Tenho 55 anos, pratico atividade física regularmente, estou tendo dificuldade para reduzir os níveis de colesterol. Qual é o melhor remédio?
Leia atentamente o que escrevi abaixo. Muitas perguntas revolvem em torno deste mesmo tema, inquirindo acerca de dificuldades de reduzir valores de colesterol, qual a melhor dieta, atividade física, hábitos. Questiona-se muito acerca deste ou daquele tipo de fruta, legume, exercício, bebida ou panacéia que eventualmente brota na mídia com promessas exuberantes em curto espaço de tempo. Como esta forma de pensar é recorrente, decidi escrever algumas poucas linhas acerca da melhor forma de se controlar seus níveis de colesterol LDL-c, aumentar seu HDL-c, diminuir triglicérides e especialmente, como conscientizar nossos pacientes que, resolver um problema que se instalara desde nossa infância, muito provavelmente exigirá extrema dedicação, esforço, paciência e ajuda de profissionais especializados. Aos fatos:
1) Em sua esmagadora maioria, valores elevados de colesterol e suas frações são decorrentes de nossos maus hábitos alimentares e sedentarismo, apesar de normalmente determinarmos que há uma causa específica para o problema. A genética, os problemas de tireóide, a herança familiar e etc, são condições “sin-equa-non” em determinados casos, mas sob hipótese alguma, correspondem a regra. Herdamos hábitos de forma muito mais pungente que herdamos genes, e desde infantes, vendo nossos pais, familiares e amigos comerem além do necessário e se exercitarem de menos, fazemos o mesmo.
2) Valores de colesterol muito baixos não implicam em doenças como muito se acredita. Os maiores estudos científicos já realizados acerca deste tema mostraram que indivíduos conseguem viver muito bem com colesterol total em torno de 40 mg/dl sem prejuízo algum para sua saúde. Indios e pigmeus que vivem até hoje em regiões remotas e que se alimentam do jeito que nossos ancestrais o faziam, tem baixíssimos índices de morte por infarto e AVC (derrames); e estes tem níveis irrisórios de colesterol, com boa alimentação e atividade física diária.
3) As atividades diárias, especialmente as de casa contribuem para o gasto calórico, mas nem de longe são suficientes para controlar os valores de colesterol e frações elevados. Sem atividade física regular não se consegue bons resultados.
4) O sobrepeso e a obesidade normalmente andam em paralelo a níveis mais elevados das frações de colesterol. Isso não significa, porém, que pessoas dentro do peso e mesmo abaixo dele, não possam ter estes valores elevados. A maior ingesta de gordura é causa direta de dislipidemia, mas muitas vezes, alguns hábitos errados podem ser suficientes para que o paciente aumente seus níveis.
5) Não. Não existem alimentos funcionais que resolvem a dislipidemia. Eles são simples adjuvantes ao tratamento correto, que envolve muito mais que apenas sua introdução na dieta. Não adianta você introduzir a beringela com laranja e acreditar que seu problema está resolvido, para citar um de dezenas de exemplos. Na maioria dos casos, quem o utiliza vê resultados pois troca uma refeição para tomar o referido suco. Se sua ingesta for regularmente hipercalórica, retirar uma refeição fará grande diferença, mas entenda, seria o mesmo que deixar de comer feijoada para comer salada e uma maçã. O mérito não é da berinjela, ele é inteiramente seu.
6) E perceba, Muitas das vezes, mesmo fazendo tudo o que é recomendado, seu organismo não consegue chegar aos níveis adequados de colesterol e frações e há a necessidade de utilizar medicamentos para seu devido controle. Triglicérides normalmente respondem melhor à dieta que colesterol LDL-c (já que este último tem 70% de sua produção feita no fígado). Essa decisão deve ser tomada por seu médico de escolha e precisa ser de forma continua. Tomar um medicamento de controle de níveis de colesterol por três meses e parar, não vai lhe trazer benefício algum. Se iniciou, faça-o para o resto da vida, do mesmo jeito que faria para pressão alta ou diabetes. Ressalto que no momento, o melhor medicamento que existe para controle da dislipidemia é a rosuvastatina, mas seu médico precisa ser consultado para avaliar seu caso.
E o que fazer então? Bom senso é a palavra do dia. Re-educação alimentar não é uma palavra singela criada para soar bem na televisão. Ela é uma verdade absoluta. A maioria das pessoas precisa verdadeiramente, se re-educar. Em sua casa? dê o exemplo e eduque seus filhos. Não adianta mandá-los comer verdura se você não o faz com regularidade. Se você é sedentário, provavelmente seu filho também o será. Com você? Elimine os excessos. Se pergunte: estou com fome realmente? Coma pouco, de forma saudável de quatro a seis vezes ao dia. Dê preferência aos grelhados, às saladas, às frutas, aos integrais. Utilize os alimentos funcionais como soja, linhaça e grãos de forma regular em sua dieta. Evite refinados, doces, frituras, gorduras em geral. Pratique atividades aeróbicas com frequência, caso você não porte limitações a ela. Não acredite que 30 minutos de caminhada trêz vezes por semana será suficiente pois não será. E saia desse bom senso eventualmente, para apreciar um bom churrasco ou o que quer que lhe apeteça, pois senão, há uma grande chance de você não conseguir manter esse ritmo por muito tempo. E nunca se esqueça. Se você não conseguir chegar aos níveis desejados de colesterol e triglicérides, procure seu cardiologista de escolha. Certamente ele conseguirá tratar-lhe da melhor forma para que você consiga atingir seus objetivos. Atenciosamente.
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