Algum fator orgânico pode impedir a absorção da testosterona oriunda da reposição hormonal? Respostas dos nossos especialistas

A reposição hormonal masculina estaria indicada naqueles que apresentam níveis de testosterona total comprovadamente baixos (pelo menos em duas dosagens), sinais ou sintomas relacionados ao hipogonadismo (queda hormonal) e não possuem contraindicação. Lembramos que as contraindicações absolutas são diagnóstico ou suspeita de câncer de próstata ou mama, tumores de hipófise produtores de prolactina (outro hormônio que causa queda secundaria da testosterona) e ainda existem contraindicações relativas como hiperplasia da próstata (crescimento benigno da glândula) com sintomas urinários graves (dificuldade de urinar). Quando corretamente indicada, existem diferentes maneiras de realizar a reposição. Podemos utilizar gel de resistência, soluções tópicas na forma de desodorante, injeções de absorção rápida e injeções de depósito (liberação lenta do hormônio). Cada apresentação tem vantagens e desvantagens. Para calcular a dose adequada da reposição devemos dosar a testosterona em diferentes fases para garantir que os níveis estão ficando na média da faixa de referência. Esses números variam de acordo com o laboratório, mas o médico familiarizado com esse tratamento estará apto a orientá-lo. Possíveis causas para falha na correção adequada dos níveis hormonais seriam: dose inadequada, intervalo entre aplicações inadequado, falha na aplicação (comum nos desodorantes e possivel no gel). Sabemos que alguns produtos manipulados não são adequadamente absorvidos pela baixa qualidade do veículo (substância que possibilita a penetração da testosterona na pele). Finalmente, lembramos que a obesidade abdominal pode criar ambiente que antagoniza a ação da testosterona. Portanto, sempre recomendamos junto com a reposição, a adoção de hábitos de vida mais saudáveis com atividade física regular e uma alimentação balanceada.