Médico especializado em angiologia e cirurgia vascular graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é...
iUm medo muito comum das pessoas é o de trombose em viagens de avião. Realmente um vôo é um momento em que o risco deste problema aparecer é maior, já que a pessoa fica sem mover as pernas, o que prejudica o retorno do sangue venoso para o coração. Essa redução da velocidade do sangue pode causar formação de trombos dentro de veias profundas, com obstrução parcial ou oclusão, sendo mais comum nos membros inferiores ? em 80 a 95% dos casos. É a chamada trombose venosa profunda.
O problema maior é em pessoas que tem alguma predisposição a ter trombose e estão em um voo. O sintoma mais comum é inchaço de panturrilha, acompanhado ou não de dor e calor local. Geralmente sente-se uma das batatas da perna (panturrilhas) dura.
As principais complicações decorrentes da trombose venosa são: insuficiência venosa crônica/síndrome pós-trombótica (edema e/ou dor em membros inferiores, mudança na pigmentação, ulcerações na pele) e embolia pulmonar. Esta última tem alta importância clínica, por apresentar elevado índice de mortalidade. Aproximadamente 5 a 15% de indivíduos não tratados da trombose podem morrer de embolia pulmonar.
Como prevenir a trombose em aviões?
Recomendações para prevenção de trombose venosa profunda durante o voo:
Um medo muito comum das pessoas é o de trombose em viagens de avião. Realmente um vôo é um momento em que o risco deste problema aparecer é maior, já que a pessoa fica sem mover as pernas, o que prejudica o retorno do sangue venoso para o coração. Essa redução da velocidade do sangue pode causar formação de trombos dentro de veias profundas, com obstrução parcial ou oclusão, sendo mais comum nos membros inferiores ? em 80 a 95% dos casos. É a chamada trombose venosa profunda.
- Use roupas confortáveis e um pouco mais largas, que não causem compressão
- Use meias elásticas medicinais, prescritas por médico e adequadamente calçadas, que ajudam no retorno venoso
- Tome bastante líquido, principalmente água. O líquido, além de hidratar, também motiva a pessoa a se levantar para ir ao banheiro
- Evite ficar mais de duas horas parado na mesma posição.
Alguns exercícios feitos no próprio assento do avião também ajudam muito na circulação do sangue venoso. Há companhias aéreas, inclusive, que orientam como fazê-los. Os mais comuns e recomendados são:
Um medo muito comum das pessoas é o de trombose em viagens de avião. Realmente um vôo é um momento em que o risco deste problema aparecer é maior, já que a pessoa fica sem mover as pernas, o que prejudica o retorno do sangue venoso para o coração. Essa redução da velocidade do sangue pode causar formação de trombos dentro de veias profundas, com obstrução parcial ou oclusão, sendo mais comum nos membros inferiores ? em 80 a 95% dos casos. É a chamada trombose venosa profunda.
- Girar o tornozelo: erga os pés e tente desenhar círculos no ar com os dedos apontados para cima. Gire um pé durante 30 segundos, alternando posições. Repita o movimento com o outro pé
- Trabalhando a panturrilha: com os calcanhares no chão, erga as pontas dos pés e aponte-as para o alto o máximo que conseguir. Depois coloque todo o pé no chão e repita o movimento, mas dessa vez deixando o peito do pé no chão e erguendo o calcanhar. Faça o exercício durante 30 segundos - esse exercício lembra muito o movimento de pedal das máquinas de costurar antigas. Sinta a musculatura da sua panturrilha se movimentando
- Joelho no peito: erga o joelho até o peito e segure com as mãos. Fique nesta posição por 15 segundos e retorne a perna lentamente ao solo. Faça o movimento com a outra perna e repita o exercício dez vezes.
Se você tiver algum fator predisponente para trombose, o melhor a fazer é consultar um angiologista, que, além do que foi dito acima, poderá lhe prescrever um medicamento para prevenção da trombose.
Por que o problema aparece?
Agora que já sabemos o que é a trombose e sua importância, vamos falar sobre os fatores que podem desencadear o evento trombótico. Para efeitos didáticos, os fatores de risco podem ser classificados como:
- Hereditários/idiopáticos: são pessoas que nascem com o sangue com maior predisposição de formar coágulos. Chamamos esse problema de trombofilia. Normalmente existem vários casos de trombose em uma mesma família. Se sua família tem essa predisposição, é bom ficar mais atento
- Adquiridos/provocados: síndrome do anticorpo antifosfolipídio, câncer, hemoglobinúria paroxística noturna, idade maior que 65 anos, obesidade, gravidez e puerpério, doenças mieloproliferativas (policitemia vera, trombocitemia essencial etc.), síndrome nefrótica, hiperviscosidade (macroglobulinemia de Waldenström, mieloma múltiplo), doença de Behçet, trauma, cirurgias, imobilização prolongada, terapia estrogênica, presença de varizes de membros inferiores, insuficiência cardíaca, uso de hormônios femininos. Desses, os que são mais comuns em pessoas que fazem voos prolongados são obesidade, varizes, idade acima de 65 e principalmente a imobilização prolongada associada ao uso de hormônios ou roupas muito apertadas que dificultam o retorno do sangue venoso.