Nova forma de tratamento para depressão pode ter sido descoberta". Como esta a pesquisa de Terapia Genética para essa doença e é possível?
Psicóloga encarregada da Unidade de Dor Crônica (UDC) da Clínica Kennedy São Paulo
Desculpe eu desconheço!
A sua pergunta pre-suppõe duas hipóteses: primeiro que a depressão seja uma doença que possa ser tratada através da intervenção genética; segundo, que possa ter uma intervenção genética com efeito terapêutico.A segunda é a mais abrangente. Até hoje em dia, temos conhecimento só de pouquíssimas doenças claramente hereditárias, talvez de uma meia dúzia. Só elas tem perspetiva de um tratamento genético futuro. A grande maioria das doenças que muitos consideram ter um elemento hereditário, no entanto, são conhecidas como tais só estatísticamente. Pais e filhos podem ter, mas não existe o mínimo conhecimento biológico de como o pai passa para o filho. As claramente hereditárias são aquelas associadas a um só gene alterado nos portadores da doença em comparação com o resto da população e que se transmite de pai para filho ou de ambos os pais para o filho no ato de fertilização do casal. A engenharia genética recente quer fazer a gente acreditar que esteja em desenvolvimento um processo para artificialmente substituir, em todas as celulas relevantes de um corpo vivo, um gene determinado -- ruim -- por um outro melhor. Mas esta visão não deve, neste momento, enganar. Ela é iniciante, mas ainda tem muitíssimos obstáculos. Leva o acrônimo CRISP. Todas as outras doenças deste mundo que porventura possam ser genéticas ou ter um componente genético parecem não corresponder a um só gene identificado mas talvez a um conjunto não bem conhecido de genes ainda com as múltiplas possíveis relações entre eles desconhecidas. Não existe perspetiva de tratar estas doenças geneticamente enquanto não conhecemos estas duas coisas: os genes participando e o que eles fazem inclusive as relações entre eles. Por sinal, esta fronteira do nosso conhecimento dá para acreditar que possívelmente nunca vamos poder atravessá-la, simplesmente pela possível complexidade do que estamos falando. Ainda quero mencionar as doenças causadas por micróbios parasitas, tais como virus, bactérias e fungos. Elas estão na pesquisa para tratamento genético, só que aqui não se trata dos genes da pessoa, mas dos genes do micróbio, muitissimamente mais simples ainda que super-complexos eles também. Ai bastaria perturbar uns genes para que o micróbio morra ou cesse de se reproduzir. Imagino que a sua pergunta não se refere a estas doenças parasitológicas, pois (quase) ninguém acha que a depressão seja causada por micróbios.Considerar a depressão uma doença biológica é a outra hipotese sua que precisa ser contestada. Primeiro, temos nenhuma prova do que a depressão significa biológicamente. Parece que os efeitos dos remédios psicotrópicos provem alguma coisa, mas eles são apenas empíricos: os remédios funcionam de certa forma, imaginamos que influenciam certos processos químicos no cérebro, mas não temos certeza do que mais eles fazem no cérebro, além de não funcionar em todos os casos. Ou seja, a relação entre os remédios e os seus efeitos é tão insegura que não permite concluir o que os remédios psicotrópicos fazem exatamente. Assim, também não dá para dizer o que a depressão faz no cerebro exatamente.Hoje em dia, a única maneira de explicar-se a depressão é pelo sentido que ela faz visto a vivência passada da pessoa, e pela função dela na organização da vida presente e futura pela pessoa. Ai fica claro também o vínculo da depressão com a ansiedade. A intervenção indicada, por isso, é a psicoterapia falada, aquela que para a pessoa muda o sentido da vida. Ao mesmo tempo, não deve-se pensar que esta explicação da depressão contrarie a idéia dela ter uma manifestação biológica, pois o sentido, a vida mental, deve refletir-se em processos neuronais ainda que não saibamos lê-los diretamente. Pelo que parece, não vamos poder ler o lado biológico da vida mental tão logo, devido a sua complexidade. Assim, tampoco mudar os sentimentos através de uma intervenção genética qualquer.
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