Sabe aquela companhia sempre pronta a ajudar numa hora difícil? Essa é a rotina de um bom psicólogo, alguém com a percep...
iMuito é falado sobre como uma pessoa pode se tornar alcoolista, porém, o fato é que não se pode rotular a situação. Na verdade é todo um contexto que colabora para que o alcoolismo se desencadeie, ou seja, soma-se um acontecimento às predisposições familiares (genéticas), o meio em que esse indivíduo viveu principalmente na infância e adolescência, a base educacional que teve em família, assim como exemplos dos pais.
Como o álcool é uma droga lícita, acabam por confundirem com algo inofensivo à saúde, por incrível que possa parecer, mas é assim. Então se no ambiente familiar houver um controle da bebida e não ser um facilitador dela, as mesmas chances de um adulto vir a ser um alcoolista diminuem sensivelmente, pois num momento de dificuldade ou estresse que este indivíduo esteja passsando (quer seja perda de emprego, divórcio, perda de um ente querido), ele buscará uma outra alternativa que não seja o álcool e para relaxar, ter prazer ou mesmo evitar algum tipo de dor.
Pode parecer pouco, mas é assim
mesmo que se evita uma possível dependência. Creio que a família, nesse ponto, desempenha um fator muito importante.
Do meu ponto de vista (e isso quero dizer que é uma forma pessoal minha de pensar e atuar) as pessoas tem determinadas crenças e essas crenças acabam por determinar a vida que essa pessoa possa vir a ter. Por exemplo: meu pai bebia, logo beberei também e terei problemas com a bebida e serei um alcoólatra (alcoolista).. ou não meu pai bebia, logo ficarei longe da bebia para que não venha a ter os mesmos problemas que eles teve pois vai depender das características de cada um. Conhecemos casos de irmãos que tiveram visões diferenciadas, como as que citei agora. Aí é que vêm a crença e onde a terapia irá atuar e ajudar. Posso até ter uma predisposição genética (tendência familiar) que poderá até prever que poderei ter esse problema, mas sou eu quem determina sobre a minha vida. É essa força que na terapia vamos desencadear para que o individuo possa sobrepujar essa doença.
Há estudos científicos em que colocam-se grupos com medicação e um deles recebe placebo (que é uma substância inerte) e mesmo assim os resultados são bons, ou seja, apresentam melhoras consideráveis (redução substancial no consumo de álcool). Podemos perceber nesse momento o quanto o grau de sugestionabilidade das pesssoas e a importância do psiquismo nos sintomas orgânicos. Daí, novamente podemos dizer que a
expectativa de melhorar depende da crença a respeito do que irá acontecer, e o quanto esse pensamento é fundamental e determinante para o sucesso do processo. Mesmo assim, claro, o uso do medicamento tem um papel muito importante.
É bom reforçar que o trabalho conjunto
de medicamento e aconselhamento é fundamental, ficando comprovada a eficácia. O Resultado obtido poderá ser excelente à medida que o indivíduo tome a iniciativa e procure o tratamento. Esse primeiro passo deve e tem que ser dele, ou seja, aquela força interna e a crença em sair disso é que impulsionarão ao sucesso.
Aliás, esse cuidado também deve ser extensivo aos familiares, pois uma vez instalada a questão, todos adoecem e devem ser tratados e amparados.
Martha Daúd é psicóloga especialista em depressão, síndrome do pânico e afins, em adolescentes, adultos e " melhor idade".
Para saber mais, acesse: www.psicologamartha.blogger.com.br
Você costuma ingerir bebida alcoólica por diversão - de vez em quando - ou por impulso?