Quem tem transtorno bipolar mente muito, devemos acreditar nessa pessoa?
Formada em psicologia pelo Centro Universitário Paulistano e em psicanálise pelo Centro de Estudos em Psicanálise.Especi...
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Primeiramente sempre sugiro a todos os pacientes que busquem um diagnostico com profissional adequado (psiquiatria) antes de dizer que possui uma bipolaridade. Este transtorno é muito delicado em seu diagnostico e tratamento/acompanhamento e atualmente se tornou um termo banalizado, mas não necessariamente a pessoa seja bipolar. Assim caso não possua um diagnostico sempre inicio este assunto sugerindo buscar por um.
O transtorno bipolar é uma doença psiquiátrica que merece atenção e como citei acima, é delicada em seu tratamento. As causas para este diagnostico envolvem tanto questões ambientais e emocionais, como também funcionamentos cerebrais. É uma doença que não tem cura e pode ser de grau leve, moderado ou grave e requer tratamento por toda a vida. Mas com acompanhamento adequado psiquiátrico e psicológico, a pessoa pode sim manter e construir uma vida saudável.
Suas alterações de humor que são intensas, alternado entre momentos depressivos e melancólicos a momentos eufóricos e maníacos (compulsivos e intensos) e talvez por isso alguns acreditam que estão mentindo, mas não trata-se de uma mentira e sim de uma oscilação no organismo e na emoção.
Uma pessoa bipolar pode estar hoje acamada e depressiva, mas amanhã levantar, trabalhar, fazer compras e virar a madrugada em uma balada. Começar e parar, falar e não cumprir, gastar mais do que tem e pode, comer além, crises depressivas dentre tantos outros sintomas fazem parte das reações deste caso. O quadro é instável e por conta disso os familiares e amigos próximos possuem muita dificuldade em conviver com a pessoa, visto que a oscilação de humor afeta não somente sua vida mas de todos ao redor.
O tratamento é para sempre e requer muito tato com cada caso, pois cada paciente possui sua particularidade no quadro. É comum a desistência de tratamento no inicio, por normalmente as pessoas relacionarem as reações com questões do dia a dia e não como quadro clinico recorrente. O ponto central do tratamento é estabilizar o humor e ajudar a pessoa a lidar com rotinas, regras e construções continuas na vida, coisas que racionalmente podem fazer sentido, mas que possuem dificuldade em manter.
A ajuda, parceria e motivação construtiva por parte de quem convive, com um bipolar é fundamental. Normalmente sugiro que os parentes e familiares próximos busquem auxilio psicológico para aprenderem melhor sobre o quadro e também para conseguirem lidar com esta questão na vida, pois com certeza sofrerão consequências também.
Reforço que se, tanto o paciente quanto seus próximos procurarem por ajuda adequada, a pessoa pode sim ter uma vida saudável e construtiva, desde que firme o tratamento.
espero ter ajudado.
Atenciosamente
Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde também realizou mestrado em Psiquiatria. Doutor e...
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O transtorno bipolar é um problema psiquiátrico que se caracteriza por fases depressivas (profundo desânimo ou tristeza, ideias tristes e negativas de vários tipos - incluindo, em alguns casos, ideias de morrer, alterações de sono e apetite, dificuldades de concentração e perda de prazer na maioria das atividades de que a pessoa gostava) e "maníacas" (aceleração, otimismo excessivo, tenta fazer várias atividades ao mesmo tempo, diminuição da necessidade de sono, compras excessivas, por vezes até ideias de grandeza que, em quadros muito graves, podem até chegar a pensamentos de que a pessoa é uma personagem histórica famosa ou mesmo Deus).
Estas fases podem ser intercaladas por períodos de normalidade, com semanas ou mesmo anos de duração. É importante que as crises depressivas e maníacas duram, de modo geral, dias a semanas ou meses (no caso das depressões), assim não se incluem, geralmente, aquelas pessoas que simplesmente estão "ora de bom humor, ora de mau humor".
Em crises de mania a pessoa pode mentir no sentido de exagerar alguma capacidade sua ou, em casos menos graves, tentar esconder sua aceleração. Pode mentir no sentido de dizer que está tomando suas medicações, mas não está. Pode ter um relacionamento extraconjugal (por excesso de impulso sexual) e, como qualquer pessoa, tentar esconder. Numa fase depressiva a pessoa pode tentar esconder que tem ideias de suicídio, por exemplo.
Mas, de modo geral, tirando algumas eventuais situações no contexto das crises, não há nenhum motivo psiquiátrico que leve a pessoa bipolar a mentir mais. Deste modo, se isto ocorre, é possível que seja de modo independente da doença, sendo uma tendência da própria pessoa e que se pode manter inclusive nos períodos de normalidade.
A pessoa deve ser avaliada por um psiquiatra e, se for constatado que as mentiras não têm relação com o transtorno, possivelmente um psicoterapeuta poderá explorar os motivos que levam esta pessoa a mentir.
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