A pessoa que já tem depressão há muito tempo, ou que para e começa outro tratamento, tem mais dificuldade de recuperação?
Evelyn Vinocur é doutora em Pediatria, graduada em 1978 pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em Pedi...
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Sim, a aderência ao tratamento da depressão é fundamental para que o paciente chegue à remissão. Importante fazer um bom vínculo de confiança com o médico psiquiatra e ter com ele um canal aberto de comunicação em caso de necessidade. Quanto mais tempo de doença, mais crônica ela cai ficando e com isso, maiores as chances de menor resposta, aparecimento de comorbidades entre outros fatores que falaremos abaixo.
Fatores que dificultam a recuperação da depressão incluem:
- não adesão ao tratamento, troca-troca de médicos, automedicação, interrupção do antidepressivo quando o paciente melhora, efeitos colaterais (aumento de peso, agitação, tremor etc.) entre outros, são responsáveis pelas recidivas, recaídas, descrédito no médico e ou no remédio, suspensão do tratamento e retorno da depressão com aumento da resistência do paciente.
Cada vez que o paciente interrompe o tratamento, maior a chance do aparecimento de sintomas depressivos residuais, baixa da autoestima e não raro, o aparecimento de comportamentos indesejáveis como o uso de álcool e ou drogas, faltas à escola e ou ao trabalho, licenças médicas, brigas conjugais, divórcios, queda na qualidade de vida geral da pessoa, entre outros. Também, Dosagem inadequada do antidepressivo pode ser uma causa de falha de resposta e de não adesão ao tratamento.
Outro ponto complicador para uma boa resposta ao tratamento é quando a depressão não é vista como uma doença, o que pode ter consequências graves. O preconceito e estigma que costumam ser relacionados a transtornos psicológicos podem resultar, entre outros problemas, em tratamentos mal realizados (quando realizados) e recaídas. Um dos motivos dessa má interpretação é que, muitas vezes, o problema é confundido com tristeza ou preocupações passageiras.
Tão importante quanto ir a um especialista para tratar da depressão, é manter o tratamento pelo tempo que for determinado pelo profissional. Um terço dos pacientes para com as recomendações médicas por conta própria após perceberem alguma melhora. As consequências são muito negativas. Quanto mais cedo o tratamento for interrompido, maiores as chances de ele ser inadequado, de haver recaída e o problema piorar.
Portanto, o tratamento antidepressivo deve ser entendido como uma forma globalizada levando em consideração o ser humano como um todo incluindo suas dimensões biológicas, psicológicas e sociais. A terapia deve abranger todos esses pontos e utilizar a psicoterapia, mudanças no estilo de vida e a terapia farmacológica.
Apesar de o enfoque se concentrar na psicofarmaterapia, deve-se mencionar que não se trata "depressão" de forma abstrata, mas sim de pacientes deprimidos, contextualizados em seus meios sociais e culturais e compreendidos em suas dimensões biológicas e psicológicas.
Usualmente o tratamento é dividido nas seguintes fases: aguda, continuação (até 6 meses) e preventiva (após 6 meses). Na prática, esta divisão tem importância relativa, visto que a droga com a qual o paciente melhorou deve ser prescrita nas fases subsequentes do tratamento.
As doses de continuação devem ser as mesmas ou próximas às doses terapêuticas. Uma taxa de recaída de até 50% é observada se o tratamento é inadequado, ou nenhum tratamento após resposta inicial é observado.
O tratamento adequado da depressão requer não somente a melhora dos sintomas observados na fase aguda, mas também a observação de quais, dos referidos sintomas, não retornam no período de manutenção (recaída), enquanto a pessoa permanece vulnerável. As seguintes variáveis devem ser consideradas:
1. Eliminar as causas contribuintes - causas ambientais, agentes físicos, outras drogas capazes de causar a depressão, excesso de cafeína, etc.
2. Aumentar a dosagem de antidepressivo aos níveis terapêuticos, considerando a resposta e a tolerância do paciente.
3. Doses adequadas, por períodos adequados de tempo. Quatro semanas ou mais são necessárias para um efeito ótimo. Mesmo assim, 25% não respondem por seis semanas.
4. Se a depressão continua após quatro semanas de dosagem terapêutica, outro antidepressivo deve ser tentado.
Se o episódio anterior ocorreu há menos de dois anos e meio, o tratamento por pelo menos cinco anos pode ser necessário. Alguns grupos de especialistas recomendam que a duração do tratamento do 1o episódio seja de 12 meses após a melhora, 2o episódio de dois a três anos, e o 3o episódio de cinco anos ou mais.
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