Esquizofrenia refrataria qual tratamento?
Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde também realizou mestrado em Psiquiatria. Doutor e...
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A esquizofrenia é um transtorno no qual as pessoas passam, geralmente, por um surto psicótico, caracterizado por alucinações, delírios e comportamentos muitas vezes bizarros. Após este surto, que pode durar semanas, meses ou até mesmo anos, a tendência é haver uma recuperação, porém ela costuma ser parcial e a pessoa pode manter uma parte das alucinações, delírios e comportamentos psicóticos. Além do que, esta fase costuma incluir uma série de deficiências comportamentais, envolvendo queda do desempenho escolar, profissional e social e mesmo diminuição ou incapacidade de sentir emoções.O tratamento da esquizofrenia melhorou muito nas últimas décadas, através do desenvolvimento de medicações antipsicóticas chamadas de "atípicas" ou de "segunda geração". Acredita-se que a ação delas seja mais específica, atuando tanto nas regiões cerebrais responsáveis pelo quadro psicótico e suprimindo ou melhorando os sintomas quanto nas regiões responsáveis por ativação comportamental e estimulação afetiva; estes últimos efeitos tendem a melhorar as deficiências comportamentais que podem aparecer ao longo da doença. Existe uma série de antipsicóticos atípicos, tais como a risperidona, a paliperidona, a ziprasidona, o aripiprazol, a quetiapina, a olanzapina, a asenapina, a blonanserina.Muitas vezes, a esquizofrenia não tem reação suficiente ao tratamento. Existem várias opções para melhorar os resultados:- usar mais de um antipsicótico atípico (os atípicos são sempre os preferidos, hoje em dia, por apresentarem menos efeitos colaterais que os convencionais);- substituir a medicação por um antipsicótico convencional;- associar um antipsicótico convencional com um não convencional;- associar benzodiazepínicos (cuidado com os efeitos sobre a memória!) ou um estabilizador de humor;- substituir por clozapina, que é o antipsicótico atípico mais eficaz - seu uso só não é mais frequente porque pode ter efeitos colaterais muito perigosos, em alguns casos e, nos primeiros meses, precisam ser feitos exames de sangue semanais, que depois passam para bissemanais e, finalmente, para mensais, durante todo o tratamento.Consulte seu psiquiatra.
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