Nutricionista formada pela Universidade Federal de Goiás, onde também cursou Educação Física, sem completar este último...
iA amora é fruto da amoreira preta, cultivada principalmente na região Sul do Brasil, uma vez que é nativa da Ásia e Europa bem adaptada a regiões mais frias com invernos bem característicos. A amora é um fruto com cerca de quatro a sete gramas, de coloração negra e sabor ácido. É uma planta rústica que apresenta baixo custo de produção e requer pouca utilização de defensivos agrícolas (agrotóxicos). Atualmente as amoras estão disponíveis na forma fresca (in natura) e também congeladas ou processadas na forma de geleias, sucos, polpas, entre outros produtos a fim de utilizar toda a produção antes que os frutos estraguem devido à fragilidade.
Nutrientes da amora
A amora apresenta significativo valor nutricional uma vez que é composta 85% de água, 10% de carboidratos e fonte de vitamina A, vitamina C e minerais como ferro, cobre, zinco, magnésio e potássio. A fruta da amoreira contém ainda ácidos graxos essenciais como o linoléico e o linolênico, que seres humanos não podem produzir. Esses compostos possuem funções benéficas como melhora da resposta imunológica e anti-inflamatória. Além disso, a amora é uma grande fonte de antioxidantes naturais como os flavonoides e as antocianinas.
A amora apresenta significativo valor nutricional uma vez que é composta 85% de água, 10% de carboidratos e fonte de vitamina A, vitamina C e minerais como ferro, cobre, zinco, magnésio e potássio. A fruta da amoreira contém ainda ácidos graxos essenciais como o linoléico e o linolênico, que seres humanos não podem produzir. Esses compostos possuem funções benéficas como melhora da resposta imunológica e anti-inflamatória. Além disso, a amora é uma grande fonte de antioxidantes naturais como os flavonoides e as antocianinas.
As antocianinas são pigmentos que conferem uma coloração que varia entre o laranja, vermelho e azul. Estudos realizados nos Estados Unidos, França, Chile e no México mostram teor de antocianinas de 70 a 201 mg para cada 100 g de fruta, considerado excelente. Em Minas Gerais, pesquisas mostraram que as amoras Brasileiras apresentaram 116 a 194 mg de antocianinas para cada 100 g de fruto fresco e de 123 a 233 mg de flavonoides totais a cada 100 g de amora fresca.
Os flavonoides, incluindo as antocianinas apresentam efeitos fisiológicos capazes de reduzir o risco de doenças crônicas (obesidade, hipertensão, doenças cardiovasculares, câncer) uma vez que pode ter ação antialérgica, antiviral, antitumoral, ações antiinflamatórias e antioxidantes, impedindo a ação dos radicais livres sobre as células.
Compare as quantidades de antocianinas e flavonóides em outros alimentos:
Alimento | Teor de antocianinas em 100g | Flavonoides totais em 100g |
Nectarina | 0,27 mg | 28,78 mg |
Morango | 1,22 mg | 107 mg |
Repolho roxo | 7,89 mg | 75 mg |
Berinjela | 1,27 mg | 85 mg |
Alface roxa | 4,49 mg | 102 mg |
Fonte: Publ. UEPG Ci. Exatas Terra, Ci. Agr. Eng., Ponta Grossa, 19(1): 17-30, jan/jun. 2013
Estudos epidemiológicos, desde 2004, já têm demonstrado que existe uma correlação entre o consumo de frutas fontes de antioxidantes (antocianinas) e a redução de doenças crônicas como câncer, doenças cardiovasculares e doenças neurodegenerativas. Pesquisas mostram que os flavonoides presentes na amora agem principalmente na redução de risco cardiovascular pelo mecanismo primário de coagulação plaquetária, aumento da circulação da lipoproteína de alta-densidade HDL, responsável por diminuir os níveis de LDL colesterol (ruim) e por fim, aumentando a atividade removedora de radicais livres que podem levar a oxidação das gorduras na corrente sanguínea.
Outro composto comum na amora é o ácido elágico, um constituinte fenólico da fruta com funções antimutagênicas e anticancerígenas. Além disso, são atribuídas às frutas da amoreira outras propriedades, como o controle de hemorragias em animais e seres humanos e controle da pressão arterial.
O ácido ascórbico (vitamina C) também presente na amora desempenha várias funções no metabolismo, dentre eles o aumento da resistência orgânica e a formação do colágeno, além disso, interfere no metabolismo do ferro, da glicose e na saúde dos dentes e gengivas, além de agir sinergicamente com as antocianinas e compostos fenólicos com a ação antioxidante.
Em 100 g de amora temos em média 5 a 6 g de fibras, principalmente fibras solúveis responsáveis por auxiliar o peristaltismo, que é o movimento involuntário do trato digestório, diminuindo a constipação. Além disso, a pectina (tipo de fibras) aumenta o tamanho do bolo intestinal, formando uma espécie de gel o que também facilita o funcionamento intestinal.
Como consumir a amora
Por fim a amora pode ser encontrada atualmente in natura em supermercados e feiras e podem ser adicionadas a iogurtes, cereais integrais ou associadas a outras frutas (saladas de frutas). Encontra-se amora também na sua forma congelada, que pode ser consumida na forma de sucos associada a outras frutas e ervas para potencializar o efeito antioxidante como suco de água de coco com amora e hortelã. Por fim, as geleias também podem ser inseridas na alimentação, porém devemos nos atentar a quantidade de açúcar que elas possuem. Atualmente já temos geleias de frutas sem adição de açúcares e de adoçantes.