Meu marido sofre de ejaculação precoce, só q ele não tirou o prepúcio, se ele tirar, esse problema melhora? Respostas dos nossos especialistas

Hoje, com a internet o acesso a informação está garantido para todos. Mas precisamos ter cuidado! Alguns homens acabam se rotulando como portadores de Ejaculação Precoce (EP) de maneira equivocada e tentado soluções rápidas e acreditando em tratamentos milagrosos (e caros). Tem muita propaganda enganosa feita por clínicas que se dizem especializadas em medicina sexual. Cuidado!A definição clássica de EP envolve: uma ausência persistente de capacidade para retardar a ejaculação;ejaculação que ocorre constantemente antes ou logo após a penetração (minutos), se repete na maioria das relações com parceira (o) e causa insatisfação significativa para o casal.Devemos lembrar que EP não envolve somente uma questão relativa ao tempo. Vários homens ejaculam em minutos e não se queixam do desempenho sexual. Por outro lado, alguns que conseguem mais de 10 minutos de penetração buscam ajuda afirmando serem portadores de EP.O correto, portanto, para quem acha que tem EP é procurar um médico que seja especialista nesta área. Atenção: que comprove ser especialista e não apenas se autointitule. O urologista seria o profissional de saúde capacitado desde sua formação para orientar o homem nestas questões ligadas à sexualidade. Procure (através da própria internet ou outras ferramentes) conhecer a formação do profissional e qual a sua experiência nesta área.As cirurgias chamadas "dessensibilizadoras " foram muito utilizadas no passado e NÃO são recomendadas como método terapêutico apra EP.Não existe uma receita única que sirva para resolver todos os casos de EP. É necessário INDIVIDUALIZAR o tratamento. Algumas vezes a sensação de falta de ereção ou até de apetite sexual é consequência da insegurança estabelecida pela EP. Como se o homem evitasse uma situação que lhe é constrangedora. Em outros pacientes ocorre o contrário, ou seja, a dificuldade em manter a ereção causa ansiedade e provoca a perda do controle ejaculatório. Cada caso se apresenta de uma forma e merece um tipo de tratamento específico. Uma etapa muito importante é estabelecer um relacionamento de confiança com o médico e fazer o seguimento recomendado para adaptar a terapia conforme os resultados obtidos. Em alguns casos, eu diria na maioria, se faz necessário uma equipe multidisciplinar, envolvendo psicólogo e outros profissionais de saúde. Outro ponto básico está na utilização de medicamentos por via oral para ajudar na percepção do controle ejaculatório.