Como acabar com minhas espinhas e cravos?
Médico dermatologista, graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do Vale do Aço, Ipatinga, MG – FAMEVAÇO, onde atu...
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A Acne é uma doença de pele bastante frequente no consultório dermatológico e ocorre quando os folículos pilosos são obstruídos por sebo e células mortas ficando colonizados por bactérias que geram inflamação. A acne é mais comum entre os adolescentes e jovens adultos, principalmente nas mulheres. As regiões mais afetadas pela acne são o rosto, pescoço, tórax, costas e ombros. Os sintomas vão desde cravos não inflamados até espinhas com pus ou caroços grandes, sensíveis e vermelhos. Os cravos são formados quando o folículo se abre e escurece e a espinha se forma quando o folículo se torna inchado e inflamado, acumulando pus.
A acne é uma doença de pele e por isso deve ser tratada o mais precocemente possível, assim que os primeiros sintomas aparecerem. A acne não deve ser encarada como algo corriqueiro da fase da adolescência, na esperança que a mesma retroceda por conta própria algum dia. O controle dessa doença é recomendável não só por razões estéticas (melhora da aparência geral), como também para preservar a saúde da pele e principalmente a saúde psíquica do paciente que nesta faixa etária pode sofrer mais. Além disso, o tratamento precoce da acne é fundamental para prevenir cicatrizes (marcas da acne) tão difíceis de corrigir na idade adulta.
O primeiro passo a tomar é procurar um médico dermatologista pois ele é o profissional que poderá avaliar se a doença apresenta lesões inflamatórias como espinhas, nódulos e cistos ou se apresenta apenas lesões não inflamatórias como cravos e então indicar a melhor forma de tratamento.
Em graus mais leves da Acne, o tratamento pode ser apenas através de medicamentos e/ou fórmulas de uso tópico localizados isolados ou associados como ácido salicílico, peróxido de benzoíla, retinoides (tretinoína, adapaleno), antibióticos (clindamicina e eritromicina, de preferência associados, no mesmo produto, aos retinoides ou peróxido de benzoíla) e ácido azeláico.
Em casos mais resistentes, associa-se o tratamento por via oral, utilizando-se antibióticos específicos, da classe das ciclinas (tetraciclina, doxiciclina, minociclina, limeciclina) ou macrolídeos (eritromicina) ou sulfas (sulfametoxazol-trimetroprim), sempre associados ao tratamento local com retinoides ou peróxido de benzoíla ou ácido azeláico.
O tratamento com antibiótico oral deve ser feito por, no máximo, três meses, em um ou até três ciclos. Para as mulheres há ainda a opção de fazer o tratamento hormonal, com anticoncepcionais orais, desde que não existam contraindicações.
Uma outra opção de tratamento, cada vez mais procurada e com excelentes resultados e que pode promover a cura da acne, é a utilização da Isotretinoína oral mesmo em casos moderados desde que não haja contraindicações. Esta opção é bastante indicada quando não há uma boa resposta aos tratamentos anteriores e percebe-se uma tendência para cicatrizes ou um importante impacto negativo na qualidade de vida do paciente.
Outros procedimentos complementares podem ajudar no controle da acne como: extração de “cravos”, drenagem de abscessos, infiltração com corticoides em lesões nodulares muito inflamadas ou em cicatrizes elevadas, peelings químicos, microdermabrasão, alguns tipos de laser e luzes.
É imprescindível não manipular as lesões e utilizar proteção solar durante todo o tratamento. Somente um médico dermatologista poderá lhe prescrever o melhor tratamento, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento além de fazer o acompanhamento adequado. Nunca se automedique.
Espero ter ajudado!
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