Possui graduação em Medicina pela Escola Paulista de Medicina (1973) e doutorado em Faculdade de Medicina pela Faculdade...
iO câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. No Brasil, a estimativa em 2012 foi de aproximadamente 50 mil novos casos. Estatísticas indicam aumento no número de casos mundialmente. Se diagnosticado precocemente e tratado, seu prognóstico é relativamente bom. No Brasil, a mortalidade por câncer de mama continua elevada provavelmente por ser uma doença diagnosticada ainda em estágios avançados.
O câncer de mama não é comum antes dos 35 anos, porém a partir dessa idade o número de casos aumenta progressivamente. Mulheres com história familiar de câncer de mama, especialmente se parentes de primeiro grau foram acometidas pela doença antes dos 50 anos, merecem mais atenção, devendo ser acompanhadas a partir dos 35 anos. Outros fatores de risco incluem menstruação precoce, menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 30 anos, obesidade, ingestão de álcool e não ter tido filhos.
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Fique atento aos sintomas e diagnóstico
Os sinais do câncer vão além da presença de um nódulo na mama, podendo se apresentar das seguintes formas:
- Alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações, inclusive no mamilo, com aspecto semelhante à casca de laranja
- Coceiras e vermelhões, que devem ser avaliados
- Secreção pelo mamilo com sangue ou secreção mais clara também é um sinal de alerta
- Há o sintoma do câncer palpável, que é o nódulo no seio, acompanhado ou não de dor
- Podem também surgir nódulos palpáveis nas axilas
Lembre-se de que nem sempre essas alterações são sinais de câncer de mama. Por exemplo, a causa mais comum de dor no seio são as mudanças hormonais que ocorrem durante o ciclo menstrual de uma mulher.
As formas mais eficazes para a detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico e a mamografia. O exame clínico das mamas deve ser feito uma vez por ano pelas mulheres a partir de 40 anos. A mamografia deve ser realizada a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos, ou conforme orientação médica.
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Só o autoexame resolve?
O autoexame pode ser realizado pela própria mulher para que conheça melhor seu corpo e possa notar possíveis alterações, mas não é eficaz para a redução da mortalidade do câncer de mama, porque ele só possibilita o diagnóstico de nódulos mais volumosos, enquanto a mamografia pode encontrar nódulos menores, e com isso em fases de mais fácil curabilidade. Portanto, o exame das mamas feito pela própria mulher não substitui os exames realizados por um profissional de saúde qualificado para essa atividade.
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Texto escrito em coautoria com o Dr. Emerson Neves dos Santos - Médico Oncologista da CLINONCO, Graduado pela Faculdade de Medicina de Teresópolis, Coinvestigador de Pesquisas Clínicas Nacionais e Internacionais e Oncologista do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos (SP).