Esquistossomose: sintomas, transmissão e tratamento

O que é Esquistossomose?

A esquistossomose é uma doença infecciosa adquirida quando a pessoa entra em contato com água doce infectada com as formas larvais de parasitas da espécie Schistosoma. É transmitida pela liberação de seus ovos através das fezes de uma pessoa contaminada e pode causar sintomas como febre, tosse e diarreia.

Causas

A transmissão da esquistossomose ocorre quando a pele entra em contato com a água doce contaminada com o parasita do tipo Schistosoma. Quando uma pessoa infectada urina ou defeca na água, ela contamina o líquido com os ovos de Schistosoma. Esses ovos eclodem e invadem os tecidos de caracóis que vivem naquele lago ou rio.

Os parasitas então crescem e se desenvolvem no interior dessas lesmas. Após crescerem, os parasitas deixam o caracol e penetram na água, onde podem sobreviver durante cerca de 48 horas. O Schistosoma é capaz de penetrar na pele de pessoas que pisam descalças, nadam, tomam banho ou lavam roupas e objetos na água infectada

Dentro de algumas semanas, os vermes crescem no interior dos vasos sanguíneos do corpo e produzem ovos. Esquistossomose urogenital é causada pelo Schistosoma haematobium e esquistossomose intestinal por qualquer dos organismos S. guineensis, S. intercalatum, S. mansoni, S. japonicum e S. mekongi.

Tipos

Há duas formas principais de esquistossomose: 

• Esquistossomose intestinal: causada pela presença do parasita no intestino
• Esquistossomose urogenital: é causada pela presença do parasita nas regiões da bexiga e do ureter

Sintomas

Dentro de um a dois meses após a infecção, quando o parasita atinge o sangue e viaja através dele, são observados os seguintes sintomas de esquistossomose:

• Febre
• Calafrios
• Tosse
• Dores musculares

• Dor abdominal
• Diarreia
• Sangue nas fezes
• Hematúria (sangue na urina)

Diagnóstico

O diagnóstico da esquistossomose é feito através da detecção de ovos do parasita nas fezes ou urina do paciente, bem como a detecção do parasita no sangue. Os testes a serem realizados incluem:

• Teste de anticorpos para verificar sinais de infecção;
• Biópsia do tecido;
• Hemograma completo para verificação de sinais de anemia;
• Contagem de eosinófilos para medir o número de determinadas células brancas;
• Testes de função renal;
• Testes de função hepática;
• Exame de fezes para observar ovos de parasitas;
• Urina tipo I para observar ovos do parasita.

Fatores de risco

Esquistossomose é prevalente em áreas tropicais e subtropicais, especialmente em comunidades carentes sem acesso à água potável e ao saneamento adequado. A esquistossomose afeta principalmente comunidades pobres e rurais, em especial as populações agrícolas e de pesca. Alguns fatores de risco são:

• Fazer tarefas domésticas em águas infestadas, como lavar roupas 
• Higiene inadequada
• Contato com a água infectada

Na consulta médica

Especialistas que podem diagnosticar uma convulsão são:

• Clínico geral;
• Infectologista.

Tratamento

O tratamento da esquistossomose é feito com antiparasitários (praziquantel ou oxamniquina). Os medicamentos são capazes de matar o parasita dentro de um a dois dias em média. Áreas endêmicas recebem medicamentos antiparasitários periodicamente de órgãos públicos e da Organização Mundial de Saúde. Grupos-alvo para o tratamento são:

• Crianças em idade escolar em áreas endêmicas
• Adultos considerados de risco em áreas endêmicas
• Pessoas com profissões que envolvem contato com a água infestada, tais como pescadores, agricultores e trabalhadores de irrigação
• Pessoas que praticam tarefas domésticas que envolvem contato com água infestada
• Comunidades inteiras que vivem em áreas de alta contaminação

Prevenção

Qual a principal medida profilática de controle da esquistossomose?

A prevenção da esquistossomose é baseada no tratamento em larga escala de grupos de risco, acesso à água potável e ao saneamento básico, educação sanitária e controle de caramujos em lagos e rios.

Complicações possíveis

Entre as complicações possíveis da esquistossomose estão:

• Aumento do fígado
• Alargamento do baço
• Fibrose da bexiga e do ureter
• Danos renais
• Câncer de bexiga 
• Patologias na vesícula seminal, próstata e outros órgãos
• Anemia
• Raquitismo 

Referências

Ministério da Saúde

Organização Mundial da Saúde

Sociedade Brasileira de Infectologia