Os remédios funcionam mesmo na depressão e há outros métodos de um paciente se livrar deste mal sem se medicar tanto?
Evelyn Vinocur é doutora em Pediatria, graduada em 1978 pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em Pedi...
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A depressão é uma doença incapacitante que atinge por volta de 350 milhões de pessoas no mundo.
O tratamento da Depressão é essencialmente medicamentoso.
Existem mais de 30 antidepressivos disponíveis no Brasil, todos eficazes no tratamento da depressão.
É comum que alguns pacientes resistam ao tratamento por medo de ficarem dependentes do antidepressivo ou terem que ficar tomando o medicamento pelo resto da vida.
Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e que podem viciar. Tampouco, por serem “tarja vermelha”, não causam dependência e ou tolerância. A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente.
Os antidepressivos são administrados em doses menores no início do tratamento, doses que podem ser modificadas conforme o paciente melhora e passa a tolerar os efeitos colaterais que quando ocorrem, são no início. O efeito terapêutico inicial demora, em média, de 10 a 15 dias. Uma vez atingida a dosagem ideal, ela é mantida por pelo menos seis a oito meses, mesmo que o paciente tenha melhorado totalmente, a fim de se evitar recaídas.
Os quadros variam de intensidade e duração e podem ser classificados em três diferentes graus: leves, moderados e graves.
Certos casos precisam de tratamento de manutenção ou prevenção, podendo ser feito a médio ou longo prazo, para prevenção de recaída.
Porém, em alguns casos, é preciso hospitalizar o paciente para protegê-lo ou para cuidar de comprometimentos físicos causados pela depressão. Em quadros muito graves ou que não respondam aos tratamentos convencionais, pode ser preciso aplicar o eletrochoque.
A psicoterapia interpessoal, comportamental e cognitiva, entre outras, também é importante. Ela ajuda na reestruturação psicológica da pessoa e aumenta a compreensão sobre a doença.
Há evidências de que práticas complementares de atividade física associada aos tratamentos farmacológicos e psicoterápicos representam um recurso importante para reverter o quadro de depressão.
Atividades de lazer, yoga, meditação e até acupuntura (de acordo com o interesse de cada indivíduo) ajudam, porém, nos casos mais leves.
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O paciente e seus familiares devem ser muito bem orientados quanto ao tempo e duração do tratamento. Por vezes, e pelo medo ou preconceito de tomar remédios da psiquiatria, muitos quadros de depressão são subtratados, havendo persistência de sintomas residuais, principal fator de recorrências ou cronificação da doença depressiva e isso pode se tornar um problema muito sério. Fazer analogia com um par de sapatos: mesmo lindo, se o sapato for um ponto a mais ou a menos doença que o meu número, não me fará bem: do mesmo modo é o medicamento, que deve ser prescrito e tomado na dose certa, para cada paciente.
A Depressão é uma doença como qualquer outra. Não é sinal de loucura, nem de preguiça e nem de irresponsabilidade. Se você anda desanimado, triste e não acha mais graça na vida, procure o psiquiatra. O diagnóstico e tratamento devem ser o mais precoce quanto possível.
Portadores de depressão grave e refratária, ou seja, que não apresenta resposta satisfatória a outras terapias medicamentosas podem submeter-se à estimulação magnética transcraniana (EMT), aprovada em 2012 pelo Conselho Federal de Medicina como prática médica no Brasil. Lembrar que o procedimento deve obedecer a rígidos critérios, que começam com a análise criteriosa do histórico do paciente. Cuidado deve ser dedicado a pacientes epiléticos, pessoas com histórico familiar de convulsões que tenham tido no passado alguma convulsão ocasional ou que façam uso de medicação que os deixem mais propensos a convulsões. A terapia não é recomendada para adolescentes e gestantes, já que ainda não há estudos suficientes sobre eficácia e segurança nesses dois grupos.
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