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iO que é Movimentos involuntários?
Movimentos involuntários são aqueles que acontecem sem que a pessoa consiga ter controle sobre eles. Alguns fazem parte do nosso funcionamento normal, como o batimento cardíaco e o movimento dos intestinos, mas podem acontecer outros que não são naturais. Eles acometem praticamente todas as partes do corpo, como pescoço, rosto, braços, pernas e tronco, que podem se mover isoladamente ou em conjunto. Um dos movimentos involuntários mais comuns é o tremor.
São vários os tipos de movimentos involuntários, dependendo daquilo que os está ocasionando. É possível que aconteçam movimentos abruptos ou mais lentos, em todo o corpo, sem que a pessoa consiga impedi-los.
Causas
Há várias causas em potencial para movimentos involuntários. No geral, eles acontecem devido a danos em áreas do cérebro que afetam a coordenação motora e os movimentos automáticos (aqueles que ocorrem sem que necessitem da vontade da pessoa). Dentre as principais causas genéticas para o problema estão a doença de Huntington e a doença de Wilson. Contudo, várias condições podem produzir este sintoma.
Em crianças
Algumas das possíveis causas do aparecimento de movimentos involuntários em crianças são:
- Hipóxia, que é insuficiência de oxigênio no momento do nascimento
- Icterícia, que é causada por um excesso de bilirrubina (um pigmento produzido pelo fígado)
No recém-nascido a icterícia grave e a hipóxia durante o parto são as principais causas do que se denomina paralisia cerebral. A Paralisia Cerebral manifesta-se com diversas alterações motores, incluindo os movimentos involuntários.
Em adultos
Os movimentos involuntários nos adultos podem acontecer em decorrência de diversos problemas, como:
- Tumores
- Lesões cerebrais
- Acidente Vascular Cerebral (AVC)
- Distúrbios degenerativos, como a doença de Parkinson
- Distúrbios que causam convulsões
- Sífilis não tratada
- Doenças da tireoide
- Uso de certos medicamentos para tratar distúrbios psicológicos
- Uso de drogas
Tipos
Existem vários tipos de movimentos involuntários e apenas o especialista poderá diagnosticar o tipo, a causa e dizer qual será o tratamento mais efetivo para cada paciente. Contudo, dois dos tipos mais comuns de movimentos involuntários são as distonias e as coreias.
As distonias são contrações musculares involuntárias mais lentas, que levam a movimentos repetitivos, além de rotação do corpo ou de um segmento corporal, sendo que normalmente seguem um padrão. Elas podem evoluir fazendo com que a pessoa fique com postura anormal por longos períodos de tempo.
Já as coreias, acontecem sem um padrão, geralmente com movimentos contínuos persistindo por todo o período de tempo. Só melhoram quando a pessoa dorme. Eles são movimentos abruptos, não rítmicos, rápidos e parecem fluir de uma área do corpo para outra.
Na consulta médica
O neurologista é o médico mais indicado para diagnosticar movimentos involuntários ou incontroláveis.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar tempo. Dessa forma, você já pode chegar ao consultório com algumas informações:
- Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
- Histórico médico, incluindo outras condições que tenha e medicamentos, vitaminas ou suplementos que tome com regularidade
- Se possível, leve um acompanhante
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
- Alguém na família tem problemas genéticos ou apresenta movimentos involuntários?
- Você sente algo (pressentimento) antes dos episódios acontecerem?
- Sente algo depois que eles terminam?
- Com que frequência acontecem? Como eles são?
- Há algo que pareça ocasionar ou piorar essa situação?
- Há algo que você faça que melhore, contenha ou mascare o sintoma?
Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes de sair do consultório.
Buscando ajuda médica
Ao notar que o corpo está fazendo movimentos incomuns sem que você o comande para isso, ou seja, movimentos involuntários, procure ajuda médica. Principalmente caso a condição o tenha obrigado a mudar de emprego, dificulte a realização de atividades ou traga algum prejuízo estético que o esteja incomodando.
Referências
Revisado por Henrique Ballalai Ferraz, neurologista membro do Departamento Científico de Transtornos do Movimento da Academia Brasileira de Neurologia. CRM: SP – 44250.
Instituto Neurológico de Nova York
Healthline