Médica dermatologista graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Integra o corpo clínico...
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Dizem que o que os olhos não veem, o coração não sente. Mas quem fez essa frase provavelmente não sofria com espinhas nas costas: apesar de não ser um problema sempre visível (pelo menos para quem as tem), ele certamente é motivo de preocupação para diversas pessoas, inclusive mulheres adultas.
"As espinhas aparecem em locais onde há muitas glândulas sebáceas onde a pele é mais oleosa e a região das costas é uma delas", relaciona a dermatologista Adriana Caldas, professora da faculdade de medicina de São José do Rio Preto, São Paulo (FAMERP).
Existem diferentes fatores que desencadeiam espinhas nas costas e alguns indivíduos possuem predisposição para o quadro.
"Pessoas que têm pele oleosa, acneica, que tiveram acne na adolescência, além do estresse ou má alimentação, podem ter uma piora no quadro", ressalta a dermatologista Daniela Lemes, membro da American Academy of Dermatology e diretora médica da clínica Daniela Lemes Dermatologia & Laser.
Porém, o estilo de vida também está intimamente relacionado a seu aparecimento, já que eles podem piorar as espinhas em quem já tem propensão a tê-las. Quer evitar as espinhas nas costas? Veja pequenas mudanças no dia a dia que fazem diferença:
1. Cuidado ao passar condicionador
Pode acreditar, o condicionador é o maior inimigo de quem tem espinhas nas costas. "O problema é muito comum em mulheres, principalmente por causa do resíduo deste produto que fica nas costas depois do banho", explica a dermatologista Daniela Lemes, membro da American Academy of Dermatology e diretora médica da clínica Daniela Lemes Dermatologia & Laser.
Mas não precisa deixar de usá-lo só por causa disso, é só tomar alguns cuidados no banho, como trazer os cabelos para a frente do corpo na hora de enxaguar e lavar as costas com sabonete após a remoção do produto.
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2. Use roupas mais soltas
Se você já sofre de espinhas nas costas, saiba que roupas muito justas podem piorar o problema, justamente por deixarem a região mais abafada. Principalmente se elas forem feitas com tecidos quentes e que não deixam a pele respirar, como os sintéticos.
Prefira sempre tecidos naturais, principalmente o algodão. Além disso, eles ajudam a espalhar a lesão: "Se a pessoa estiver com uma espinha inflamada nas costas, o pus da secreção da espinha pode contaminar o tecido e fazer com que a espinha apareça em outros lugares", alerta a dermatologista Daniela.
3. Evite o calor nas costas
Usar mochilas por tempo prolongado ou deixar os cabelos soltos sobre as costas durante o calor também aumentam a transpiração na região, se tornando um prato cheio para as bactérias da acne. Portanto não adianta usar roupas folgadas e de algodão se você abafa as costas de outras formas.
4. Tome banho logo após os exercícios físicos
O suor provocado pelas atividades físicas também colabora para a proliferação das bactérias nas costas. Sendo assim, depois da academia ou de praticar algum esporte, não demore para tomar banho. "Lave as costas com um sabonete indicado para peles oleosas ou acneicas, podendo usar escovas de banho para alcançar a área das costas com maior facilidade", aconselha a dermatologista Adriana Caldas, professora da faculdade de medicina de São José do Rio Preto, São Paulo (FAMERP).
5. Cuide da alimentação
Comer bem é fundamental para ter uma pele saudável e sem espinhas. "A alimentação adequada pode reduzir as espinhas em todo o corpo, não somente nas costas", frisa Daniela Lemes. É preciso maneirar nos carboidratos simples, já que os picos de insulina parecem estar relacionados à inflamação celular, que aumenta a produção de sebo pelas glândulas do corpo, propiciando espinhas. Evite alimentos com farinhas brancas, açúcar e arroz branco e dê preferência aos integrais, feijão, frutas e vegetais.
6. Evite espremer as espinhas
Por fim, a dica mais importante para conter esse problema é não espremer as espinhas. Isso porque as espinhas podem se espalhar, já que ao espremer nem todo o líquido dentro dela sai, uma parte se espalha por dentro da pele. "Além de poder propagar as bactérias para outras áreas, pode deixar marcas e cicatrizes que depois são difíceis de tratar", frisa a dermatologista Adriana.
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