Praia é o lugar certo para quem gosta de sol e calor. O problema é que tem gente que exagera na vontade de ficar bronzeado. Esse descuido pode acabar em um quadro nada agradável: a insolação.
O clínico geral e geriatra Paulo Camiz (CRM/SP 116103) explica que o quadro acontece pela exposição exagerada da pele ao sol, o que provoca uma inflamação. Assim, é preciso um maior fluxo de sangue para reparar os danos, causando falta dele em outros órgãos. E os sistemas cardiorrespiratório e neurológico são os mais prejudicados neste processo. Por isso, a insolação pode causar, além da pele avermelhada e quente, mal-estar, dores de cabeça, náuseas, tontura, confusão e até perda de consciência. Desidratação e queimaduras de pele frequentemente acompanham o quadro.
Segundo Camiz, um paciente indisposto muitas vezes nem sente sede, já que a parte neurológica está prejudicada. Por isso, é preciso que todos bebam água sempre, mesmo que não haja vontade.
Principal alvo da desidratação são os idosos que, além de sentirem menos sede, tem menor quantidade de água corporal. Sem o socorro necessário, há risco de coma e até morte.
Para o especialista, ao se perceber um início de insolação, a principal atitude deve ser a hidratação. É preciso tirar o paciente imediatamente do sol e deixa-lo em repouso em lugar ventilado e fresco, para diminuir a temperatura do corpo. Em estágios mais avançados, é aconselhável levar a pessoa a um hospital.
Já para prevenir o quadro é simples: evite se expor ao sol das 10 às 16 horas, utilize sempre protetor solar e beba bastante água, principalmente ao realizar atividades físicas.