Além de procurar ajuda de um profissional, o que posso fazer para ajudar minha namorada que sofre de Ansiedade Generalizada ou depressão? Respostas dos nossos especialistas

O principal, mesmo, é o tratamento feito por um psiquiatra. Muitas vezes, associa-se uma psicoterapia ou terapia comportamental. Se você levá-la a um profissional e estimulá-la a iniciar e a manter o tratamento, já estará fazendo um papel muito importante.Paralelamente, você deve ter paciência com ela, pois pessoas com ansiedade e depressão se tornam mais irritáveis, menos motivadas, mais cansadas e ficam, às vezes, com menor desejo sexual (aliás, o tratamento também pode diminuir o desejo sexual). Deve ter em mente, também, que um tratamento para ansiedade generalizada e depressão dura, em média, vários meses, até que se consiga um controle adequado.Deve procurar estimulá-la a fazer atividades de que ela costumava gostar e atividades físicas, quando possível: elas podem diminuir o sofrimento e ser coadjuvantes no tratamento da depressão. Em casos mais graves, ela pode depender de você até para cuidar da própria higiene, pois pessoas muito deprimidas perdem à vontade até de tomar banho.Procure sempre conversar de modo aberto com ela, ouça suas queixas e deixe que ela fale sobre seu sofrimento. Veja com ela se situações ligadas ao relacionamento de vocês fazem parte dos problemas que a incomodam.Esta última parte é muito delicada, por vários motivos: a pessoa com depressão tende a ver as coisas de modo pessimista e, às vezes, encontra "pelos em casca de ovo"; nem sempre a pessoa percebe que questões de seu relacionamento estão entre os fatores de estresse que influem no seu quadro psiquiátrico em quando percebem, nem sempre está disposta a falar sobre elas. Finalmente, este tipo de colocações pode levar a tentativas de culpar o outro pelo seu sofrimento e, do lado oposto, pode levar a outra parte a se sentir responsável pela depressão e a ansiedade da paciente. Assim, se conversa entre vocês não fluir com facilidade, convém procurar um(a) terapeuta, de modo a conversar sobre vocês de modo profissional.Por outro lado, frequentemente a relação do casal está muito boa e o quadro psiquiátrico não está associado a nenhum estresse neste campo.

Quem está sofrendo de um ou de outro quadro, com certeza está com a vida limitada em muitos sentidos. O importante é conversar, ouvir e entender que é um momento onde a pessoa terá muitas dificuldades em tomar decisões e cumprir rotinas que antes não apresentava dificuldades. Mostre que o que está vivendo é algo passageiro e que em breve sua vida voltará ao normal a medida que está investindo em seu tratamento. Quem está nesta condição, está sujeito a perder o contato com a realidade e é aí que você poderá ajudar, sendo um "Ego auxiliar".