Como agir ao ter uma crise muito forte de ansiedade?
Atuando no Brasil desde 1985, Dr. Leonard F. Verea é médico, formado pela Faculdade de Medicina e Cirurgia de Milão, Itá...
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Entrar por um caminho estreito, prejudicar soluções, colocar-se em uma gaiola: isso é Ansiedade.
“Não aguento mais”...é uma das frases mais faladas por quase 30 % da população. Todos somos um pouco estressados ! Mas não é difícil mudar os rumos da nossa vida, é suficiente uma mudança na forma de pensar e de viver as situações que nos envolvem.
É normal na vida querer subir, fazer carreira, progredir, mas muitas vezes as pessoas não percebem o que deixam para tras, para conseguir isso: tudo parece evoluir muito bem, mas sem uma estrutura firme e bem alicerceada, de repente a pessoa acorda ansiosa, cheio de medos, inseguro, inquieto, agitado, repetindo a fala “não aguento mais”, sem saber a quem recorrer e como resolver.
Uma das falhas mais evidentes nesse processo evolutivo e desgastante a perda da Criatividade por parte do individuo. Se a criatividade se apaga, se se afasta da nossa vida, nenhum sucesso profissional pode nos compensar. Se não exerce a criatividade, o cérebro se torna árido e todos os males começam por ai. A pessoa se torna unilateral, vivendo somente casa, trabalho, sucesso e resultados a alcançar , esquecendo-se dos hobbies e das diversões que gostava anteriormente. Isso acontece, quando ha um desequilíbrio na nossa mente, entre o nosso desejado inconsciente e o possuído real. A maior parte dos pacientes que sofre de ansiedade, quando indagados, relatam que perderam as paixões por algo gostoso e bom na vida antes do problema: por isso estão tão mal. Entraram por um caminho estreito. A ansiedade aparece para ajuda-los, aparece do mais profundo do inconsciente para avisar para não deixar de lado a própria essência, a afetividade que é a base da vida.
Muitas vezes quando se aproxima a data de um vencimento, como uma prova, um exame, casamento, as crises de ansiedade são cada vez mais intensas e frequentes, as vezes se transformando em ataques de Pânico. Isso acontece quando por mais que a nível consciente, logico e racional saibamos que aquela situação é a certa, percebemos que algo dentro de nos, inexplicável, não está de acordo...dando espaço a uma profunda inquietude. Quanto mais forte a convicção, mais forte a inquietude, quanto mais se pensa no evento, mais intensos os sintomas: os pensamentos levam sempre a gaiolas, das quais fica cada vez mais difícil sair. Por exemplo no caso da paciente XXXX, quando pensava no casamento dela, pensava que era a coisa certa a fazer, que não poderia cancela-lo; o que iriam pensar os convidados, seus pais, os amigos? Quando chegava a consulta, em estado hipnótico, a levava a imaginar...imaginar. E ela conseguia visualizar a si mesma feliz, com o vestido de noiva, mas com ...um outro homem. O anterior a esse, do qual gostava tanto... Durante uma sessão me disse que não tinha a menor atração pelo homem com o qual iria casar-se, era atraída pelo outro... A ansiedade a salvou: a lembrou que podemos escorregar e estragar nossa existência, para seguir modelos externos e atender as convenções, que são um grande estreitamento para a alma. Não se casou e teve alta.
Precisamos seguir a nossa intuição, deixar a energia se manifestar de dentro para fora, ouvir a voz da nossa consciência.
Muitas pessoas sofrem por antecipação, vivem a sensação do “medo de ter medo “, pondo em ato um processo que chamamos de evitação: por medo de viver uma crise de ansiedade ou de pânico, a pessoa limita cada vez mais o próprio raio de ação, evitando todas aquelas situações que considera a risco. Desenvolve assim o medo de ter medo: isso não ajuda a diminuir os sintomas, mas pelo contrario, cria outros. Muitos dizem que, vivendo trancados em casa, acabam por ser vitimas de pensamentos obsessivos intoleráveis, como o desejo de machucar as pessoas mais próximas ou a sí mesmo, desenvolvendo assim o medo dos próprios pensamentos.
No ser humano todas as situações consideradas “perigosas” são acompanhadas por respostas fisiológicas bem precisas, como o aumento do batimento cardíaco ou da sudorese, e por respostas psicológicas, como focar a atenção sobre a fonte do perigo ou a tendência a fugir. A ansiedade nada mais é, do que o conjunto desses mecanismos. A síndrome ansiosa possuí uma forte base biológica, desenvolvida durante o processo evolutivo, que permitiu ao gênero humano enfrentar as situações arriscadas para a sua sobrevivência. A ansiedade patológica surge no momento no qual esse nosso sistema de defesa se ativa na ausência de um perigo real. Isso pode acontecer porque os neurotransmissores entram em ação mesmo em caso de leves tensões, ou porque o cérebro erra e considera como arriscados sintomas mais inócuos. As ultimas pesquisas identificaram numa especifica área do cérebro, o “locus coeruleus “ a sede dos processos ansiosos: é nessa área que é regulada a atividade de alguns hormônios e neurotransmissores capazes de aumentar ou inibir a excitabilidade do sistema nervoso e o seu nível de reatividade.
