Clínico geral e nutrólogo, diretor da clínica Dr. Roberto Navarro. Formado em Medicina pela Universidade Federal de Juiz...
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Conteúdo atualizado em 09/02/2021
O cansaço excessivo é uma das principais queixas dos consultórios médicos e é atribuído à correria do dia a dia, a noites mal-dormidas, ao estresse, e até a situações de desânimo que geram um impacto profundo nas atividades sociais e profissionais.
O quadro pode causar sensação de fadiga, desânimo, sono e preguiça para a execução de pequenas atividades cotidianas. Desse modo, podemos refletir: até que ponto é normal se sentir cansado e quando procurar ajuda médica?
Cansaço excessivo x cansaço normal
A diferença entre o cansaço comum e o cansaço excessivo (fadiga) é avaliada a partir de uma escala de sinais.
Isso porque uma noite mal dormida, viver horas no trânsito ou ainda estar em um eterno estado de tensão e estresse podem sugar sua energia e fazer com que um cansaço que seria corriqueiro deixe de ser padrão e entre no estágio patológico.
Fatores que podem e devem ser considerados para diferenciar o cansaço normal do excessivo são: desequilíbrios hormonais, carências nutricionais, desequilíbrios hormonais, infecções e doenças autoimunes.
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Sintomas de cansaço mental
Os sintomas mais comuns de cansaço provocado por estresse, ansiedade e outros distúrbios emocionais são:
- Desânimo
- Sono
- Preguiça
- Falta de ar
- Vontade de ficar deitado
- Falta de energia
- Dores físicas (como nas pernas)
Definir as causas da fadiga e do cansaço é de extrema importância, e isso deve ser feito por meio de avaliação médica criteriosa, na qual um especialista fará um check-up clínico, nutricional e hormonal, descartando assim patologias que podem originar todos os sintomas.
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Causas do cansaço
A ansiedade e o estresse são, sem sombra de dúvidas, males da vida moderna e a queixa mais frequente é a de acordar cansado.
Isso ocorre porque o estresse libera quantidades altas de cortisol e adrenalina, hormônios que em altas doses prejudicam o funcionamento dos neurotransmissores, deixando os indivíduos ansiosos, com dificuldade de concentração e de pegar no sono.
O tratamento nesse caso é praticar uma atividade física prazerosa, que alivie as tensões; e aderir à psicoterapia. Em casos mais sérios, a recomendação é o uso de medicamentos.
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2. Desequilíbrios hormonais
O declínio hormonal pode ocorrer tanto em homens quanto em mulheres, sendo um fator mais comum para a população femininas no período próximo ao climatério, e entre os 50 e 60 anos para o homem.
Trata-se de um processo fisiológico e não uma doença. Mas quando a queda é acentuada pode gerar sintomas desagradáveis, dentre eles a sensação de fadiga e o cansaço.
Uma das hipóteses estudadas associa a sensação de cansaço permanente a uma queda de atividade dos neurotransmissores, como serotonina, dopamina e noradrenalina, indicando que o declínio hormonal pode ter ligação direta com a falta de energia e a sensação de fadiga.
Nesse caso, é indicada a reposição hormonal para reequilibrar o correto funcionamento do sistema nervoso central.
A baixa produção ou a falta de hormônios tireoidianos (da tireoide), por exemplo, pode agravar a sensação da falta de energia e causar sintomas de depressão. Portanto, é fundamental que o médico analise também tais hormônios tireoidianos para buscar as causas do cansaço excessivo.
Alguns estudos propõem a reposição desses hormônios em pacientes com hipotireoidismo sub-clínico (quando os níveis hormonais estão apenas um pouco abaixo do limite ou no limite) e que apresentam quadro de cansaço excessivo, queda de cabelo e outros sintomas que tiram a qualidade de vida .
A intenção é melhorar, assim, a volta às atividades habituais do dia a dia com energia e disposição revigoradas.
Alimentos que ajudam na produção de hormônios tireoidianos (iodo e selênio) são indicados como coadjuvantes. Boas fontes de iodo e selênio são:
- Oleaginosas (castanha-do-Pará, castanha de caju e etc.)
- Sal-marinho (mas evite o excesso)
- Peixes
- Algas marinhas
Muitas doenças hoje são ocasionadas por desequilíbrios alimentares. Esse é o caso do desenvolvimento da anemia ferropriva, doença causada pelo déficit de ferro e que leva à queda de energia e disposição física.
A deficiência de ferro surge principalmente por carência nutricional, infecções intestinais, menstruação com fluxo sanguíneo muito intenso e durante a gravidez - mas qualquer pessoa pode desenvolver anemia se não receber o aporte correto na dieta ou tiver problemas de absorção.
O tratamento contra a anemia é focado em determinar sua causa e corrigi-la, uma vez constatada por exames laboratoriais.
Nesses casos, a recomendação é uma dieta rica em ferro, que é encontrado principalmente na carne vermelha, em verduras verde escuras, leguminosas e alimentos enriquecidos, que ajudarão a suprir as necessidades diárias do nutriente.
Pesquisas revelam que a baixa dosagem de vitamina D no sangue é uma das prováveis causas do cansaço excessivo e sensação de desânimo.
A dosagem de vitamina D no sangue é feita em laboratório e deve ficar acima de 30 mg/dl.
Expor-se mais ao sol, mas sem exagero, e aumentar a ingestão de alimentos ricos em vitamina D, como a sardinha, é uma das estratégias de combate ao cansaço.
5. Dietas restritivas
Eliminar de maneira radical grande quantidade de alimentos ou fazer dietas da moda que cortam de maneira exagerada certos grupos alimentares podem gerar déficits nutricionais. Ou seja, levar à dificuldade de conseguir obter, por meio da alimentação, nutrientes importantes para o organismo.
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O carboidrato, por exemplo, nos dá glicose, que é um combustível importante para o corpo e sem ele a sensação de esgotamento é mais frequente, tornando as queixas de cansaço excessivo e falta de energia mais comuns após as duas primeiras semanas de restrição.
O tratamento consiste em uma dieta equilibrada, que privilegie os bons carboidratos, boas proteínas e boas gorduras, além de combinar bons nutrientes, como os alimentos ricos em vitaminas do complexo B, que aumentam a resistência à fadiga e podem ser aliados no combate ao cansaço excessivo.
Para pessoas com depressão é ainda mais difícil conseguir forças para realizar qualquer atividade, até mesmo as mais corriqueiras.
A extrema falta de energia e vontade é um dos principais sintomas da doença, que também incluem queda de concentração, alterações do apetite e sono e pensamentos negativos constantes.
O tratamento da depressão envolve terapia e uso de medicação. Na maioria dos casos, a fadiga melhora com o uso de antidepressivos, principalmente os que aumentam a noradrenalina.
Mas é importante ressaltar que nunca se deve fazer uso de antidepressivos sem indicação médica.
7. Apneia do sono
A apneia do sono é um distúrbio caracterizado pelo fechamento repetitivo da passagem do ar pela garganta durante o sono, podendo interromper a respiração por até 40 segundos. Essas pequenas paradas fazem com que o indivíduo acorde durante a noite, interrompendo o sono.
Como consequência, o indivíduo sente menos energia e mais cansaço durante o dia, já que não dormiu de forma adequada.
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