Se uma psiquiatra acusa o paciente de gostar dela ( mas ele não gosta) o que ele deve fazer, trocar de medica? Respostas dos nossos especialistas

Primeiramente, apesar de sugerir que se trata de um "gostar" como atração, a afirmação poderia se referir a "gostar" sem componente sexualizado? Assim, se poderia, num primeiro momento, pedir para ela esclarecer o que ela quer dizer com "gostar" e o porquê da afirmação. Às vezes, a colocação foi mal compreendida.Por outro lado, pode ocorrer que um(a) profissional e um(a) cliente se interessem um pelo outro, com ou sem mutualidade. Se isto foi afirmado, tem alguma base? Por que, às vezes, é difícil admitir que isto ocorre e talvez o paciente devesse parar para pensar e analisar se pode haver algum conteúdo verdadeiro na afirmação da profissional.Se for descoberto que percepção do "gostar" é real, pode-se trabalhar a relação terapêutica e a possível interferência deste sentimento na relação. Não há obrigatoriedade de interromper-se o tratamento, apenas é desaconselhável que haja um relacionamento amoroso entre uma profissional e seu paciente.Entretanto, se o paciente se sente desconfortável, ele sempre tem a opção de trocar de profissional. Não é obrigatório, mas é um direito dele.