Tenho 42 anos, desejo ser mãe novamente, tive um aborto retido recentemente. Estou com medo que devo fazer? Respostas dos nossos especialistas

o medo faz parte de nossa vida, e como teve um aborto recentemente é claro que isso vai te incomodar por um certo tempo,mas veja são coisas que podem acontecer com qualquer mulher. Não significa que terá outro novamente.Acalme-se pois esse medo é passageiro e psicológico.Consulte seu médico e se você não tiver problema algum físico, nada que contate alguma irregularidade, não tenha medo, vá em frente e realize seu desejo sem preocupações.abraçosALEX

Pesquise as causas do que ocorreu, entenda se existe algo que você possa prevenir numa outra tentativa. Faça o que seu ginecologista/obstetra indicar. Se estiver apta fisicamente para tentar novamente, pesquise seu emocional. Está forte e preparada para engravidar? Ser mãe e a gravidez envolvem muitas mudanças psicológicas, hormonais e corporais, se ainda sentir-se com medo, procure uma psicoterapia para tratar desses medos, para conseguir se fortalecer para enfrentar e realizar seu desejo. Se já sentir-se forte, tente. Mas se lembre, você não precisa enfrentar tudo sozinha, procure ajuda daqueles a quem confia e de um profissional.

Pelo seu relato:"desejo ser mãe novamente", pode-se interpretar que este "novamente" refere-se a outro(a)(s) filho(a)(s) que você tem e deseja ter mais um, agora este acontecimento desagradável recente trouxe este medo e a indecisão, fato que faz buscar uma orientação de profissionais da saúde.Este desejo de ser mãe novamente aos 42 anos deve ser respeitada e admirada, nesta idade as pessoas que cuidam da própria saúde podem gozar de plena forma física para muitas atividades e uma excelente qualidade de vida.Os estudos dentro da literatura médica e da psicopatologia orientam, informando que as mulheres acima dos seus 35 anos apresentam risco elevado de ter bebês com síndrome de Down (Sadock, B.J. - Compêndio de Psiquiatria. pg. 260, 9ª ed. Porto Alegre : Artmed, 2007 - pg. 260) e o risco etiológico acima dos 45 anos é para cada um em cinquenta nascimentos (Marcelli, D. - Manual de Psicopatologia da Infância de Ajuriaguerra - 5ª ed. Porto Alegre: Artemed, pg. 181). Além dos estudos dos cromossomos que exercem influência no nosso organismo.Para um melhor juízo, considerando que cada caso é um caso, sugiro procurar o(a) seu(sua) médico(a) ginecologista da sua confiança, que poderá fazer uma avaliação do seu caso e lhe fornecer maiores esclarecimentos no direcionamento ao melhor caminho a ser tomado.Também, um profissional da psicologia poderá contribuir como uma rede de apoio da parte emocional.