome muito sal ou tem histórico familiar de hipertensão. A hipertensão reduz a quantidade de líquido amniótico dentro do útero, o que reduz a passagem de oxigênio pela placenta. Consequentemente, o bebê movimenta-se pouco, eliminando menos urina e até parando de respirar para economizar energia. Nos casos graves, há a morte da criança. Monitorar a pressão rotineiramente, diminuir o consumo de sal e tomar muita água são essenciais para controlar a pressão alta.