a perda de um bebe,e decepções com pessoas que achava que eram seus amigos ,pode leva a depressão?
Psicólogo com 10 anos de experiência. Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da Universidade do Es...
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As experiências que você relata em sua pergunta são bastante duras. Posso imaginar o incômodo que elas causam em quem passa por elas e é a partir disso que "posso imaginar" que vou lhe responder, ok?Primeiro, a experiência de perder um filho. Como deve ser diferente e, ao mesmo tempo, próxima, da sensação de perder uma pessoa muito querida, não é? Próxima, porque a criança é uma pessoa muita querida. Diferente, porque a relação que temos com essa "pessoinha" especificamente é absolutamente especial em relação às demais pessoas que nos cercam. Posso, assim, imaginar a tristeza que se segue a uma tal perda: deve ser doloroso, incômodo, uma tristeza bastante grande e pesada. Aí, imagino que, seguida a essa tristeza (e vou aqui seguir a ordem da sua pergunta), você começou a se decepcionar com seu círculo de amigos. Acabou, com isso, acentuando suas perdas: além do bebê, uma perda sem volta, tem que encarar a perda de outras pessoas queridas, mas, neste caso, uma perda "com volta" possível, já que essas pessoas ainda estão por aqui, certo?Especificamente quanto a sua pergunta, quero que você se permita pensar nessas tristezas que vim descrevendo. A depressão é uma sensação de tristeza muito grande e sem conteúdo que nos leva a perder o desejo pela experiência bacana que pode ser a vida. Há não muitos anos, entendia-se que uma pessoa que perdeu alguém muito querido - seja pela morte ou seja por uma decepção amorosa ou, como no seu caso, com amigos - podia ficar triste por isso. Mas percebe que essa tristeza é uma tristeza "com sentido"? A pessoa pode ficar triste e entender: estou triste porque estou passando por essa e aquela perdas. Hoje em dia, vivemos num mundo tão acelerado e as pessoas têm tão pouca paciência com a tristeza, que começamos a entrar em um movimento em que ficar triste é errado e acabamos perdendo o tempo de elaborar melhor esses sentimentos. Os manuais de medicina mais atuais indicam hoje que uma pessoa não pode ficar triste mais de dois meses se perder alguém muito querido porque isso seria indicativo de depressão. Mas, cá para nós, você que acabou de passar por perdas grandes, concorda que dois meses é um tempo muito curto para perdas tão significativas? Se concorda, estamos aqui construindo juntos a resposta para sua pergunta e, ao mesmo tempo, alguma reflexão. Deste modo, você já deve ter entendido que a depressão é um processo bastante específico que tem a ver com ficar triste, mas que não é exatamente a mesma coisa. E você pode muito bem, olhando para seus sentimentos e para sua vida, perceber se o que está vivendo é uma tristeza pelas perdas que passou ou se já perdeu o sentido dessas perdas e está virando algo maior, mais pesado e "invadindo" todos os cantinhos da sua vida. Ficar tristes é um direito nosso e faz parte da vida. Quanto aos amigos, vamos voltar ao ponto em que falei dos dias atuais. Quero te propor, antes de encerrar essa resposta, uma reflexão. Como falei, hoje em dia, vivemos num mundo em que as pessoas são "treinadas" para ter pouca tolerância com a tristeza. Somos treinados pela televisão, pelos jornais, revistas, pela internet - que utilizamos tão mal muitas vezes (!), que nos dizem o tempo todo que devemos "viver sem fronteiras", ser felizes o tempo todo com nossa família completa ao redor da mesa, e outros clichês assim. A partir disso, é importante contextualizar essa decepção com seus amigos: será que ela tem a ver com a dificuldade que eles têm de te apoiar para passar por essa tristeza que está vivendo? E se sim, será que é possível você respeitar os limites desses amigos? Afinal, cada pessoa tem uma contribuição para nós, certo? Talvez exista um grupo de amigos seus que tenha muita dificuldade de lidar com a tristeza, com a perda de alguém: tenho certeza que, quando chegar a hora deles viveram algo assim, você poderá ser uma ótima amiga e ajudá-los a passar por isso, mas eles podem ainda não estar preparados. Mas como, em geral, temos um "leque" de amigos, deve haver alguns outros que conseguem ficar ao seu lado e ajudar você a passar por isso tudo. O que quero te propor para pensar é se o que está vivendo com seus amigos é realmente motivo para "perdê-los". Será que você não está aprendendo quais são os limites dos seus amigos? E aí, ao invés de aprender os limites, decidindo que deve se afastar deles? Veja bem, não estou dizendo que é isso, mas permita-se pensar sobre o assunto.Espero ter lhe ajudado. Quaisquer dúvidas, a plataforma Pergunte ao Especialista continua aqui.Forte abraço!
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