Médico formado em Medicina pela Universidade Estadual de Santa Cruz (2011-2016). Residência em Clínica médica pelo Hospi...
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iO que é Esclerodermia?
A esclerodermia é uma doença inflamatória crônica e autoimune do tecido conjuntivo, afetando a pele, os vasos sanguíneos, os músculos e os órgãos internos. A doença ocorre quando o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo por engano, podendo causar rigidez da pele, dedos azulados ou brancos e pequenos nódulos brancos abaixo da pele.
Causas
A causa da esclerodermia é desconhecida. Mas algumas hipóteses demonstram alguns fatores que podem influenciar na causa, como:
- Temperaturas baixas
- Estresse
- Exposição a produtos químicos
- Exposição de toxinas resultantes de infecção por vírus e bactérias
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Tipos
Existem dois tipos de esclerodermia, são eles:
- Esclerodermia sistêmica (esclerose sistêmica): afeta a pele, os órgãos e os sistemas internos do organismo
- Esclerodermia localizada: afeta uma área determinada da pele
Sintomas
Sintomas de esclerodermia
Os sintomas de esclerodermia que afetam a pele e o corpo incluem:
- Dedos das mãos ou dos pés azulados ou brancos em reação a temperaturas altas e frias
- Rigidez nas articulações, na pele, nas mãos, no antebraço e nos dedos
- Pequenos nódulos brancos abaixo da pele que, às vezes, liberam uma substância branca
- Feridas (úlceras) na ponta dos dedos das mãos ou dos pés
- Tosse seca
- Falta de ar
- Dor e dormência nos pés e nas articulações
- Dificuldade para engolir
- Refluxo ou azia
Diagnóstico
Para diagnosticar a esclerodermia, o médico poderá solicitar os seguintes exames:
- Exame de sangue
- Testes de respiração (testes de função pulmonar)
- Tomografia computadorizada de seus pulmões
- Ecocardiograma
O especialista também pode remover uma pequena amostra de tecido (biópsia) da pele afetada para que possa ser examinado em laboratório, a fim de verificar anormalidades.
Fatores de risco
Esclerodermia ocorre com muito mais frequência em pessoas do sexo feminino do que em pessoas do sexo masculino, e costuma afetar indivíduos entre os 30 e os 50 anos de idade.
Na consulta médica
Especialistas que podem acompanhar a esclerodermia são:
- Clínico geral
- Dermatologista
- Imunologista
- Nefrologista
- Cardiologista
- Pneumologista
- Ortopedista
Buscando ajuda médica
Marque uma consulta médica se você apresentar sintomas de esclerodermia e, também, se já tiver sido diagnosticado com esclerodermia e os sintomas se agravarem ou novos sinais da doença se desenvolverem.
Tratamento
Para aliviar os sintomas da esclerodermia, algumas medidas podem ser tomadas junto ao uso de medicamentos, como:
- Manter as extremidades bem aquecidas com luvas e meias, além de evitar o contato das mãos com água fria
- Recorrer a sessões de fisioterapia
- Fazer o uso de medicamentos que ajudam reduzir os danos da pele, como metotrexato ou micofenolato mofetil, e na dor e na rigidez articular, como corticoides (Betametasona).
Medicamentos
Os medicamentos mais usados para o tratamento de esclerodermia são:
- Metotrexato
- Ciclofosfamida
- Micofenolato de mofetila
- Prednisona
- Prednisolona
- Rituximabe
- Azatioprina
- Anlodipino
- Omeprazol
- Esomeprazol
- Pantoprazol
Tem cura?
A esclerodermia não tem cura, mas o tratamento adequado pode ajudar no alívio dos sintomas e impedir que a doença evolua.
Convivendo (Prognóstico)
É possível tomar uma série de medidas para ajudar a lidar bem os sintomas de esclerodermia:
- Mantenha-se ativo: exercícios físicos melhoram a circulação e aliviam a rigidez muscular
- Evite fumar: a nicotina faz com que os vasos sanguíneos se contraiam, podendo causar, inclusive, estreitamento permanente dos vasos sanguíneos
- Gerencie a azia: evite alimentos gordurosos e faça o uso de medicamentos para controle da acidez gástrica, como o omeprazol.
- Proteja-se do frio: mantenha-se bem agasalhado, uma vez que o frio pode contribuir para enrijecimento das articulações
Complicações possíveis
As complicações possíveis da esclerodermia incluem:
- Cicatrizes nos pulmões (fibroses pulmonares)
- Câncer
- Insuficiência cardíaca
- Pressão alta nos pulmões (hipertensão pulmonar)
- Insuficiência renal
- Problemas para absorver os nutrientes dos alimentos (má absorção)
Referências
Mayo Clinic
Manual Merck
Manual MSD
Sociedade Brasileira de Reumatologia