Dermatologista do Fleury Medicina e Saúde; Médica em Dermatologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da...
iJornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iQuando aquela espinha ou ferida de herpes aparece, é quase automático buscar uma solução rápida para resolver esses problemas, como os adesivos secativos. Esses produtos estão ganhando popularidade por serem opções práticas para essas lesões. Mas será que eles realmente funcionam ou são apenas mais uma tendência passageira?
Antes de colar esses adesivos na pele, é bom entender se eles são eficazes e quais cuidados precisamos ter durante o uso. O MinhaVida entrevistou Mariana Fernandes Torquato Nersessian, dermatologista do Fleury Medicina e Saúde, para descobrir a verdade por trás desses produtos.
Adesivo para secar espinhas e herpes realmente funciona?
Os adesivos para secar espinhas e herpes estão ficando bem populares na internet, e com a fama, surge a promessa de serem uma solução rápida e prática para eliminar essas lesões. Mas será que eles realmente funcionam?
De acordo com a dermatologista Mariana Fernandes, a resposta é sim, mas com algumas ressalvas: “Esses adesivos, também conhecidos como ‘patches’, contêm ingredientes como ácido salicílico, hidrocoloide e niacinamida, que ajudam a reduzir a inflamação, absorver a umidade da lesão e acelerar a cicatrização”, esclareceu.
No caso das espinhas, o adesivo age de forma pontual, protegendo a área afetada e evitando que a pessoa mexa na pele, o que pode piorar o quadro: “O hidrocoloide, por exemplo, é ótimo para manter o local úmido, acelerando o processo de recuperação e ajudando a evitar cicatrizes. Já o ácido salicílico trabalha na esfoliação da pele, desobstruindo os poros e ajudando a secar a espinha”, explicou a especialista.
No entanto, é importante lembrar que esses adesivos são mais eficazes em lesões superficiais e isoladas. Mariana ressalta que eles não substituem um tratamento contínuo para acne, que é uma condição crônica da pele. A acne está ligada a fatores como hormônios, produção excessiva de sebo e obstrução dos poros, o que significa que o tratamento deve ser constante e personalizado, com uso de produtos como sabonetes seborreguladores, protetor solar e hidratantes adequados para o tipo de pele.
Assim como os adesivos para acne, os utilizados para lesões de herpes são uma solução prática e rápida. Esses pequenos "curativos" prometem secar as lesões, acelerar a cicatrização e até mesmo aliviar sintomas como dor e coceira local.
“Para quem está sentindo os primeiros sinais de uma lesão de herpes, esses adesivos são indicados, pois contêm substâncias que ajudam a conter o avanço da lesão. Entre os ingredientes, é comum encontrar ácido salicílico, zinco e extratos botânicos, como a melaleuca, conhecida por suas propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias. E tem mais: algumas fórmulas incluem extratos com propriedades antivirais, o que pode dar uma ajuda extra no combate ao vírus”, afirmou a dermatologista.
Soluções eficientes para o tratamento de espinhas e herpes
Embora esses adesivos realmente funcionem em casos mais leves, é importante ressaltar que o tratamento de espinhas e herpes não deve se basear apenas no uso desse produto. Para um resultado eficaz, é necessária uma abordagem mais ampla.
Para quem lida com espinhas, o segredo está em manter uma rotina de skincare bem regrada. Limpar o rosto duas vezes ao dia com um sabonete suave ajuda a controlar a oleosidade sem causar ressecamento. E, se você ainda não incluiu o ácido salicílico na sua rotina, vale a pena considerar! Ele é super eficaz porque desobstrui os poros e combate as bactérias que causam a acne, ajudando a reduzir e prevenir espinhas.
Já o herpes labial é um pouco mais complicado. Ele é causado pelo vírus Herpes simplex, o que significa que, além de adesivos, o tratamento geralmente inclui medicamentos antivirais. “Esses remédios ajudam a controlar o vírus e prevenir futuros surtos, especialmente em casos de herpes recorrente. Além disso, fortalecer a imunidade com bons hábitos de vida, como dormir bem e manter uma alimentação saudável, também é fundamental para evitar novas crises”, recomendou a dermatologista.
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