Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iO mês de junho, para quem tem filhos, costuma ser uma época agitada. Uma pernada para correr atrás de chapéu de palha, mais duas em busca dos retalhos para a roupinha da quadrilha, paciência de rendeira para costurar os remendos das calças e dos vestidos floridos e criatividade inspirada para caprichar nas tranças, pintinhas no rosto e barbichas falsas.
Isso no melhor dos casos. Porque, muitas vezes, sua empolgação passa a fazendas de distância da cabecinha do seu filhote. Há quem chore, faça bico e se recuse terminantemente a participar de uma festa junina. Nem a lembrança de brincadeiras como a pesca, o jogo das argolas ou guloseimas como a maçã do amor e a pipoca doce servem de antídoto contra a cara amarrada e o muxoxo lacrimoso. Seu filho diz que não vai e está acabado.
Pronto. Está formado o cenário para instalar o desespero agravado nas conversas em frente ao colégio, junto a outras mães que nem sonham com sua aflição. Mas não se desespere, nem sempre isso é motivo de preocupação, tranqüiliza a psicóloga Cloris Zila Quinta, especializada em conflitos familiares.
Ele pode simplesmente não gostar de multidões e preferir curtir a festa como espectador. Para que você consiga diferenciar uma simples falta de afinidade com a data de um problema mais sério (como a dificuldade de entrosamento com os amiguinhos), preparamos um guia rápido que responde todas as suas dúvidas e revela se é hora de forçar a barra ou de esquecer as homenagens a São João.
1. Meu filho nunca quer participar da festinha da escola, o que eu faço? Segundo Cloris Zila, a primeira coisa a fazer é conversar com seu filho. Procure saber o porquê da recusa e explique a importância e o significado da festa. Se, mesmo assim, ele não quiser participar, respeite. Lembre-se de que algumas crianças são mais inibidas do que as outras e o melhor a fazer é aceitá-las desde que este comportamento não esteja prejudicando o desempenho escolar delas e nem as relações afetivas.
Mas não deixe de investigar se a recusa não tem a ver com algum medo ou situação estressante ligada à festa, como o medo de errar os passos na quadrilha. Se o motivo for um fato específico, tente solucionar a raiz do problema, mas sem obrigar seu filho. No caso da quadrilha, vale se oferecer para ensaiar junto ou convidar os coleguinhas para um lanche e sugerir um treino da coreografia. Mas tudo isso sem pressionar a criança. A idéia é apresentar as opções como uma grande diversão.
2. Meu filho adora festa junina, mas não quer participar da festa. Isso é um problema? Dependendo da idade da criança é melhor verificar com o responsável da escola se esse comportamento é freqüente. As pequenas, por exemplo, podem ter um período de menor socialização quando ocorre o nascimento de um irmão. Elas ficam enciumadas e deixam de se relacionar com os amiguinhos, ficando mais sensíveis manhosas ou até agressivas, explica à psicóloga.
Ou seja, pode ser que alguma mudança fora da rotina escolar explique a desmotivação repentina. A separação dos pais ou a perda de alguém querido costuma também afetar as reações dos menores. No caso de uma criança maior, que não passou por nenhum acontecimento mais marcante ou conflituoso, fique atenta e acompanhe de perto o desempenho escolar e a desenvoltura social.