Existe algum exame físico do cérebro capaz de diagnosticar o autismo ou síndrome de asperger?
não existe tal exame físico. A sua pergunta toca num assunto bastante polêmico. Quando a classificação das doenças mentais dos Estados Unidos entrou na fase de debate para a sua quinta versão que saiu em maio de 2013, o comité composto para esta tarefa prometeu que iria usar reparos ("markers") biológicos para descrever as diferentes doenças mentais. Tinham dez anos para fazê-lo. Achavam que a neurociência iria avançar rapidamente e assim permitir cumprir esta promessa. Pois quando a promessa foi feita, não tinha tais reparos. A promessa foi feita no vazio. E assim ficou, dez anos mais tarde. Pensar que pode haver reparos biológicos joga o jogo dos interesses da indústria farmacêutica que gostaria vender mais remédios para calmar ou excitar as emoções das pessoas. Mas a coisa é mais complicada. Uma pessoa que sofre de uma dificuldade afetiva pode no seu cérebro ter diferenças em comparação com pessoas que se sentem bem. Elas se veem nas imagens eletrônicas do interior do cérebro que hoje em dia são possíveis de se tirar. Está sendo feito esforços para sistematizar estas diferenças. Mas elas não são suficientemente específicas. Ou seja, elas em si não explicam as dificuldades afetivas e assim também não excluem a melhora espontânea. Em outras palavras, elas não servem para caraterizar a dificuldade afetiva da pessoa como doença biologicamente falando. Estatisticamente falando, existem pessoas com os mesmos fenômenos no cérebro que não sentem as mesmas dificuldades afetivas, tanto que tem pessoas com estas dificuldades e com cérebros normais. Assim, cientificamente, não é possível associar um determinado fenômeno cerebral com as dificuldades emocionais, salvo em casos claros tais como acidentes que destroem uma parte do cérebro. Os efeitos da falta de certas partes do cérebro podem ser observados no comportamento da pessoa nestes casos. Fora deles, a associação entre o cérebro e o comportamento continua ficando precária ou impossível.Se a questão lhe interessa o suficientemente, recomendo acompanhar as notícias que sobre isto chegam ao público de vez em quando. Recentemente, eu soube de um autor francês, Boris Cyrulnik, que divulga a opinião de que o sofrimento emocional de bebês pelo abandono emocional, por exemplo dos bebês deixados sozinhos e sem comunicação, dá para ver no funcionamento do cérebro. Não li ainda nenhum livro dele. Seria uma fonte recomendada, com traduções em português disponíveis.Tendo dito isto, eu não vejo a necessidade de diagnosticar autismo ou asperger biologicamente, enquanto a dificuldade da pessoa viver está no comportamento. O diagnóstico cerebral, se ele existisse, seria totalmente desnecessário. Se o comportamento é duvidoso, melhor para todos. Amarrar o diagnóstico serve para nada. Talvez para o plano de saúde se ele não pode ter confiança no profissional que diagnosticou o comportamento. Espero ter ajudado.
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