Eletroencefalograma (EEG): o que é, para que serve e preço

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Também conhecido como EEG, o exame monitora a atividade elétrica do cérebro. Saiba para que serve o eletroencefalograma

Especialista consultado Dra. Inara Taís de Almeida Neurologia CRM 172179/SP

Médica neurologista e membro titular da Academia Brasileira de Neurologia

Atualizado por Carolina Serpejante Redação MinhaVida

Redatora especializada em saúde, bem-estar, alimentação e família.

Atualizado em 16 de maio de 2023

O que é Eletroencefalograma?

O eletroencefalograma, também conhecido por EEG, é um exame que avalia a atividade elétrica do cérebro. Ele serve para diagnosticar alterações e doenças neurológicas, como inflamações no cérebro, AVC e outras condições.

Os neurônios funcionam e se comunicam à base de impulsos elétricos naturalmente gerados. O exame eletroencefalograma registra esses impulsos elétricos e mostra se o ritmo e intensidade destes estão dentro do normal. É um procedimento rápido, simples e indolor, no qual os impulsos elétricos do cérebro são amplificados e registrados em um pedaço de papel.

Eletroencefalograma: para que serve e o que detecta

Um eletroencefalograma pode ser feito para diagnosticar:

Epilepsia ou outras causas de convulsão
Tumor cerebral
Complicações causadas por lesão cerebral ou concussão cerebral
Encefalopatias
Inflamações no cérebro (encefalite)
AVC
Distúrbios do sono, como narcolepsia
Demência
Causas de coma

O exame de encefalograma também pode ser usado para acompanhar o paciente durante cirurgia cerebral ou enquanto ele está sob o efeito de anestesia. Além disso, pode ajudar na investigação de problemas na medula espinhal ou sistema nervoso no geral.

"O exame pode ser realizado quando uma pessoa apresenta uma crise convulsiva e existe a suspeita de epilepsia", explica Inara Taís de Almeida, médica neurologista e membro titular da Academia Brasileira de Neurologia.

Como é feito o eletroencefalograma?

O teste de eletroencefalograma é feito por um técnico em EEG no consultório do seu médico ou a um hospital ou laboratório. O paciente se deita de costas em uma cama ou cadeira reclinável. Então, eletrodos são colocados em vários locais do couro cabeludo com o auxílio de uma pasta condutora. Além de manter os eletrodos fixos, essa pasta também ajuda a captar os impulsos elétricos do cérebro

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Os eléctrodos são ligados por fios a um aparelho de gravação. A máquina muda os sinais elétricos em padrões que podem ser vistas em um monitor ou desenhadas no papel, como linhas onduladas.

Respire rápida e frequentemente durante alguns minutos
Observe uma luz brilhante piscar (estimulação estroboscópica)
Durma durante o exame. Caso ele não consiga pegar no sono, pode ser administrado um sedativo

Crianças que apresentam comportamentos reativos à realização do exame podem necessitar de sedação para realizar o eletroencefalograma infantil. Nesse caso, o registro é feito durante o sono induzido. No final do exame, a criança é despertada para realização do registro durante a vigília.

Preparo para o exame eletroencefalograma

O preparo para o exame eletroencefalograma inclui:

Privação de sono (dormir, no máximo, quatro horas na noite anterior ao exame); isso é importante para registrar a sonolência durante o exame
Estar alimentado
Os cabelos precisam estar lavados e secos para o exame, sem conter mousse, gel ou laquê para melhor fixação dos eletrodos
Depois da aplicação de tintura no cabelo, é necessário aguardar 48 horas para fazer o exame
Não consumir bebidas com cafeína 12 horas antes do exame
Tomar os medicamentos de uso habitual normalmente (a não ser que tenha sido orientado pelo médico a interrupção para o exame) e levar uma lista desses medicamentos
Não usar brincos e outras joias e bijuterias no dia do exame

Eletroencefalograma: preço

O valor do eletroencefalograma varia de acordo com o tipo aplicado. No geral, o preço para realizar esse procedimento custa a partir de R$ 150.

Duração do exame

O eletroencefalograma leva em média de 1 a 2 horas para ser feito. O tempo mínimo para a realização do exame é 20 minutos.

Cuidados após o exame

Após o teste, o paciente pode voltar às suas atividades normais. As exceções são aqueles que sofreram com privação de sono ou tomaram medicamentos para dormir, uma vez que devem estar acompanhados de um parente ou amigo.

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Se o paciente possui epilepsia ou outros distúrbios relacionados a convulsões, estas podem ocorrer durante a hiperventilação ou exposição às luzes. Se isso ocorrer, os técnicos estão treinados para prestar os devidos socorros.

Periodicidade do exame

Não há uma periodicidade exata para fazer um eletroencefalograma. Pessoas que tem distúrbios neurológicos podem fazer o exame com mais frequência, enquanto pessoas que não tem alterações ou sintomas podem fazer o exame apenas uma vez ou poucas vezes durante a vida.

Contraindicações

Contraindicações do Eletroencefalograma

Não há contraindicações para a realização do eletroencefalograma. Porém, pessoas com seborreia grave ou infecções no couro cabeludo podem ser desaconselhadas a fazer o exame.

"O exame não é invasivo, portanto são raras as contraindicações, mas deve ser evitado em pessoas com algumas doenças agudas do couro cabeludo", afirma a neurologista Inara.

Grávida pode fazer o exame encefalograma?

Por ser um exame não invasivo, não há contraindicações durante a gravidez para fazer o eletroencefalograma.

Resultados

Os resultados do eletroencefalograma estão disponíveis assim que o teste é confirmado ou no dia seguinte. Diversos tipos de impulsos elétricos são avaliados, bem como a frequência das ondas cerebrais. Qualquer alteração nesse registro pode indicar um problema de ordem neurológica. Entenda as referências e os resultados do exame a seguir:

Eletroencefalograma normal

O resultado do eletroencefalograma é normal quando a atividade elétrica do cérebro está normal nos diferentes níveis de atenção. Por exemplo, as ondas cerebrais são mais rápidas quando a pessoa está acordada e mais lentas durante o sono.

Contudo, resultados normais de eletroencefalograma não indicam que a pessoa não tem ou não terá qualquer doença neurológica no futuro, como convulsão. Quem possui histórico familiar ou fatores de risco para esses problemas deve fazer o exame com mais frequência, conforme orientação médica.

Resultados anormais

Um eletroencefalograma com resultados anormais pode indicar:

Sangramento anormal (hemorragia)
Estrutura anormal no cérebro (como um tumor)
Morte de algum tecido que bloqueia o fluxo cerebral (pode ser causado por AVC)
Abuso de drogas ou álcool
Enxaqueca e outros tipos de cefaleia
Epilepsia
Distúrbios do sono (como narcolepsia)
Edema cerebral.

O que pode afetar o resultado do exame?

Algumas situações podem interferir nos resultados do exame, fazendo com que o eletroencefalograma fique alterado, ou impedir que a pessoa faça o exame na data programada. É o caso de: