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i Pessoas mais velhas são mais propensas a sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) se eles estão sofrendo de depressão ou estresse. Foi o que constatou a pesquisa da Universidade de Minnesota (EUA) e publicada na edição de julho da revista Stroke, periódico da American Heart Association.
Os cientistas usaram questionários para avaliar estresse crônico, sintomas depressivos, raiva e hostilidade em 6.700 homens e mulheres com idades entre 45 e 84. Durante um período de oito a 11 anos, um total de 147 AVC e 48 AIT (ataque isquêmico transitório, também conhecido como mini-AVC) ocorreram dentro do grupo.
O sentimento de hostilidade sozinho mais do que duplicou a probabilidade de AVC ou. Já o estresse crônico aumentou o risco de AVC e TIA tem 59%, enquanto os sintomas depressivos elevaram as chances em 86%. A única característica não ligada a um maior risco de acidente vascular cerebral foi raiva, apesar da forte associação com hostilidade. Os autores definiram hostilidade como uma "forma negativa de ver o mundo".
Os estudiosos explicaram que esses resultados são envolvem outros fatores de risco importantes para o risco de AVC, como colesterol alto, pressão arterial elevada, tabagismo e etc. No entanto, a pesquisa mostrou que as características psicológicas são igualmente importantes.
Saiba como evitar um AVC
O AVC é responsável pela morte de cinco milhões de pessoas no mundo a cada ano, de acordo com a OMS. No Brasil, a doença mata mais que o infarto: são mais de 100 mil pessoas por ano, segundo o Ministério da Saúde. Outro dado alarmante é que um em cada seis brasileiros corre risco de sofrer um derrame.
"Popularmente conhecido como derrame, o acidente vascular cerebral é uma alteração do fluxo de sangue no cérebro, que ocorre por falta ou extravasamento de sangue em alguma região do corpo", explica o neurologista André Lima, do Hospital Barra D'or, especialista em prevenção dessa doença.
Mas é possível se prevenir de um AVC, já que a maioria dos fatores de risco para o quadro clínico pode ser evitada. "Quanto mais idade a pessoa tiver, maiores são as chances de derrame e, por isso, os cuidados devem ser redobrados", alerta o neurologista Maurício Hoshino, do Hospital das Clínicas e Santa Catarina. Conheça esses fatores e saiba como combatê-los, além de ficar atento aos sintomas.
Sedentarismo e obesidade
A prática de exercícios físicos é fundamental para controlar praticamente todos os fatores de risco de AVC. Por outro lado, a falta desse hábito e a obesidade só aumentam as chances. "Pressão alta, colesterol elevado, diabetes e doenças cardíacas são complicações decorrentes do excesso de peso e precisam ser prevenidas e controladas com bons hábitos, o que inclui atividade física regular", alerta Maurício Hoshino.