Como vimos acima, a ansiedade não é uma doença por si só, mas muito mais um sintoma ligado a varias patologias de natureza fisiológica ou psicológica. Pela medicina, existem algumas patologias que caracterizam os “Distúrbios da Ansiedade”: as Fobias, o transtorno do Pânico, o transtorno da Ansiedade generalizada, o transtorno Obsessivo Compulsivo, O transtorno pós-traumático de estresse e o transtorno agudo de estresse. Trata-se de situações que tem uma raiz em comum mas que se desenvolvem com dinâmicas muito diferentes entre sí. As fobias são desencadeadas por um medo sem razão e muito intenso para com um objeto bem especifico. O transtorno obsessivo compulsivo é um transtorno da ansiedade no qual a mente é invadida por pensamentos persistentes e incontroláveis, ou quando a pessoa é levada de forma irresistível a repetir continuamente certos atos. A ansiedade ligada ao estresse, é provocada por ter vivido uma evento ou um conjunto de situações especificamente estressantes ou traumáticos que mantem seus efeitos mesmo apos terem acabado. O transtorno da ansiedade generalizada e o transtorno do pânico são as formas mais comuns dentre as patologias ligadas a ansiedade e são também as formas mais ligadas ao estilo de vida ocidental.
A seguir algumas dicas praticas para vencer a ansiedade e o estresse da vida cotidiana, utilizando recurso da imaginação para mudar as perspectivas e iniciar a ver as coisas de forma diferente.
Você está estressado porque olha somente para o lado mais negativo das coisas.
O erro está em dedicar toda a atenção somente aos problemas , as coisas que não vão bem e em como corrigi-las. O que acontece dessa forma? Que as amplifica e tira espaço daquilo que te faz bem.
Se conseguir desviar e mudar o foco, vai conseguir mudar tudo.
Ao invés de procurar soluções mais ou menos distantes, experimente “estar aqui”, sem se cobrar algo. Olhe ao seu redor. A mente vai se libertar e vai começar a perceber muitas pequenas mudanças, muitas surpresas. São faíscas que reacendem forças que nem imaginava possuir.
Experimente se questionar: o que não estou conseguindo expressar?
Você é realmente você mesmo somente nas coisas que consegue de forma natural. A partir dai, a medida que conseguir dar mais importância as suas intuições, as suas ideias, as suas iniciativas, a sua vida, vai conseguir afastar o cansaço e a ansiedade.
Solte a sua imaginação se deixando levar por ela.
Uma força desconhecida e incontrolável o criou, o moldou e o desenvolveu. O problema é que você a colocou de lado: use as imagens e a sua capacidade em se deixar levar para deixa-la voltar a ser protagonista e reencontrar a felicidade.
A natureza nos ajuda a vencer o estresse.
O estresse agride todo o organismo, provocando distúrbios e doenças. É importante cuidar disso, porque não tem vida saudável se o corpo sofre. Podemos cuidar disso de forma natural e não agressiva. Quanto mais estressados, mais adoecemos; o estresse baixa as defesas imunitárias e provoca estados de ansiedade, de depressão, de agressividade , que ao longo do tempo desenvolvem outros distúrbios. A agressividade não manifestada é talvez a forma mais conhecida do estresse: nos sentimos sob pressão, furiosos, prontos a explodir. Uma atitude que pode se transformar facilmente em doenças como a gastrite ou a ulcera, por exemplo: verdadeiros “fogos” acesos nas nossas vísceras, a simbolizar toda a energia vital não manifestada. Mas de forma muito frequente é também a Insônia, consequência direta da ansiedade, que manifesta a incapacidade em se deixar levar e a necessidade em fazer contínuos balanços da jornada passada ou em prever a próxima. A ansiedade pode fazer tocar a campainha de alarme do coração. Acontece muito com a hipertensão, sinônimo frequente de hiper controle. A maior parte de nos já experimentou o quanto pode ser debilitante uma cefaleia, sintoma dos mais difundidos de estresse e de pensamentos que se tornaram muito pesados, que não nos deixam nunca e que nos ferem como laminas. O estresse pode se enraizar em sintomas de depressão latente, de mal humor. As doenças do resfriado e as quedas de energia, são as formas físicas desses estados interiores. O que fazer nesses casos? Duas coisas: Mexer na fonte, limitando o estresse através um programa de bem estar interior e utilizar todos os recursos naturais a disposição. MENS SANA EM CORPORE SANO.
Virar a pagina pode te salvar do mal estar
Quando percebemos que uma historia importante já acabou, somos tentados em negar, em resistir. Pelo contrario, precisamos recolocar ao centro, nos mesmos.
Quando nos apaixonamos somos livres dos pensamentos e cheios de vitalidade. Esse estado nos faz sentir bem e nos trás felicidade. Todavia pode acontecer que, com o tempo, a relação do casal se modifique: os mal entendidos, as brigas, as caras feias e os conflitos podem se tornar os protagonistas em desfavor da paixão e do fogo. Quando isso acontece, o encontro/choque com o outro se torna um veneno para alma que nos tira o sorriso. É verdade, as vezes temos dificuldade em aceitar que a historia acabou: o vivemos como uma derrota pessoal, não queremos largar os hábitos que compartilhávamos com o parceiro...mas precisa ficar ligado: conseguimos perder o bom humor e o prazer de viver, a coisa mais importante que possuímos.
Quando as pessoas se apaixonam, nunca se questionam o porquê disso, mas normalmente quando a paixão acaba, a maior parte das pessoas quer entender, quer saber...algo que, assim como iniciou de forma inconsciente e independente da nossa vontade consciente, logica e racional, acaba da mesma forma, sem motivo aparente, mas simplesmente porque acabou...e a vida continua. Vamos em frente.
Gripe pode matar?
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