Quais sao sistomas da DEPRESsao? tenho 15 anos.
Sou formada pela Universidade Guarulhos, atuo em Psicologia Clínica para crianças, adolescentes, adultos e idosos. Utili...
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A Depressão é uma doença crônica e recorrente, que produz uma alteração do humor caraterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa auto estima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite.É importante distinguir a tristeza patológica daquela transitória provocada por acontecimentos difíceis e desagradáveis, mas que são inerentes à vida de todas as pessoas, como a morte de um ente querido, a perda de emprego, os desencontros amorosos, os desentendimentos familiares, as dificuldades econômicas, etc. Diante das adversidades, as pessoas sem a doença sofrem, ficam tristes, mas encontram uma forma de superá-las. Nos quadros de depressão, a tristeza não dá tréguas, mesmo que não haja uma causa aparente. O humor permanece deprimido praticamente o tempo todo, por dias e dias seguidos, desaparecendo o interesse pelas atividades, que antes davam satisfação e prazer. Trata-se de uma doença incapacitante que atinge por volta de 350 milhões de pessoas no mundo. Os quadros variam de intensidade e duração e podem ser classificados em três diferentes graus: leves, moderados e graves.Existem fatores genéticos envolvidos nos casos de depressão, mas nem todas as pessoas com predisposição genética reagem do mesmo modo diante de fatores que funcionam como gatilho para as crises: acontecimentos traumáticos na infância, estresse físico e psicológico, algumas doenças sistêmicas (ex: hipotireoidismo), consumo de drogas lícitas (ex: álcool) e ilícitas (ex: cocaína), certos tipos de medicamentos (ex: as anfetaminas). Mulheres parecem ser mais vulneráveis aos estados depressivos em virtude da oscilação hormonal a que estão expostas principalmente no período fértil.Além do estado deprimido (sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os dias) e da anedonia (interesse e prazer diminuídos para realizar a maioria das atividades) são sintomas da depressão: alteração de peso (perda ou ganho de peso não intencional); distúrbio de sono (insônia ou sonolência excessiva praticamente diárias); problemas psicomotores (agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias); fadiga ou perda de energia constante; culpa excessiva (sentimento permanente de culpa e inutilidade); dificuldade de concentração (habilidade diminuída para pensar ou concentrar-se); ideias suicidas (pensamentos recorrentes de suicídio ou morte); baixa autoestima, alteração da libido. Muitas vezes, no início, os sinais da enfermidade podem não ser reconhecidos. No entanto, nunca devem ser desconsideradas possíveis referências a ideias suicidas ou de autodestruição.O diagnóstico da depressão é clínico e toma como base os sintomas descritos e a história de vida do paciente. Além de espírito deprimido e da perda de interesse e prazer para realizar a maioria das atividades durante pelo menos duas semanas, a pessoa deve apresentar também de quatro a cinco dos sintomas supracitados. Como o estado depressivo pode ser um sintoma secundário a várias doenças, sempre é importante estabelecer o diagnóstico diferencial. A Depressão é uma doença que exige acompanhamento médico sistemático. Quadros leves costumam responder bem ao tratamento psicoterápico (terapia psicológica). Nos moderados ou graves, e com reflexo negativo sobre a vida afetiva, familiar e profissional e em sociedade, a indicação é o uso de antidepressivos com o objetivo de tirar a pessoa da crise junto com a psicoterapia. Existem vários grupos desses medicamentos que não causam dependência. Apesar do tempo que levam para produzir efeito (por volta de duas a quatro semanas) e das desvantagens de alguns efeitos colaterais que podem ocorrer, a prescrição deve ser mantida, às vezes, por toda a vida, para evitar recaídas. Há casos de depressão que exigem a associação de outras classes de medicamentos – os ansiolíticos e os antipsicóticos, por exemplo – para obter o efeito necessário. Há evidências de que a atividade física associada aos tratamentos farmacológicos (medicamentos) e psicoterápicos (terapia psicológica) representam recursos importantes para reverter o quadro de depressão.A Depressão é uma doença como qualquer outra. Não é sinal de loucura, nem de preguiça nem de irresponsabilidade. Se você anda desanimado, tristonho, e acha que a vida perdeu a graça, procure ajuda médica. O diagnóstico precoce é o melhor caminho para colocar a vida nos eixos outra vez.Ela pode ocorrer em qualquer fase da vida: na infância, adolescência, maturidade e velhice. Os sintomas podem variar conforme o caso. Nas crianças, muitas vezes são erroneamente atribuídos a características da personalidade, e nos idosos, ao desgaste próprio dos anos vividos; A família dos portadores de depressão precisa manter-se informada sobre a doença, suas características, sintomas e riscos. É importante que ela ofereça um ponto de referência para certos padrões, como a importância da alimentação equilibrada, da higiene pessoal e da necessidade e importância de interagir com outras pessoas. Afinal, trancafiar-se num quarto às escuras, sem fazer nada nem falar com ninguém, está longe de ser um bom caminho para superar a crise depressiva.
entendo a sua pergunta diferentemente do que ela parece dizer. Os sintomas da depressão você pode se informar na internet. Entendo a sua pergunta no sentido de que você sente tristeza e quer saber se esta tristeza pode se chamar de depressão. Ai você acha que tem "tratamento" para se desfazer da tristeza.Se a sua pergunta tem este sentido, a resposta é que não é bem assim. Por várias razões. Primeiro, chamar a tristeza de depressão não muda nada. A palavra só parece mais científica e dá a impressão de estar falando de uma doença. Eu não a chamo de doença, pois doença é outra coisa. Pode ser uma infeção, uma inflamação, um acidente. Estas são doenças. Tristeza não é doença, mas é tristeza. Ponto. Tristeza suportável, na sua idade, é normal e passa. Você deve estar começando a compreender que a vida não é fácil. Mas não esqueça que todos nos andamos apreendendo e lidando com esta vida. Da mesma forma, você vai apreender a lidar com ela, aguentar as tristezas.No entanto, se você tem a suspeita de você estar triste porquê já a sua infância era triste, a tristeza não vai sair sozinha e você tem o que fazer para mudar. Neste caso, procure falar para uma pessoa da sua confiança que saiba escutar sem te dar conselhos, mas que se interessa e gosta de você, e procure lembrar da sua infância para reviver as experiências ruins que você possa ter vivido. Precisa compreender de onde vem a sua tristeza e apreender diminui-la.Não use remédios ou outras drogas. Não adianta. Só te tira da vida momentaneamente e não melhora a sua vida em nada, ao longo prazo.
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